sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ANO NOVO, OLHAR PARA A ESPERANÇA


Chegamos ao fim de 2010.
Sei que todas as pessoas, durante este ano, tiveram momentos bons e ruins. Seria praticamente impossível que alguém passasse apenas por situações agradáveis e felizes, assim como o inverso também é bastante difícil.
O importante é saber que, em todos os momentos, tenham sido bons ou ruins, Deus esteve conosco e nos ajudou a superar as dificuldades, tanto que estamos concluindo um ano e iniciando outro.
Durante 2010, a exemplo das demais pessoas, enfrentei situações complicadas, difíceis, tensas, tristes, desanimadoras, que demonstraram minha fraqueza humana. Mas, felizmente Deus nunca me abandonou, e as tempestades sempre foram acalmadas, vindo a bonança pouco tempo depois. O aprendizado sempre foi muito bom.
Em 2010 também experimentei momentos felizes, agradáveis, animadores. Dou graças a Deus por cada um deles.
A forma como enfrentamos os problemas no ano que passou diz bastante sobre nossa fé. Muitas vezes professamos fé em Deus, dizemos que Ele pode tudo, e que com Ele não precisamos temer nada. Entretanto, ao primeiro sinal de tormenta nos desesperamos e ficamos desorientados, sofrendo mais do que deveríamos.
Ora, a angústia e a ansiedade diante de dificuldades não combinam com a fé. Isso porque a fé leva a descansar seguro, sabendo que, mesmo com ventos fortes contrários, uma palavra de Deus é suficiente para que tudo se acalme. A fé não nos livra de passarmos pelo furacão, mas ela nos mantém firmes na Rocha Eterna, e quem está na Rocha não desmorona, pelo contrário, permanece inabalável e cresce com as tribulações.
O que ocupa nossas mentes é fundamental para definir os rumos de nossas vidas. Há pessoas que, vindo uma situação ruim, ficam concentradas naquilo que é negativo, começam a alimentar suas mentes apenas com pensamentos negativos, aumentando em muito os efeitos do problema, que, não raras vezes, nem é tão grande assim, mas vai se agigantando.
Acho que muitos dos que leem este texto já passaram pela experiência de, ao se encontrarem um pouco tristes ou desanimados, começarem a pensar nos motivos para a tristeza ou o desânimo, e, quando percebem, estão no fundo do poço, em um estado muito pior do que o inicial.
Um abismo chama outro abismo.
Devemos fazer como o profeta Jeremias: “quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21).
Jeremias tinha diante de si uma situação calamitosa. O povo judeu estava cativo na Babilônia, passava fome, sede, os pais entregavam as filhas em troca de alimento, mães comiam os próprios filhos para não morrerem de fome (Lm 4.10), todos sofriam demasiadamente, não tinham mais liberdade, não conseguiam mais colher o que plantavam, havia grande desespero.
O profeta Jeremias chegou a dizer que sua esperança no Senhor havia morrido (Lm 3.18).
Ora, se Jeremias continuasse a pensar apenas nos motivos do sofrimento, com certeza ele chegaria a um ponto em que não aguentaria mais, pois sua mente não teria mais nenhum sinal de esperança.
Assim, o profeta concluiu que era necessário mudar o foco. Por pior que fosse a situação, havia necessidade de ocupar a mente com pensamentos que pudessem fazer renascer a esperança, dando novo alento.
Jeremias se lembrou do único que pode dar esperança verdadeira: Deus, e de alguns de seus atributos: misericórdia (3.22); fidelidade (3.23) e bondade (3.25).
Da mesma forma nós, em vez de ficarmos remoendo mágoas, sofrimentos passados, situações que nos fizeram chorar ou causaram discórdia, devemos concentrar nossos pensamentos em tudo quanto Deus já fez em nossas vidas, em todas as bênçãos que recebemos.
Para uns a bênção foi ter se casado neste ano; para outros, foi um novo emprego; outros, um filho que nasceu; a compra de um carro ou uma casa; aquela viagem de férias; a cura de uma enfermidade; o aumento no salário; e até as coisas que parecem mais simples, mas que são bênçãos de Deus: o alimento diário, a água, a saúde, o ar que respiramos, nossa família, o teto que nos abriga, etc.
Revolvendo nossas mentes vamos encontrar muitos motivos para agradecer a Deus e renovar nossas esperanças.
Por isso, desvie seu pensamento daquilo que leva você para baixo, e comece a pensar no que pode lhe fazer subir, ficar motivado, alegre, disposto, confiante.
Cultive um coração grato. Quem agradece sempre a Deus pelo que possui e recebe está pronto para receber mais bênçãos. Mas, aquele que só vive reclamando, consegue apenas mais motivos para reclamações, pois não está em condições de reconhecer as bênçãos de Deus.
Esqueça a murmuração e agradeça. "Em tudo dai graças" (1 Tess 5.18), é o que nos orienta a Bíblia.
Que Deus continue nos abençoando em 2011, e nos ensine a sermos gratos e amorosos, pois a gratidão e o amor podem mudar vidas. Experimente.

Em Cristo Jesus, grato por poder iniciar mais um ano na força do Senhor.

José Vicente
31.12.2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A MISERICÓRDIA DE DEUS INCOMODA VOCÊ?


Texto base: 2 Reis 5.19-27

Há pessoas que ficam muito incomodadas com o fato de Deus usar de misericórdia para com pessoas consideradas indignas aos olhos humanos.

No texto bíblico acima indicado vemos um exemplo bem claro disso. Naamã, um gentio, alguém de fora da aliança divina com Israel, e ainda por cima comandante do exército da Síria, que muitas vezes atacou Israel e prevaleceu, levando israelitas cativos, foi contemplado pela Graça de Deus e ficou curado da lepra.

Geazi, discípulo do profeta Eliseu, ficou indignado ao ver uma pessoa como Naamã recebendo um milagre de Deus gratuitamente. Afinal, aquele homem não era digno de receber misericórdia, pois ele era um pecador impuro e, talvez, sua doença fosse até merecida.

Provavelmente com isso ocupando seus pensamentos, dentre outras coisas, Geazi resolveu que o milagre feito por Deus a Naamã não poderia ser gratuito, mas haveria de ser cobrado um preço, pois um gentio odiável como aquele homem não tinha méritos para receber o favor de Deus. Geazi sim, era um israelita, estava seguro pela aliança que Deus fizera com o Seu povo, e se julgava merecedor não apenas da Graça de Deus, mas também de recompensas vindas dos homens.

Pobre Geazi! Aprendeu de uma forma terrível que a Graça de Deus não depende de merecimentos humanos, e que Deus não pensa como nós, não está no nosso nível limitado de entendimento, e pode fazer o que quiser, a quem quiser, quando quiser.

E de repente, lá estava Geazi todo leproso. A mesma doença que o indigno Naamã tinha anteriormente, e da qual fora curado por Deus, agora estava sobre o “justo” Geazi, integrante da aliança divina, “defensor da verdade e da justiça.”

O comportamento de Geazi pode ser visto hoje em dia em muitos de nós, crentes em Deus, que estamos sob a aliança feita no sangue de Cristo derramado na cruz.

Pense bem! Você nunca se pegou alinhavando pensamentos de crítica ao ver um “ímpio” ser contemplado com a Graça de Deus? Seja sincero.

Quando você fica sabendo que aquela pessoa considerada por você como totalmente indigna da Graça de Deus, seja um pecador incrédulo e resistente, ou um bandido que vitimou muitas pessoas, ou uma prostituta, ou aquele sujeito que já lhe causou muitos prejuízos, recebeu a cura para uma doença, um livramento em um acidente, ou qualquer outra ação divina e converteu (ou ainda não), você fica feliz?

Se a resposta foi sim, parabéns. Se não, melhor repensar sua vida cristã.

A Graça de Deus não depende de merecimentos humanos e não está atrelada à nossa escala de valores. Aliás, se Deus fosse analisar nossos méritos para poder nos abençoar, nossa situação não seria das melhores, e talvez percebêssemos que nosso saldo estaria bastante negativo, não nos permitindo usufruir nem mesmo de uma gota de bênção.

O fato é que todos os seres humanos estão na mesma situação perante Deus: “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

Desta forma, Naamã realmente não merecia o favor divino, mas Geazi também não. Ambos eram pecadores, com a diferença que Geazi era crente, estava inserido na aliança de Deus com Israel, enquanto Naamã era um gentio.

Mas acontece que Deus só fez aliança com Israel por misericórdia. Esse povo foi formado por Deus, recebeu Suas leis, Suas promessas, contava com livramentos incríveis, mas nada disso era por merecimento, e sim porque Deus resolveu usar de misericórdia.

O mesmo ocorreu com Naamã. Deus olhou para ele e usou de misericórdia.

Isso também ocorreu conosco, os que já cremos em Deus e fomos incluídos na aliança eterna feita por Cristo com seu próprio sangue. Nós não éramos melhores do que ninguém. Todos transgredimos as leis de Deus, falhamos, desobedecemos, já fomos pessoas piores do que somos hoje, mas mesmo assim Deus foi misericordioso e nos alcançou com Sua Graça.

Não podemos, portanto, agir como Geazi e querer definir quem pode ou não ser abençoado por Deus. Ora, os líderes religiosos dos tempos em que Jesus esteve aqui como homem também tentaram fazer isso, pois se consideravam dignos do favor de Deus, devido a sua religiosidade.

A eles Jesus disse: “Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.” (Lucas 4.25-27)

A sequência dessa narrativa de Lucas mostra que as pessoas que ouviram isso se enfureceram com Jesus e o expulsaram da cidade, querendo até mesmo matá-lo, afinal, era um absurdo comparar israelitas com gentios, e, pior ainda, dizer que gentios poderiam preceder a israelitas quanto à Graça de Deus.

Bem, nós não somos fiscais de Deus nem Seus conselheiros. Não temos o direito de julgar quem é ou não merecedor das bênçãos de Deus. Quem abençoa é Ele, que também escolhe a quem quiser.

Paulo, apóstolo de Jesus, compreendeu essa verdade e a ensinou em sua carta aos Romanos:

“Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum. Pois ele diz a Moisés: 'Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.' Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” (Romanos 9.14-16)

Embora o texto bíblico seja claro, muitas pessoas têm dificuldades em aceitar a liberdade de Deus para usar de misericórdia com quem Ele quiser. Paulo, que escreveu essa maravilhosa verdade, foi um felizardo escolhido por Deus para ser salvo e muito abençoado, afinal, antes ele era um religioso perseguidor da Igreja, que prendia, espancava e consentia com a morte de cristãos.

Seria Paulo merecedor da Graça de Deus? Com sangue de cristãos em suas mãos, ele seria o mais improvável homem a ser alcançado pela misericórdia divina. Mas, nossa lógica não funciona quando o assunto é Deus. Ainda bem!

Que fazer, então? Nada além de exultarmos por termos sido alvo da Graça de Deus, e também porque Ele continua alcançando pessoas as mais diversas, transformando suas vidas e lhes concedendo a salvação, unicamente por Sua Graça (Efésios 2.1-10).

Em vez de ficarmos incomodados ao vermos pessoas “indignas” recebendo misericórdia divina, alegremo-nos, pois nós também, em nossa indignidade, fomos salvos. E para Deus não há pecadinho ou pecadão, portanto, todos os seres humanos estão no mesmo 'balaio” até que sejam resgatados por Deus.

Que a Graça de Deus seja abundante em nossas vidas e nos permita enxergar além de nosso reduzido universo individual e egoísta.

José Vicente
02.12.2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

ALGUMAS LIÇÕES DE NAAMÃ


Texto base: 2 Reis 5.1; 6; 9-19

A passagem em estudo nos mostra um personagem bastante interessante, o general do exército da Síria, Naamã, que foi até Israel em busca da cura para uma doença incurável: a lepra.

Homem inteligente, bom estrategista de guerra, braço direito do rei da Síria, poderoso entre os homens, respeitado, temido, e leproso.

Acompanhando sua história, podemos extrair muitas lições, dentre as quais vamos destacar algumas na sequência.

1 – TODOS PRECISAM DE DEUS

Em um primeiro momento, muitos poderão pensar: “pôxa, que revelação! Ninguém sabia disso!”. Mas, embora pareça algo tão óbvio, o fato é que há muitas pessoas que vivem como se não precisassem de Deus.

Naamã, até aquele momento, não tinha se dado conta de que precisava de Deus. Ele era um homem forte, poderoso em termos humanos, comandava o grande exército da Síria, era influente, gozava da confiança do rei sírio, era temido e respeitado pelas pessoas, mas sofria de lepra e fatalmente morreria.

Em resumo, Naamã, embora fosse poderoso entre os homens, não tinha poder para se purificar e salvar sua própria vida. Ele era um homem limitado.

Naamã talvez tenha buscado alguma ajuda em seus muitos deuses, mas, como eles não passavam de ídolos sem vida, a lepra persistia e ele não via luz no fim do túnel.

Assim como Naamã, há tantas pessoas hoje que possuem riquezas, poder humano, autoridade, status, fama, e transformam todas essas coisas em deuses de suas vidas, julgam que isso as protegerá e garantirá inclusive a salvação de sua alma.

Alguns nem mesmo possuem tais coisas, mas são orgulhosos e arrogantes, fazendo-se a si mesmos deuses, como se pudessem alguma coisa por sua própria capacidade e por seu poder.

Há necessidade de reconhecer que somos limitados, falhos, e nossas virtudes não nos podem fazer autônomos em relação a Deus.

Todo e qualquer ser humano, independentemente de sua condição social, cultural, econômica, necessita de Deus, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17.28).

Deus usou uma jovem israelita anônima, que era serva da esposa de Naamã, para dar o toque que ele precisava no sentido de despertar para essa realidade. Assim também Deus faz em relação a cada ser humano, utilizando a vida de outros servos para que a Palavra chegue ao coração de quem ainda não crê e lhe provoque o despertamento.

Talvez este texto que você está lendo agora seja a ferramenta que Deus está usando para levar você, caro leitor, a compreender que necessita urgentemente de Deus em sua vida, e sem Ele nada faz sentido.

2 – PRECISAMOS NOS SUBMETER A DEUS

Naamã ouviu o conselho da jovem israelita e foi até Israel em busca da cura. Tendo procurado por Eliseu, profeta de Deus, não foi por ele recebido pessoalmente, mas o profeta enviou um mensageiro para que lhe orientasse a se banhar sete vezes no rio Jordão.

O texto bíblico revela que Naamã ficou ofendido, pois julgava ser merecedor de um tratamento mais “digno”, afinal, ele era o general do exército da Síria, uma nação poderosa que oprimia Israel naquele tempo.

Naamã ia voltar para sua casa leproso, sem a bênção de Deus, por causa de sua arrogância e de seu orgulho.

Quantas vezes somos orgulhosos, queremos que Deus aja conforme o que julgamos ser o ideal, achando que nossos méritos humanos importam para Deus, e continuamos com nossos problemas, pois Deus resiste aos soberbos (Tiago 4.6).

Assim que Naamã, orientado por seus oficiais, resolveu fazer da forma como Deus, através do profeta, havia ordenado, ele finalmente pôde usufruir da bênção que lhe estava reservada, ficando curado da lepra.

Quando entendemos que Deus sabe o que é melhor para nós, que o Seu método é o melhor, que Ele não está preso a nossas vontades, então nos submetemos a Ele e somos abençoados, pois “obedecer é melhor do que sacrificar” (1 Samuel 15.22).

3 – DEVEMOS TER CORAÇÃO GRATO E QUEBRANTADO

Após a cura, Naamã não era mais o mesmo. Seu coração foi quebrantado, ele agiu com humildade ao voltar para falar com Eliseu e demonstrou profunda gratidão para com Deus.

Naamã se converteu a Deus, se arrependeu de seus pecados e pediu perdão até mesmo por atos que viria a praticar, e que não eram conforme a vontade de Deus, mas que faziam parte de seu ofício junto ao rei da Síria.

Ele não tentou mais se impor a Eliseu, antes, mostrou-se submisso ao profeta, que era o instrumento de Deus entre os homens.

Também nós devemos nos colocar diante de Deus com humildade, gratidão, rendendo nossas vidas a Ele, com reconhecimento de que somente Ele é a resposta para nossas dúvidas, e o autor da nossa salvação, que foi consumada em Jesus Cristo quando Ele morreu na cruz, e ressuscitou ao terceiro dia, subindo aos céus, onde está assentado à destra do Pai, aguardando o Dia em que julgará vivos e mortos.


CONCLUSÃO

Com Naamã aprendemos que precisamos de Deus, que devemos nos submeter a Ele sem questionamentos, e que nossa vida deve ser de constante gratidão e quebrantamento diante do Pai, para que possamos ser curados física e espiritualmente, e usufruir das maravilhosas bênçãos que Ele nos reservou tanto nesta vida como na vindoura.

Que Deus nos capacite a abandonarmos o orgulho e buscarmos a Sua presença diariamente, e de nosso interior fluirão rios de água viva (João 7.38).

José Vicente
20.11.2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

APRENDENDO COM GEAZI

Texto base: 2 Reis 5.15-27

Naamã era comandante do exército da Síria. Era um homem de elevada posição, grande prestígio, gozava da confiança do rei, tinha autoridade e muito poder entre os homens.

Naquela ocasião havia certa paz entre Síria e Israel, mas vez ou outra tropas da Síria invadiam o território islaerense, saqueavam alguma aldeia e levavam pessoas cativas.

Numa dessas invasões, Naamã levou uma menina israelita para ser serva de sua esposa.

Embora Naamã fosse tão poderoso, ele sofria de lepra, doença incurável, e com isto estava fadado a morrer doente, sem poder obter a cura de seu mal. Seus deuses não o socorreram. Sua fama não lhe valia contra a enfermidade.

Foi justamente a menina israelita capturada e feita serva na casa de Naamã que lhe indicou o caminho para a cura: deveria ir a Israel.

Então Naamã, munido de uma carta escrita pelo rei da Síria, e também de muito ouro, prata e roupas finíssimas, foi até Israel e entregou a correspondência ao rei, que ficou “maluco” ao saber que o rei da Síria havia enviado Naamã para que ali fosse curado. O rei de Israel afirmou que não era Deus para curar Naamã.
Eliseu ficou sabendo e mandou dizer ao rei que enviasse Naamã até ele, pois ainda havia profeta de IAVÉ em Israel.

Interessante notar que Naamã não foi recebido pessoalmente por Eliseu, o que obviamente ele encarou como uma desfeita. Além disto, Eliseu mandou Naamã ir tomar banho (no rio Jordão). Aí já era demais, e o poderoso Naamã não poderia se submeter a tal humilhação, pois não viajou tanto para chegar ao profeta e ser tratado dessa forma!

Após ser aconselhado por oficiais mais próximos, Naamã acabou indo ao rio Jordão, como mandou Eliseu, e se banhou, ficando curado da lepra.

O coração de Naamã foi quebrantado e ele voltou para agradecer a Eliseu. Aí começam as lições que vamos destacar no texto em análise.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MILAGRES PASSAGEIROS!

Na quinta-feira, 21.10.2010, assisti a um trecho do programa Conexão Repórter, exibido pelo SBT e comandado pelo jornalista Roberto Cabrini (OS BASTIDORES DOS MILAGRES - PARTE II). Há algum tempo o programa vem abordando questões relacionadas a polêmicas provocadas no meio cristão. Começou com investigação sobre os casos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica Apostólica Romana, e atualmente o foco é o que vem ocorrendo no meio evangélico brasileiro, com ênfase a movimentos pentecostais e neopentecostais.

Ontem, 21.10, foi exibido o caso de um pastor evangélico que afirma que sua filhinha, com 8 (oito) anos de idade, se não me falha a memória, teria o dom de cura. A igreja desse pastor vem tendo um aumento no número de frequentadores, que são movidos pelo desejo de serem tocados pela menina e receberem a cura de enfermidades.

A criança também ministra mensagens aos que se fazem presentes, e o pastor costuma levá-la até mesmo em presídios para realização de cultos de cura.

Além de cura, também há o famoso “cair no Espírito”, e outras reações que são atribuídas à ação do Espírito Santo de Deus.

Foi mostrado, também, um pastor que, vendo uma mulher visitante na igreja com seu bebê no colo, de uns três meses de idade, disse que a criança seria utilizada como instrumento de Deus, e, tocando pessoas com o bebê, essas pessoas iam caindo em um efeito dominó, uma após outra. Havia muito êxtase entre os presentes.

Voltando ao caso do pastor que afirma ser sua filhinha ungida pelo Espírito Santo com o dom de cura, a reportagem do programa procurou meios de comprovar se o que ocorria era fato ou fruto da mente das pessoas.

Foi mostrado, primeiro, o caso de um jovem que sofria com câncer. Ele já havia sido submetido a uma cirurgia, mas como o câncer estava voltando e atacava órgãos internos, ele ouviu falar da “missionariazinha que curava”, e para lá partiu na esperança de receber a cura.

O rapaz afirmava que sentia dores no abdômen, bastando uma leve pressão em alguns locais para que a dor se manifestasse. Diante disso, o pastor trouxe sua filhinha e esta tocou o jovem, mas era possível perceber na expressão do rosto da criança que ela nem sabia bem o que estava acontecendo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

QUEM ADORA À RAINHA DO CÉU?

JEREMIAS 7: 1-34


"Palavra que da parte do SENHOR foi dita a Jeremias: 'Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar. Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo; se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.
Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.
Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!
Será esta casa que se chama pelo meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR.
Mas ide agora ao meu lugar que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo de Israel.
Agora, pois, visto que fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, começando de madrugada, e não me ouvistes, chamei-vos, e não me respondestes, farei também a esta casa que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós outros e a vossos pais, como fiz a Siló.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

AINDA HÁ CRISTÃOS...

Na Bíblia vamos encontrar os discípulos de Jesus sendo chamados de “cristãos” pela primeira vez em Atos 11:26, na cidade de Antioquia. Antes disso eram também chamados de “os do Caminho”. Assim ocorria porque eles seguiam o único Caminho Verdadeiro, que conduz à Vida, Jesus Cristo, e procuravam andar nos Seus passos.

Os cristãos bíblicos tinham convicção de quem eram eles, e de quem era e é Jesus. Eles eram os discípulos, seres humanos pecadores que necessitavam da Graça de Deus, caso contrário estariam irremediavelmente perdidos anta sua impossibilidade de conseguirem cumprir os requisitos para alcançarem a santidade na vida e obterem o perdão dos pecados. Jesus era O Caminho através do qual poderiam chegar a Deus Pai, sendo limpos de todo pecado e santificados pela Verdade.

Aqueles cristãos buscavam a glória de Deus, e não a sua própria. Eles reconheciam Jesus como o Senhor de tudo e de todos. Eles viam o Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus, e o Instrutor que ensinaria todas as coisas, além de conceder dons para edificação da Igreja e de cada cristão individualmente.

Com o passar do tempo, foi-se cumprindo o que Jesus e os apóstolos predisseram sobre a deturpação dos ensinos do Mestre. Foram surgindo falsos profetas, falsos apóstolos, falsos cristãos. Mentiras foram se introduzindo no meio da Igreja, o pecado foi sendo admitido sob formas camufladas, e os agentes de Satanás, disfarçados de ministros da Luz, foram penetrando com artimanhas e astúcias capazes de induzir muitos ao erro, crendo que estavam agindo corretamente.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

NOSSA DEFICIÊNCIA DE FÉ

Texto base: Marcos 9:14-29

O contexto da passagem bíblica nos mostra Jesus, retornando juntamente com os três discípulos mais achegados, Pedro, João e Tiago, do monte onde, minutos antes, ocorrera sua transfiguração. Esses discípulos presenciaram uma cena fantástica, maravilhosa, que os deixou estarrecidos e sem palavras nem reação. Diante de seus olhos Jesus foi transfigurado, suas vestes ficaram tão brancas que era difícil olhar para
Ele, e tiveram a visão de Moisés e Elias conversando com Jesus, além de ouvirem a voz vinda da grande nuvem que os cobriu, dizendo que Jesus era o Filho amado de Deus, e a Ele deveriam ouvir.

Após tão notável manifestação divina, Jesus e os três discípulos descem o monte, e ao chegarem em sua base encontram uma multidão alvoroçada, e alguns escribas (líderes religiosos judeus) discutiam com os discípulos que não haviam acompanhado Jesus.

Quando Jesus indagou quanto ao motivo da discussão, uma voz surgiu no meio da multidão, de um pai desesperado que tinha o filho possesso por um espírito mudo e surdo há tempos, e, não tendo encontrado Jesus, rogou aos discípulos do Mestre que o libertasse, mas eles não conseguiram fazê-lo.

Jesus logo entendeu que a discussão, então, se devia ao fato de que os discípulos não haviam obtido êxito em expulsar o espírito que se apossara do rapaz, e que os líderes judeus, sempre ávidos por encontrarem algo de que O acusar, certamente colocavam em dúvida a autoridade de Jesus, já que os discípulos haviam recebido dEle autoridade para curar enfermos e expulsar demônios.

A passagem bíblica em questão nos transmite muitos ensinamentos, mas vamos nos ater a apenas alguns deles.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O QUE ENTRA PELA BOCA TAMBÉM CONTAMINA


Em certa ocasião, Jesus disse que o que contamina o homem é o que sai de sua boca, e não o que entra, porque o que sai vem do coração, de onde procedem os maus desígnios, os adultérios, enfim, tudo o que é mal. A maldade não vem de fora, mas de dentro de cada um (Evangelho Segundo Marcos, capítulo 7).

Jesus falava de pecado, daquilo que torna o ser humano impuro perante Deus, necessitando de uma purificação, que somente pode ser feita pelo sangue do Cordeiro, Jesus Cristo, que morreu na cruz por nós. Os fariseus pensavam em purificação ritualística, mas estava diante deles O Purificador.

Nos dias atuais, todavia, vemos outro tipo de contaminação se espalhando de forma avassaladora dentre a humanidade, e que se origina de coisas que entram pela nossa boca. Não se trata de contaminação que nos torne impuros aos olhos de Deus, mas que pode prejudicar seriamente nossa qualidade de vida e levar pessoas à morte.

Recentemente, a Anvisa confirmou uma pesquisa que fez uma revelação sobre algo que já era de certa forma conhecido, mas que não parecia ser tão grave como se mostrou agora: estamos ingerindo veneno diariamente.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

DOUTORES EM DEUS

Ocasionalmente me deparo com artigos em sites, revistas ou outros materiais, onde o autor é qualificado como doutor em divindade. Também vejo isso em e-mails e materiais de divulgação de eventos evangélicos, quando, então, o doutorado em divindade é empregado como forma de conferir maior autoridade àquele que será o preletor.


Não sei o que outras pessoas pensam sobre isso, mas particularmente vejo como uma grande desfaçatez. Esses teólogos assim identificados são pessoas que, após se graduarem em teologia, e tendo feito uma pós-graduação, dirigem seus esforços para um curso de doutorado. Nada demais, se o objeto de estudo desse doutorado não fosse DEUS.

Pesquisando na internet, dentre as faculdades de teologia existentes no Brasil, constatei que no curso de doutorado em divindade a proposta é levar o aluno a um conhecimento mais amplo e profundo de Deus, estudando Seus mistérios espirituais, Seus planos para a Igreja Cristã, etc.

Bem, não tenho nada contra o curso nem contra quem se envereda por esse estudo, assim como não quero desmerecer aqueles que se esforçam sinceramente para aprender um pouco mais através da pós-graduação, mas, convenhamos, usar um título de doutor em divindade é uma pretensão muito grande. É como se fosse possível alguém ser doutor em Deus, saber tudo sobre Deus, conhecer os mistérios mais profundos do Senhor.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

LIÇÕES DE UMA TRAGÉDIA EM FAMÍLIA

TEXTO BASE: 2 SAMUEL 13-19


O texto lido narra uma história bastante triste, pois apresenta uma sequência de acontecimentos que culminaram com tragédias na família do Rei Davi.

Nos versículos encontramos a narrativa de uma verdadeira aberração, quando Amnon, filho de Davi, sente-se extremamente atraído por sua própria irmã, Tamar, sendo ambos filhos do rei, mas de mulheres diferentes.

Amnon, auxiliado por um “amigo” (se fosse amigo mesmo não faria o que fez), fingiu-se de doente para poder receber cuidados de Tamar, e aproveitou-se da situação para estuprá-la, sendo que, logo após o ato incestuoso e criminoso, simplesmente a repudiou, mandando-a embora constrangida, envergonhada, humilhada.

Após essa tragédia, outras se abateram sobre a família de Davi, como o homicídio de um irmão por outro, a rebelião de Absalão e sua morte em batalha.

Vamos analisar alguns pontos que podem ter provocado essa situação caótica, e que hoje ainda estão presentes em muitas famílias, sendo a causa de sua ruína.

1. Omissão dos pais quanto à disciplina

A notícia do estupro de Tamar por seu irmão Amnon chegou ao conhecimento de Davi, o chefe da família, e este ficou extremamente irado. Entretanto, sua reação parou por aí, já que Davi não tomou nenhuma providência quanto ao ocorrido. Davi não falou com Amnon, não o repreendeu, não o puniu, simplesmente ficou quieto como se nada tivesse acontecido (13.21). A versão da Bíblia católica traz esse texto da seguinte forma:

“O rei Davi soube de tudo o que se tinha passado, e inflamou-se com violência a sua cólera, mas não quis afligir seu filho Amnon, pois o amava por ser o seu primogênito.”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MURMURAÇÃO X ORAÇÃO

Abra sua Bíblia e leia os textos que se encontram em Números 11:1-20, 31-34.


As pessoas têm reações diferentes diante das diversas situações que ocorrem no dia-a-dia, conforme as características de cada um. Vamos destacar duas das principais reações, que fazem muita diferença na qualidade de vida e na espiritualidade saudável: a murmuração e a oração.

Essas duas reações estão presentes do nosso texto base, e as consequências de se adotar uma ou outra também estão muito claras na passagem bíblica.

1) Murmuração (v. 1; 4-6)
Murmuração é reclamação, insatisfação, resmungos e revolta.

Nos versículos 1 e 4-6 encontramos um exemplo bastante contundente de murmuração. Ali está o povo de Israel reclamando contra Moisés e Deus, julgando que sua situação era melhor quando escravo no Egito do que agora, que estavam prestes a entrar na terra prometida.

Para refrescar a sua memória, cabe lembrar que Israel viveu em escravidão no Egito por 400 anos, sofrendo uma terrível repressão, com açoites e maus tratos constantes. Deus ouviu o clamor de Seu povo e enviou Moisés e Arão para libertá-lo. Esse objetivo foi alcançado após várias demonstrações do ilimitado poder de Deus, vindo as conhecidas dez pragas do Egito. Logo depois da libertação, Deus continuou demonstrando Seu poder e protegendo Seu povo. Ele abriu o Mar Vermelho para que Israel passasse a pés secos, e fez o Mar se fechar engolindo o exército egípcio. Deus enviou a nuvem que protegeu o povo do calor do sol, e também as colunas de fogo que evitaram que o povo morresse de frio. Leia o Livro do Êxodo e você verá quantas maravilhas Deus fez em favor de Israel.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A IGREJA SOB ATAQUE

Nos últimos dias temos ficado chocados com a quantidade de descobertas de crimes de pedofilia praticados por padres, homens que pregam abstinência sexual através do celibato em seus ministérios, mas que, longe dos olhos dos fiéis, liberam toda sua carnalidade e natureza abominável, fazendo vítimas por onde passam.

Esses homens, assim como aqueles que cometem diversos outros tipos de crimes e enganam as pessoas por meio da fé, usam o nome de Deus para acobertar suas práticas pecaminosas e odiosas. Em programa jornalístico que foi exibido por um canal de TV aberta na noite de 08.04.2010, foi revelado por uma das vítimas, um adolescente do sexo masculino, que o padre o fazia ajoelhar sobre a Bíblia e procurava apresentar-lhe argumentos de que aquilo não era pecado, mas algo que Deus aceitava como normal e até desejável.

Com suas práticas abomináveis, tais homens produzem traumas profundos em pessoas que neles depositaram sua confiança, baseados nas aparências exteriores de piedade e devoção, e que, depois de sofrerem abusos, não sabem o que fazer, têm suas vidas destruídas, ficam marcadas pela humilhação que lhes foi imposta.

O que se percebe é que, além de serem homens depravados, que guardam em seu íntimo uma podridão insuportável, embora o exterior seja todo adornado, não vivem o que pregam, envergonhando e enlameando o nome de Deus, também são claramente cínicos e desprovidos de caráter, pois alguns negam a prática que lhes é imputada, enquanto outros ficam irritados quando questionados e afirmam que isso é assunto de confessionário, embora não neguem os fatos.

Eles praticam o pecado de quebrar o voto de celibato que fizeram ao assumir seu sacerdócio, e ainda enveredam pelo caminho do homossexualismo, outro pecado claramente condenado por Deus nas Escrituras.

sexta-feira, 5 de março de 2010

GUIADOS PELA SABEDORIA

TEXTO BASE: 1 Reis 12:1-20


Salomão foi um grande rei. Segundo a Bíblia, ele foi o mais sábio dentre os reis de Israel e do mundo. Governantes de outras nações vinham conferir de perto o que ouviam falar sobre a sabedoria de Salomão, e ficavam boquiabertos quando constatavam que a realidade superava o que lhes havia chegado aos ouvidos.

Acontece que Salomão era humano, imperfeito, e também acabou cometendo erros, desagradando a Deus, pois se dobrou diante de ídolos e permitiu a idolatria em Israel, o que era expressamente condenado por Deus.

Logo após a morte de Salomão, seu filho Roboão subiu ao trono de Israel como seu sucessor. Roboão era um jovem e, com certeza, ficou entusiasmado e talvez assustado com a ideia de governar uma nação como Israel, sabendo de toda a história desse povo. Mas, para facilitar o seu governo, ele poderia contar com os conselheiros do rei, os mesmos que haviam trabalhado com seu pai, Salomão, e tinham muita experiência no assunto.

No início de seu reinado, Roboão recebeu a visita de Jeroboão e de representantes do povo, que vieram lhe pedir que tivesse misericórdia da população, visto que Salomão havia imposto um jugo pesado sobre a nação, e todos estavam sofrendo com aquela situação. É claro que Salomão fez isso quando pisou na sabedoria e passou a agir de forma insensata, afastando-se do Conselho de Deus.

Roboão demonstrou, inicialmente, alguma sabedoria, pois pediu àquelas pessoas que retornassem depois de alguns dias para ouvirem a resposta (um tempo de reflexão), e recorreu de imediato aos experientes conselheiros do rei, entretanto, o desenrolar da história mostra que ele não foi nada sábio, e, ao final, provocou a divisão do reino de Israel.

Observando a passagem bíblica em questão podemos destacar alguns pontos importantes:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ELTON JOHN E A CAUSA HOMOSSEXUAL


No último dia 19.02.2010 foi publicada na internet uma matéria relatando que o cantor Elton John, concedendo entrevista à revista norte-americana Parade, afirmou que Jesus era um “gay superinteligente”, notícia esta que ficou entre as mais acessadas da semana e provocou reações as mais diversas nos leitores.

Se você não leu a notícia, poderá fazê-lo clicando no link abaixo:


Em sua declarações, Elton John afirmou: "Acho que Jesus tinha muita compaixão, era um homem gay superinteligente que entendeu os problemas da humanidade". E também disse que "Jesus queria que nós amássemos e perdoássemos. Eu não sei o que faz as pessoas serem tão cruéis. Tente ser uma lésbica no Oriente Médio - é melhor estar morto".

Elton John, em sua entrevista, buscando defender seu opção sexual (homossexualismo), mesclou verdades bíblicas com mentiras humanas, agradando ao público que defende as causas homossexuais, bem como os simpatizantes, aqueles que, embora não saiam em defesa desse estilo de vida, não se importam com sua prática e acham que é tudo normal, uma questão de simples escolha, e que Deus compreende isso.

Bem, vamos às verdades bíblicas contidas nas declarações de Elton John:

1) Jesus tinha (e tem) muita compaixão: a compaixão, misericórdia, é um traço característico de Jesus Cristo. Ele se compadece das pessoas ao ver seus sofrimentos, sempre tratou os seres humanos com amor, respeito e com o coração repleto de misericórdia. A misericórdia de Jesus O levou a dar sua própria vida na cruz do calvário, a fim de que os pecadores arrependidos pudessem encontrar nEle a salvação e a vida eterna. (Salmo 25:6; Salmo 89:14; Salmo 103:11; Lamentações 3:22; Mateus 9:36; Mateus 14:14; Mateus 15:32; Marcos 1:41; Lucas 7:13; Efésios 2:4, etc.).

2) Jesus queria que nos amássemos: o amor ao próximo é a marca dos discípulos de Jesus. Sem amor, nenhuma ação tem valor (João 13:34-35; João 15:12 e 17; Romanos 13:8; 1Coríntios 13; 1João 4:7; etc.).

3) Jesus queria que perdoássemos: sim, Jesus nos ordenou o perdão, como Ele nos perdoou. (Mateus 6:12; Marcos 11:25; Mateus 18:21-35; etc.).

O problema é que, apesar dessas verdades, Elton John inseriu mentiras deslavadas e totalmente antibíblicas em suas declarações, tudo, como escrevi acima, com o intuito de defender sua causa e de tentar se convencer de que está vivendo de forma que Deus não venha a lhe impor nenhuma condenação. É uma pena ver um ser humano tentando enganar a si próprio através da distorção da Bíblia, chegando ao ponto de blasfemar contra Jesus, para poder permanecer na prática do pecado ao qual se apegou.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

HOMENAGEM À MULHER PRESBITERIANA

No segundo domingo de fevereiro, comemoramos o Dia da Mulher Presbiteriana. É um dia em que lembramos o esforço dessas mulheres que realizam um trabalho maravilhoso para que a Obra de Deus continue se propagando, mantendo a Igreja unida e ativa. Por esta razão, deixo aqui registrada uma singela homenagem à Mulher Presbiteriana que foi apresentada pela UPH – União Presbiteriana de Homens, na Igreja Presbiteriana de Porecatu, lembrando, todavia, que o teor da mensagem se aplica também aos demais crentes em Cristo, e não apenas às mulheres. Vamos destacar algumas virtudes cristãs que devem estar presentes na vida de todos os que servem ao Senhor Jesus.

Texto bíblico: Mateus 15:21-28

Na passagem acima indicada, vemos Jesus sendo abordado por uma mulher cananéia que desejava ver sua filha libertada do poder do demônio. Nas atitudes dessa mulher cananéia é possível vislumbrar algumas qualidades inerentes à sua pessoa, e que são também encontradas na mulher presbiteriana.

1) Fé que ultrapassa barreiras

A mulher dessa passagem bíblica não era israelita, era cananéia, portanto, ela não fazia parte do povo escolhido de Deus, Israel. Ela era uma gentia, alheia às bênçãos da Aliança de Deus com Seu povo. Entretanto, mesmo assim ela já ouvira falar de Jesus, aquele homem que era totalmente diferente dos líderes religiosos da época, pois tratava as pessoas com amor e ensinava a verdade quanto ao Reino de Deus, não da forma como o faziam os mestres da Lei, os escribas, fariseu e saduceus, mas com autoridade e demonstrações de poder do Alto.

Aquela mulher cria em Jesus de uma forma que os próprios israelitas, na sua grande maioria, não criam. Ela tinha plena convicção de que Jesus era a solução para o grande problema que ela estava enfrentando naquele momento. Mais ainda, ela tinha absoluta confiança nEle, e depositara toda a sua esperança em Sua Pessoa. Ela sabia que Jesus tinha autoridade para determinar ao demônio que deixasse sua filha em paz, e que o demônio O obedeceria, porque Jesus é o Filho de Deus, é o Senhor do Universo, e tudo Lhe está sujeito. A fé da mulher cananéia a levou a superar as dificuldades impostas pelo preconceito, pela separação religiosa, pela sua condição de inferioridade ante os judeus (considerando que era uma gentia, enquanto eles eram os herdeiros das promessas de Deus). Sua fé em Jesus era tamanha que, no versículo 27, Ele próprio declarou: “ó mulher, grande é a tua fé!”.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

AÍ VEM O PRÍNCIPE DESTE MUNDO


“Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim.” (João 14:30)


Quando Jesus estava se despedindo de seus discípulos, pouco antes de ser entregue para a morte de cruz, Ele lhes disse que estava vindo o príncipe do mundo, e que esse príncipe nada tinha nEle, Jesus. O príncipe a que Ele se referia era Satanás, que comanda o mundo de oposição a Deus. O diabo, que se sentia feliz em ver o sofrimento de Jesus, talvez até mesmo acreditando que o plano de Deus para a redenção da humanidade pudesse dar errado. Jesus não quis parte com ele, e também nós não devemos querer.

O príncipe deste mundo continua agindo com muita ousadia entre a humanidade. Neste mês de fevereiro, época em que pessoas incautas, negligentes quanto aos mandamentos de Deus, costumam se esbaldar em uma festa da carne regada a músicas cheias de torpeza, bebidas alcoólicas, drogas, sexo livre, alegria enganadora, o príncipe deste mundo está operando de forma abundante nas vidas dos que o servem (muitos talvez nem saibam que o servem).

Aí vem o príncipe deste mundo, é a palavra de Jesus para hoje, destinada a todos quantos estão dispostos a ouvir. O príncipe deste mundo vem para matar, roubar e destruir (João 10:10).

Matar através do pecado, porque a Palavra de Deus nos diz que o salário do pecado é a morte (João 8:44; Romanos 6:23).

Roubar a vida e a alegria verdadeira; roubar a saúde, o ânimo, a visão da verdade. Roubar a esperança e a fé (2 Coríntios 4:4).

Destruir famílias, relacionamentos. Destruir sonhos. Destruir o altar de Deus para erigir o altar a Baal. Destruir o santuário do Senhor, que é o nosso corpo.

Nesses dias de festa da carne, desse espetáculo terrível e triste chamado carnaval, muitas pessoas correm para dentro de seus próprios caixões, preparando-se para descer a uma sepultura espiritual cada vez mais profunda, embora pensem, de forma ilusória, que estão se divertindo e sendo felizes. Jogam-se nos braços de Satanás com tamanha facilidade e com tamanha ignorância, que são dignas de pena.

Aqueles que correm atrás das ofertas feitas pelo príncipe deste mundo se tornam seus amigos e súditos, são amigos do mundo, e, portanto, inimigos de Deus (Tiago 4:4).

Há pessoas que acreditam ser possível servir a Deus e, ao mesmo tempo, se entregarem a essa festa da carne, argumentando que não tem nada a ver, que é apenas uma forma de diversão. Afinal, é proibido se divertir, se alegrar? Insensatos! A alegria segundo o mundo gera morte, porquanto não se amolda ao caráter de Deus e aos Seus mandamentos, não está firmada em uma vida plena na presença de Deus.

A Palavra de Deus nos orienta, sim, a sermos alegres, mas alegria santa, verdadeira, não transitória ou ilusória.

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4)

Alegrar-se no Senhor é muito diferente de alegrar-se com o príncipe deste mundo. A alegria no Senhor não está ligada a promiscuidade, bebedices, glutonaria, conversações torpes, desvalorização do ser humano, cobiça, mentira, infidelidade, etc (Romanos 13:13-14; Gálatas 5:19-21).

Não tenha parte com o príncipe deste mundo, pois a única coisa que ele tem a lhe oferecer, além dessa ilusória alegria passageira, é a morte eterna, o sofrimento, a destruição de seu lar e de seus valores morais e éticos (Romanos 8:6).

Antes, entregue sua vida a Jesus Cristo, que é o Rei do Universo, o Príncipe da Paz, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Maravilhoso Conselheiro (Isaías 9:6), fonte da vida eterna (João 3:36; 4:14; 5:24; 6:40) e da alegria que não se acaba (João 3:29; 15:11; Romanos 14:17; Gálatas 5:22).

Abstenha-se das contaminações deste mundo. Dedique sua vida a Deus e tenha a certeza de que você não terá motivos de arrependimento, ao contrário do que acontecerá se sua escolha for pelo príncipe deste mundo e por suas mentiras.

“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.” (Deuteronômio 30:19-20)

Se você tem dúvidas quanto ao que escrevi, pegue sua Bíblia e confira os textos bíblicos indicados. Melhor ainda, leia a Bíblia toda, assim você não terá tempo para correr atrás de ilusões e será alimentado pela Verdade que liberta.

Fique na paz de Cristo, e que YAHWEH o abençoe para que sua escolha seja pela Vida.

José Vicente
13.02.2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

EM BUSCA DA ETERNIDADE

No último domingo, 07.02.2010, assisti a um trecho de uma matéria exibida no Fantástico, programa jornalístico da Rede Globo, onde se falava sobre pessoas que investiam milhares de dólares para, após a morte, terem seus corpos conservados (congelados) em nitrogênio, com a esperança de que um dia, no futuro, a ciência tenha evoluído ao ponto de trazer de volta à vida os mortos, garantindo, assim, que permaneçam vivos “eternamente”.

Creio que não existe pessoa, por mais cética que seja, que não tenha pelo menos uma vez na vida pensado no que viria depois do encerramento da sua vida neste mundo. Com exceção daqueles que possuem distúrbios psíquicos, dificilmente se encontrará pessoas que desejem morrer, ao contrário, todos querem viver.

Há muitos que defendem a inexistência de vida após a morte, ou seja, há apenas esta vida, e o que vem depois é apenas a sepultura e o esquecimento. Outros alimentam a crença de que após a morte voltarão através da reencarnação, para que seus espíritos sejam aperfeiçoados. Outros, ainda, acreditam que existe vida após a morte, e que o mundo para onde irão será um reflexo daquilo que hoje está em suas mentes como sendo a realidade que os espera, etc.

Analisando rapidamente a matéria, podemos constatar que as pessoas que estão pagando para terem seus corpos preservados para uma eventual ressurreição provocada pela ciência não creem em vida após a morte. Elas estão buscando a imortalidade, e não a vida eterna. São pessoas que se apaixonaram por este mundo e pelas coisas desta vida, e não querem se desligar de nada disso, almejam viver para sempre aqui.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O QUE ENTRA EM NOSSA CASA


No dia 03.02.2010, vi uma notícia na internet, logo ao abrir a página do Yahoo!, informando que uma participante do infame reality show Big Brother Brasil, que tinha grandes chances de ser eliminada da competição (e foi), estava sendo sondada por uma grande produtora nacional de filmes pornográficos. O diretor dessa empresa afirmou que a moça tinha chamado a atenção por seu estilo, e também por ter protagonizado uma possível cena de sexo embaixo do edredon com outro participante.

Esse diretor prosseguiu afirmando que havia outras três mulheres no programa que estavam sendo sondadas, pois, segundo observações feitas, elas têm um perfil para o mercado explorado pela produtora. E mais, dois homens da “casa” também estariam na mira da empresa.

Não é a primeira vez que isso acontece. Em edições anteriores também houve participantes que foram contratados por produtoras de filmes pornográficos. Na internet são veiculadas informações assustadoras quanto a fatos que ocorrem na casa dos “Brothers”.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

HAITI: SERIA APENAS UM FENÔMENO NATURAL?

O mundo ficou estarrecido ante a tragédia que atingiu o Haiti. A estimativa é de que tenham ocorrido aproximadamente duzentas mil mortes como consequência do grande terremoto que destruiu parte daquele país na semana passada. Neste momento, buscam-se explicações para o fato. Geólogos, cientistas, ambientalistas, místicos, religiosos, etc., todos oferecem respostas, mas nem todas são acolhidas. Previsões do fim do mundo e sugestões de que isso seja um sinal da ira de Deus contra o pecado que impera neste mundo vão se avolumando, enquanto de outro lado céticos afirmam que isso é fanatismo religioso, pois o que ocorreu foi tão somente um fenômeno natural. Afinal, trata-se realmente de um simples evento da natureza ou há possibilidade de que Deus esteja manifestando Sua ira contra a impiedade humana?

Sabe-se que terremotos não são novidades no nosso planeta. Há muitos anos eles ocorrem, por vezes em fraca intensidade, mas já tivemos casos de verdadeiras tragédias, como essa que ocorreu no Haiti, podendo-se citar como exemplo a China. Que é um fenômeno da natureza ninguém discute, mas até que ponto se trata de uma “simples” movimentação de camadas inferiores do solo? Sabemos que Deus tem todo o universo em Suas mãos e que, como disse Jesus, nenhum pássaro cai ao solo sem que Deus o permita (Mateus 10:29). Se assim é quanto a coisas mínimas como o voo de um pássaro, que dizer de coisas muito mais grandiosas e complexas! Seria absurdo dizer que esses eventos da natureza podem ser um instrumento de Deus para aplicar o Juízo sobre os impenitentes?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

JUSTIÇA: UMA MARCA DO CRISTÃO

"Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto." (Deuteronômio 32:4)

Em outra postagem (A IGREJA E A JUSTIÇA SOCIAL) falei sobre a justiça, abordando seus três aspectos, mas me detendo um pouco mais na justiça social. Gostaria de falar, então, da justiça como uma marca do cristão, daquele que serve a Deus, citando alguns textos bíblicos onde poderemos constatar que se trata de uma exigência para a vida de quem se diz filho de Deus.

O nosso padrão de justiça é elevado e, por vezes, quase impossível de alcançar, pois é exatamente o padrão de Deus. No texto bíblico acima transcrito, vemos que Deus é justo e reto. Ora, Ele requer de nós que O imitemos nessas qualidades, que sejamos justos e retos, e que não haja em nós nenhuma injustiça.

Logo no início da história bíblica vamos encontrar o exemplo de um homem que foi considerado justo e íntegro, Noé, conforme está escrito em Gênesis 6:9 ("Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus"). Assim, por cultivar virtudes que vêm de Deus, Noé se destacou dentre uma geração corrompida e foi escolhido para ser salvo, juntamente com sua família, do dilúvio que estava por vir.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A IGREJA E A JUSTIÇA SOCIAL

Quando a Bíblia fala de justiça, geralmente ela compreende três aspectos: legal, moral e social. Legal diz respeito à nossa posição perante Deus. O homem é pecador, ou seja, é um infrator da Lei de Deus, e para ser aceito precisa ser justificado. Moral afeta o nível da consciência humana, da conduta, da forma como nos portamos perante a vida. Social se refere à vida em sociedade.

Em toda a Bíblia não vamos encontrar Deus tratando unicamente de um dessas aspectos de justiça. Quando Ele exige que o homem seja justo, abrange as três esferas acima citadas. Para exemplificar, tomemos o mandamento de não matar. O aspecto legal é que quem mata está sujeito a julgamento e condenação, pois descumpriu a Lei. Ainda, quem mata não fica em paz com sua consciência, pois sabe que seu ato é moralmente reprovável. Por fim, matar alguém implica em ferir a sociedade e seu equilíbrio. Em direito penal aprendemos que, quando alguém comete um crime, não é apenas contra a vítima que o comete, mas contra toda a sociedade, e por esta razão o Estado deve punir o infrator, para restabelecer o equilíbrio social rompido.