terça-feira, 29 de setembro de 2009

NÃO QUEBRE O VASO

Antes de ler esta postagem, abra sua Bíblia e leia Eclesiastes 7:16-22. Aproveitando que está com a Bíblia nas mãos, prolongue-se na sua leitura e deixe Deus revelar a você o que está escrito em Sua Palavra.

Olhe para uma mesa próxima a você, ou, se não estiver perto de uma, visualize-a em sua mente. Agora, pegue um vaso muito bonito, de preferência um daqueles valiosos, e o coloque sobre a mesa, em uma posição que reduza drasticamente a chance de que ele venha a cair no chão e se quebrar. Onde foi que você colocou o vaso? Se você o pôs nas extremidades, ou próximo às extremidades da mesa, sugiro que repense suas atitudes e sua filosofia de vida, pois você parece ser alguém que deixa o vaso se quebrar com certa facilidade. Qualquer esbarrão na mesa ou no próprio vaso, estando ele próximo às extremidades, fará com que ele se precipite ao chão e se estilhace, sendo que, dependendo de como for a quebradura, talvez não haja forma de consertá-lo, ou, se houver, ainda poderão sobrar algumas rachaduras.

Mas, se você colocou o vaso na parte central da mesa, parabéns, porque você é uma pessoa que preza pelo equilíbrio e busca viver de forma sensata e sábia. No centro da mesa realmente os riscos de que o vaso caia no chão e se quebre são extremamente reduzidos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PERSEVERANÇA EM MEIO ÀS PROVAÇÕES

TEXTO BASE: ÊXODO 5:1-23; 6:1-13

INTRODUÇÃO:

Provavelmente todo cristão já passou pela experiência de estar enfrentando alguma situação difícil, algum problema sério, e, após clamar a Deus em busca de socorro, viu suas tribulações aumentarem consideravelmente. É como se nosso clamor tivesse um efeito contrário. Então começamos a perguntar a nós mesmos o que é que está acontecendo. São situações que provam a nossa fé e desafiam o nosso relacionamento com Deus.

No nosso texto base, encontramos o povo de Israel vivendo em escravidão no Egito, sofrendo com trabalhos forçados e grande exploração. É uma situação diferente daquela que se verificava quando Israel entrou no Egito, em um período de alegria pelo reencontro com José e pela instalação em uma terra onde Israel cresceu muito.

Deus se dispôs a libertar Seu povo, e para isso convocou Moisés e Arão, que se apresentaram diante de Faraó pedindo que ele deixasse o povo ir para adorar a Deus no deserto. Então, começou um período em que os sofrimentos de Israel foram aumentados, até culminar com sua libertação após um tempo em que Deus demonstrou Seu poder perante o Egito e perante o Seu povo, Israel.

Podemos extrair dessa passagem alguns ensinamentos úteis para a nossa vida cristã.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A SÍNDROME DE ANÁS E CAIFÁS


Anás e Caifás eram dois respeitados sumos-sacerdotes em Jerusalém. Eles tinham grande conhecimento das Sagradas Escrituras, algo que hoje seria como um doutorado em teologia. Por esse conhecimento, eles se julgavam conhecedores de Deus, e criam que tinham condições de falar o que se passava na mente de Deus. Julgavam-se os secretários de Deus na terra.

Também por sua posição privilegiada (sumo sacerdote gozava de um status elevado no nível sócio-religioso), consideravam-se superiores aos demais seres humanos, e se viam como super-crentes, merecedores de especiais favores divinos e possuidores de autoridade sobre as vidas das pessoas. Eles se julgavam mais santos que os seres comuns, e se alguém tinha que ir para o céu, obviamente eles seriam os primeiros da fila.

Esse pensamento não fazia morada apenas nas mentes de Anás e Caifás, mas, semelhantemente a eles, os demais líderes religiosos daquela época sofriam dessa síndrome. Bastava terem um título (mestre da lei, doutor da lei, escriba, etc.), para que se julgassem super-crentes, e se arrogassem um poder extra sobre as vidas dos que não tinham status religioso.

Anás e Caifás se envolveram diretamente na morte de Jesus. Eles não queriam saber de ninguém que ameaçasse a sua posição privilegiada na sociedade judaica. Suas vidas não eram embasadas na essência das Escrituras, mas haviam sido criadas tantas tradições, tantos formalismos e legalismos, que quando apareceu Jesus destruindo aquele sistema diabólico, que não tinha nada a ver com Deus, obviamente os líderes religiosos não poderiam deixá-lo prosseguir.

Jesus pregava amor, misericórdia, perdão, humildade... Os líderes religiosos de então desconheciam essas palavras em termos de prática na vida. O amor que eles conheciam era aquele que devotavam a suas tradições, seus formalismos e seus legalismos. A misericórdia que eles julgavam existir só se aplicava no que dizia respeito aos pecados deles mesmos (e olhe que eles se consideravam quase que impecáveis), mas para as pessoas comuns, valiam apenas as condenações da Lei. Perdão, humildade e outras virtudes não existiam em seus dicionários.

Anás, Caifás e companhia só queriam se perpetuar no poder, destruir os que consideravam seus opositores, mandar na vida alheia, continuar a possuir status de “homens de Deus”, intocáveis, e para isso seriam capazes de matar, como fizeram com Jesus, que não tinha nenhuma semelhança com eles, que não amava o poder, embora fosse Ele próprio O Poder acima de todo poder, não buscava títulos nem cargos “santos”, embora Ele fosse o Nome acima de todo nome, e o Santo dos santos, e tratava os seres humanos como humanos, que precisam de amor, misericórdia, inclusão, perdão, compreensão, instrução verdadeira e desinteressada, etc.

Hoje, o mundo está cheio de pessoas com a Síndrome de Anás e Caifás. O meio cristão está repleto de gente assim, que vive para defender tradições, formalismos e legalismos, que não aceita o fato de outras pessoas pensarem ou agirem de forma diferente, que fala de amor e misericórdia, mas têm no coração apenas a Lei para ser aplicada a quem fraqueja e erra, embora eles próprios queiram ser tratados com amor e misericórdia.

Como Anás e Caifás, muitos líderes de hoje se sentem superiores aos demais crentes, julgam que possuem uma “unção especial”, e se esquecem que Jesus veio constituir um reino de sacerdotes, composto por todos os que creem no Seu Nome, conforme diz a Escritura. Hoje, se Jesus estivesse no nosso meio como homem, certamente seria fortemente atacado por muitos líderes cristãos, assim como foi nos tempos de sua primeira vinda. Dificilmente deixariam que Ele ocupasse um púlpito para pregar. Quando vissem que Jesus não se parece com o que eles pregam, imediatamente tratariam de tirá-lo de cena.

Infelizmente, o tempo passou mas a Síndrome de Anás e Caifás permanece, e cada vez mais forte. Cuide de si mesmo para que essa Síndrome não o contamine, caso contrário, você também rejeitará o Jesus bíblico, e preferirá o Jesus criado pela religião, que representa todos os valores do mundo, mas está longe dos valores de Deus.

José Vicente

sábado, 19 de setembro de 2009

O SENHORIO DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS - PARTE FINAL

3) O SENHORIO DE CRISTO NOS FAZ PESSOAS DIFERENTES

Paulo disse: “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (verso 15).

Significa dizer que, se nos submetermos ao Senhorio de Cristo, sem dúvida não seremos confundidos com o restante da humanidade, que se encontra em rebeldia contra o Senhor, negando o Seu Senhorio e vivendo conforme as inclinações da carne, a influência do mundo e do diabo.

O verdadeiro servo de Cristo ilumina o mundo, pois ele reflete a luz que vem de Cristo. Leia Mateus 5:14-16.

Viver sob o Senhorio de Cristo implica em levar a luz onde as trevas dominam, não se contaminar com a corrupção do mundo, mas viver como Jesus viveu.

Cristo é o nosso exemplo, nosso modelo. Por onde Ele andou, fez a diferença. Onde Jesus passou, nada mais ficou como antes. Na presença dEle, demônios fugiam, enfermos eram curados, mortos ressuscitavam, sábios se calavam, a verdade prevalecia.

Se estivermos firmados em Cristo, obviamente não seguiremos o mesmo curso do mundo, não nos amoldaremos a ele, antes, caminharemos no sentido indicado pelo Senhor, sendo honestos num mundo desonesto; puros num mundo impuro; doces num mundo amargo; confiáveis em um mundo de desconfiança; alegres de verdade em um mundo que vive uma alegria ilusória...

Quando não nos sujeitamos ao pleno senhorio de Cristo, acabamos nos igualando aos incrédulos, e, então, não fazemos a menor diferença. Ninguém será libertado do império das trevas através de nós, porque o poder de Deus não se manifestará por intermédio de pessoas contaminadas. Deus não precisa de nós para agir, mas Ele escolheu nos usar como instrumentos de salvação aos povos, a fim de que em nós Ele seja glorificado. Que tipo de instrumentos seremos se não nos submetermos ao Senhorio de Cristo?

Quem passa a servir a Cristo imediatamente sofre uma mudança em seu caráter. Veja o que aconteceu com Zaqueu, que, sendo um publicano desprezível, corrupto, ao receber o Senhor Jesus experimentou uma radical transformação em sua maneira de ser, percebendo o quanto havia sido desonesto até então, e dispondo-se a reparar o mal que causara a tantas pessoas, devolvendo-lhes muito mais do que havia delas usurpado, além de desapegar-se das riquezas, distribuindo aos pobres metade do que tinha.


CONCLUSÃO

Novamente, pergunto a você: quem exerce o senhorio sobre sua vida? O Senhorio de Cristo tem sido absoluto, ou você o tem tornado relativo?

Submeta-se integralmente ao Senhorio de Cristo, e experimente uma transformação verdadeira em sua vida. Experimente a vida plena que o Senhor Jesus tem para você. Abandone o espírito de rebeldia. Lance fora a soberba. Renuncie às influências do diabo, do mundo e da carne.

1 Cor 8:5-6 “Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.”

Efésios 5:8-10 “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor”.

Que Jesus Cristo, Nosso Senhor, derrame sua Graça infinita sobre nossas vidas, e nos fortaleça na fé, e nos faça transbordar de seu Espírito Santo, para que possamos resistir às investidas dos antigos senhores, mantendo-nos fiéis ao Nosso Senhor. Amém.

José Vicente Ferreira
Mensagem pregada no Intercâmbio de Louvor, na Igreja Presbiteriana de Guaraci, em 09/10/2008.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O SENHORIO DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS - PARTE III

2) O SENHORIO DE CRISTO EXIGE HUMILDADE

Um dos maiores obstáculos à nossa submissão ao Senhorio de Cristo é exatamente o nosso orgulho. O ser humano é extremamente orgulhoso e não suporta estar sob o domínio de alguém, ainda que seja de Cristo.

Por vezes vemos pessoas que claramente necessitam da ajuda de outras, porém insistem em rejeitar o auxílio, pois o seu orgulho as impede de reconhecerem sua incapacidade de resolver todos os problemas.

O orgulho nos impede de perdoar o próximo, de expressar amor ao próximo, de reconhecer nossas faltas e pedir perdão, enfim, nos impede de reconhecer que não temos condições de viver sem Cristo.

Jesus Cristo nos deu o exemplo máximo de humildade. Nos versos 7 e 8 do capítulo 2 de Filipenses está escrito que Ele “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”.

Jesus Cristo, por meio de quem tudo foi feito, e para quem são todas as coisas, sendo Deus, humilhou-se assumindo a forma de homem, sujeito às limitações humanas, e em nenhum momento fez uso de sua condição divina para prevalecer ou humilhar as pessoas, antes, Ele se fez servo, procurou servir todos os que o buscavam, e até mesmo lavou os pés de seus discípulos, demonstrando muita humildade.

Uma pessoa orgulhosa não conseguirá submeter-se ao Senhorio de Cristo, pois quererá sempre fazer sua própria vontade, desejará sempre ter razão, e não conseguirá ouvir a voz de Jesus e obedecê-lo.

O orgulho humano é abominável aos olhos de Deus, que diz claramente nas Escrituras que abaterá os soberbos, visto que esse comportamento não procede de Deus (1 João 2:16)

Humildade é reconhecer que Jesus Cristo é o Senhor, que dEle dependemos, para Ele vivemos e por Ele morremos. Os dons que temos vêm do Senhor. Nossos bens vêm do Senhor. Tudo o que existe vem do Senhor. Nada pode existir sem que o Senhor permita. Nada podemos por nós mesmos, se o Senhor não nos conceder que realizemos.

A humildade nos leva a reconhecer que não somos superiores a ninguém, e que não estamos aqui para sermos servidos, e sim para servirmos, assim como Jesus Cristo serviu e ainda serve.

Humildade implica em nos relacionarmos com Deus Pai e Filho, continuamente. Andar humildemente com o Senhor (Miquéias 6:8).

As pessoas gostam de utilizar o seu tempo em diversos afazeres agradáveis, como jogar vídeo game, passear, jogar futebol ou outra modalidade esportiva, conversar, assistir televisão, comer, etc. Porém, se compararmos o tempo gasto em qualquer dessas atividades com aquele que dedicamos à leitura da Palavra de Deus e à oração, veremos que estes dois últimos itens têm merecido muito pouco de nossa atenção.

Lembro-me de quando ia à casa de um amigo para jogar vídeo game, pouco tempo atrás, e sempre disputávamos campeonatos de futebol, juntamente com outro amigo que também gostava muito do game. Todos os sábados, iniciávamos a disputa às 13h30min, e quando nos dávamos conta, já eram 21h ou 22h, e nem tínhamos visto o tempo passar, continuávamos com vontade de jogar mais.

Eram oito horas ou mais, todos os sábados, gastas em algo agradável, que ainda auxiliava no estreitamento das amizades.

Quando comparo, porém, esse tempo com o que dedico hoje a ler a Bíblia e conversar com Deus em oração, vejo que estou em falta, pois além de orar poucas vezes durante o dia, não ultrapasso os vinte minutos em um dia que tem 24 horas, das quais passo pelo menos 16 acordado.

Em várias vigílias das quais participei percebi que as pessoas, em sua maioria, sentem dificuldades em ultrapassar os dez/quinze minutos em oração. Muitos, ao se completarem dez minutos já se levantam e passam a fazer outra coisa, como se tivesse acabado o assunto para conversar com Deus. Nem ao menos dão um tempo para ouvir silenciosamente a voz do Espírito Santo respondendo.

Andar humildemente com nosso Senhor é também termos um relacionamento mais íntimo com Ele, o que se consegue através da oração, leitura de Sua Palavra e da vivência na Palavra Viva, que é Jesus.
José Vicente
continua...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O SENHORIO DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS - PARTE II

1) O SENHORIO DE CRISTO EXIGE SUBMISSÃO

Senhor significa aquele que tem o domínio sobre algo ou alguém, aquele que comanda. Por sua vez, servo é aquele que vive sob o domínio do senhor, e deve submeter-se às suas ordens, obedecendo-o em tudo.

As Escrituras nos revelam que Jesus Cristo é Senhor sobre tudo e sobre todos, tendo o domínio sobre toda a criação, conforme podemos ver em Mateus 28:18 e também no Salmo 24:1.

Toda a criação está sujeita ao Senhorio de Cristo. Vemos isto muito claramente em Mateus 8:23-27, quando, diante de grande tempestade, Jesus disse aos ventos e ao mar: "Psiu! Fiquem quietos!" E eles imediatamente se aquietaram, em clara submissão ao Senhor.

Em ocasião anterior, o Senhor determinou que o mar se agitasse violentamente, quase a ponto de fazer naufragar o navio onde estava o profeta Jonas. O Senhor também ordenou que um grande peixe engolisse o profeta vivo, e, posteriormente, mandou que o devolvesse, e o grande peixe obedeceu.

Até mesmo o diabo sabe que Jesus é o Senhor, e obedece quando Ele lhe dá uma ordem, como se pode ver nitidamente em várias passagens do Novo Testamento em que, diante de pessoas possuídas de espíritos malignos, Jesus simplesmente ordenava: “Sai dele agora!”, e os espíritos imediatamente saíam. A diferença é que Satanás e seus aliados, anjos rebeldes, caídos, embora reconheçam o Senhorio de Cristo e estejam sujeito à Sua autoridade, não aceitam viver sob esse Senhorio para fazer a vontade de Jesus, e isto desde o princípio da criação.

Entretanto, a submissão que se observa no restante da criação em relação ao Senhorio de Cristo, não se observa nos seres humanos, que muitas vezes relutam em obedecer ao Senhor, e não entregam todas as áreas de sua vida nas Suas mãos, antes, julgam ser capazes de tomar decisões e se conduzirem através de seu próprio conhecimento.

Imagine que sua vida é um grande transatlântico. Quando você se converte Jesus vem para esse transatlântico, e você o recepciona com alegria, chamando-o de Mestre, Senhor e Salvador. Você diz que ele é o comandante desse transatlântico, e que o leme está nas mãos dEle. Porém, quando a euforia passa, muitas vezes você tenta convencer Jesus a deixar que você assuma a sala de controle do transatlântico, e mostra a Ele acomodações confortáveis onde Ele pode “descansar”, sem ter que se “desgastar” no comando do navio. Você diz que Ele é o comandante, mas quando Ele dá ordens você simplesmente desobedece, ignora, tenta traçar rotas diferentes, conforme a sua vontade, e acaba batendo em algum iceberg.

Para que o Senhorio de Cristo seja pleno em sua vida, é necessário que você se submeta a Ele por completo, ouvindo a Sua voz e seguindo os seus mandamentos, colocando diante dEle todo o seu caminho.

As suas decisões precisam ser submetidas a Cristo, e isto não se aplica apenas às grandes decisões, mas também àquelas que parecem ser pequenas e sem maior significação, como a compra de uma peça de roupa. Quantas vezes você consulta o Senhor antes de comprar alguma roupa? Com certeza, se homens e mulheres recorressem ao Senhor para decidir que tipo de roupa comprar, não veríamos um desfile de sensualidade e vaidade dentro das igrejas. Alguém poderá dizer: “mas essas roupas estão na moda, e não dá pra andar de forma contrária à moda, senão seremos taxados de quadrados e antiquados!”. A estes cabe uma pergunta: vocês estão sob o senhorio de Cristo ou da moda? A sua salvação vem de Cristo ou da moda?

A submissão ao Senhorio de Cristo é essencial na vida do cristão, e o próprio Cristo nos deu o exemplo, sendo totalmente submisso à vontade do Pai. No nosso texto base, no verso 8, vemos que Jesus foi “obediente até à morte, e morte de cruz”. Jesus sempre agiu conforme os desígnios do Pai, nEle buscando orientação em todos os momentos de Sua vida, e jamais procedendo de forma contrária ao que o Pai lhe falava.

Precisamos ser submissos ao Senhorio de Cristo, e isto abrange não apenas uma obediência parcial, que se restringe à nossa vida na igreja, mas diz respeito a todo o nosso viver, seja em casa, na escola, no trabalho, no lazer, em toda e qualquer circunstância Jesus deve estar no controle de tudo.

É necessário reconhecer que não pertencemos a nós mesmos, mas sim ao Senhor, e a Ele devemos nos submeter com obediência, com a consciência de que nossa vida pertence a Ele (Rm 14:7-9).

A nossa insubmissão ao Senhorio de Cristo em sua plenitude faz com que acabemos dando oportunidade para que os antigos senhores se manifestem e nos influenciem, procurando afastar-nos de nosso Senhor, e não raras vezes conseguem êxito em sua empreitada, pois embora pensemos que estamos fazendo a nossa vontade, é a vontade deles que fazemos.

Hoje, quem tem exercido o senhorio em sua vida?

Eis alguns senhorios que se encontram nas vidas de quem não se submete plenamente ao Senhorio de Cristo, mas vive conforme a filosofia do mundo, as inclinações da carne e a influência do diabo:

- Bens materiais: Há pessoas que, embora confessem a Jesus Cristo como Senhor, estão dominadas pelas riquezas materiais. Em certa oportunidade, um jovem rico procurou Jesus para saber como poderia herdar a vida eterna. Quando Jesus lhe disse que ele deveria vender todos os seus bens, distribuí-los entre os pobres e, então, seguí-lo, o jovem se entristeceu e voltou para casa, pois estava sob o senhorio dos bens materiais (Mc 10:17-27). O mundo incentiva o ter e despreza o ser.

- Mágoa: Muitas pessoas estão sob o senhorio da mágoa, pois não conseguem perdoar a quem lhes feriu. Guardam ressentimentos, levam vidas secas, amarguradas, cheias de raiva e ódio, e não conseguem experimentar a paz de espírito que somente uma vida submissa ao Senhorio de Cristo pode gozar. Assim como fomos perdoados, devemos perdoar (Lc 17:3-4), pois isto significa consciência da Graça de Deus, porém, quando estamos sob o senhorio da mágoa nós desobedecemos ao Senhor. Mas a filosofia do mundo é revidar na mesma moeda à ofensa recebida, contrariamente ao ensino de Jesus, que nos manda dar a outra face (Mt. 5:39).

- Vaidade: faz com que a pessoa tenha de si um conceito muito superior ao devido (Rm 12:3), passando a preocupar-se demais com sua imagem, com sua aparência, e ela se torna escrava do espelho e das opiniões alheias. Não consegue ser feliz, pois está sempre tentando parecer, mas não se preocupa em ser.

- Cobiça e inveja: a cobiça e a inveja andam de mãos dadas, levam a pessoa a não render graças a Deus pelo que Ele lhes dá, antes, vivem olhando para o que os outros possuem e desejando ter o mesmo ou até mais. Ninguém pode ser feliz se não sabe contentar-se com o que tem, e isto de tal modo escraviza a pessoa, que ela transmite a todos o seu sentimento de insatisfação, contrariando expressamente a Palavra de Deus e vivendo na desobediência. Não há como ser feliz se em vez ser grato pelo que tenho, vivemos pensando no que não temos.

- Sensualidade e lascívia: uma das áreas em que o ser humano tem mais problemas é a da sexualidade. A carne manifesta inclinação para os prazeres sexuais. O mundo exalta a sensualidade a todo instante, com exposição de corpos seminus na mídia, incentivo ao sexo sem compromisso. Dia após dia o mundo mergulha cada vez mais na imoralidade sexual, assemelhando-se a Sodoma e Gomorra, e, infelizmente, muitos cristãos têm sofrido essa influência. Mulheres cristãs usam roupas provocantes, inadequadas a quem serve ao Senhor, suscitando a cobiça dos homens, e começam a percorrer um caminho que, com certeza, não terá um bom desfecho. Homens assumem uma postura de conquistadores, procurando atrair as mulheres, e muitas vezes nem tentam resistir quando vem a tentação. Leia Romanos 1, dentre outros textos bíblicos, e veja o que Deus diz sobre a imoralidade sexual.

Estes são apenas alguns exemplos do que pode dominar nossas vidas quando não nos submetemos de forma obediente ao Senhorio de Cristo, e podem ser vistos a todo instante na televisão, através de novelas e programas demoníacos que fazem a cabeça das pessoas, principalmente dos adolescentes e jovens.

Quem exerce o senhorio em sua vida?

Não adianta dizer que é o Senhor Jesus, se a sua vida diária mostra exatamente o oposto. Lembre-se do que Jesus disse em Mateus 7:21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

E ainda, em Lucas 6:46: “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?”

Portanto, sem submissão e obediência a Cristo, ficamos sujeitos a cumprir a vontade de outros senhores, que não o nosso verdadeiro Senhor, Jesus Cristo, e deixamos de desfrutar de bênçãos maravilhosas que Ele tem para nós, pelo contrário, sujeitamo-nos a sofrer as conseqüências de nossos atos, e provar a disciplina do Senhor, se é que somos mesmo seus filhos, pois “o Senhor repreende a quem ama” (Pv 3:12; Hb 12:6).

José Vicente
Primeiro tópico abordado no Sermão ministrado na Igreja Presbiteriana de Guaraci em 09/10/2008, no intercâmbio de louvor.
Continua...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O SENHORIO DE JESUS CRISTO EM NOSSAS VIDAS I

Leia Filipenses 2: 1-18

INTRODUÇÃO

Quem é o senhor de sua vida? Jesus Cristo realmente tem exercido plenamente o Seu Senhorio sobre sua vida? Acaso há outros senhores exercendo domínio sobre você?

Antes, quando éramos ignorantes quanto à Graça de Deus e à salvação que há em Cristo Jesus, vivíamos segundo senhores cruéis que nos dominavam, e nos usavam como se fôssemos cavalgadura, a saber, o diabo, o mundo e a carne. Estes três se davam as mãos e montavam sobre nossos ombros, conduzindo-nos por caminhos de perdição, rumo ao pecado, que no fim, davam em caminhos de morte, afastando-nos de Deus e cegando nosso entendimento, tapando nossos ouvidos para que não ouvíssemos as palavras de Deus, e fechando nossos olhos para que não víssemos a verdade de Deus.

Pela Graça de Deus uma luz começou a brilhar em nossas vidas. Os três senhores que nos dominavam, sentindo a presença cada vez maior da luz, apavoraram-se, porque não podem viver senão nas trevas, e foram afugentados.

Essa luz era o próprio Jesus (Jo 1:1-13), que mediante a pregação do Evangelho de Deus e a implantação da fé em nosso coração, entrou em nossas vidas e ali fez habitação, expulsando do Seu Templo – nosso corpo – os mercenários, ladrões e assassinos que nele faziam morada.

Pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo fomos libertados do império das trevas (Col 1:13), e pelo Seu agir em nossas vidas fomos purificados, tendo os olhos e ouvidos abertos para ver a glória de Cristo e receber a sua mensagem de salvação.

Temos um só Senhor, Jesus Cristo, por quem e para quem vivemos (Rm 14:7-9). Não somos mais escravos do pecado, não estamos mais sob o domínio do diabo, da carne e do mundo, mas somos servos do Senhor Jesus. Trata-se de uma servidão que dá vida, que liberta, que ilumina nossas vidas (Rm 6:22).

Entretanto, mesmo após confessar a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, muitas vezes vivemos como se ainda estivéssemos sob o domínio dos antigos senhores. Desobedientes aos mandamentos de Deus; agindo de forma contrária aos mandamentos de Jesus, e tendo que suportar as conseqüências de nosso insano proceder.

Hoje, há muitos senhores que regem ou influenciam as vidas das pessoas: moda, mídia, dinheiro, poder, opiniões, lascívia, sensualidade, vícios, egoísmo, mentira, tradições, legalismos, etc.

Muitos sofrimentos seriam evitados se nos dispuséssemos a viver plenamente sob o Senhorio de Jesus. E por esta razão pergunto novamente: quem é o Senhor de sua vida? Jesus Cristo tem realmente exercido o Seu Senhorio de forma plena em sua vida?
José Vicente
Parte introdutória de sermão do dia 09/10/2008, ministrado na Igreja Presbiteriana de Guaraci, no intercâmbio de louvor.
Continua...