terça-feira, 30 de novembro de 2010

ALGUMAS LIÇÕES DE NAAMÃ


Texto base: 2 Reis 5.1; 6; 9-19

A passagem em estudo nos mostra um personagem bastante interessante, o general do exército da Síria, Naamã, que foi até Israel em busca da cura para uma doença incurável: a lepra.

Homem inteligente, bom estrategista de guerra, braço direito do rei da Síria, poderoso entre os homens, respeitado, temido, e leproso.

Acompanhando sua história, podemos extrair muitas lições, dentre as quais vamos destacar algumas na sequência.

1 – TODOS PRECISAM DE DEUS

Em um primeiro momento, muitos poderão pensar: “pôxa, que revelação! Ninguém sabia disso!”. Mas, embora pareça algo tão óbvio, o fato é que há muitas pessoas que vivem como se não precisassem de Deus.

Naamã, até aquele momento, não tinha se dado conta de que precisava de Deus. Ele era um homem forte, poderoso em termos humanos, comandava o grande exército da Síria, era influente, gozava da confiança do rei sírio, era temido e respeitado pelas pessoas, mas sofria de lepra e fatalmente morreria.

Em resumo, Naamã, embora fosse poderoso entre os homens, não tinha poder para se purificar e salvar sua própria vida. Ele era um homem limitado.

Naamã talvez tenha buscado alguma ajuda em seus muitos deuses, mas, como eles não passavam de ídolos sem vida, a lepra persistia e ele não via luz no fim do túnel.

Assim como Naamã, há tantas pessoas hoje que possuem riquezas, poder humano, autoridade, status, fama, e transformam todas essas coisas em deuses de suas vidas, julgam que isso as protegerá e garantirá inclusive a salvação de sua alma.

Alguns nem mesmo possuem tais coisas, mas são orgulhosos e arrogantes, fazendo-se a si mesmos deuses, como se pudessem alguma coisa por sua própria capacidade e por seu poder.

Há necessidade de reconhecer que somos limitados, falhos, e nossas virtudes não nos podem fazer autônomos em relação a Deus.

Todo e qualquer ser humano, independentemente de sua condição social, cultural, econômica, necessita de Deus, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17.28).

Deus usou uma jovem israelita anônima, que era serva da esposa de Naamã, para dar o toque que ele precisava no sentido de despertar para essa realidade. Assim também Deus faz em relação a cada ser humano, utilizando a vida de outros servos para que a Palavra chegue ao coração de quem ainda não crê e lhe provoque o despertamento.

Talvez este texto que você está lendo agora seja a ferramenta que Deus está usando para levar você, caro leitor, a compreender que necessita urgentemente de Deus em sua vida, e sem Ele nada faz sentido.

2 – PRECISAMOS NOS SUBMETER A DEUS

Naamã ouviu o conselho da jovem israelita e foi até Israel em busca da cura. Tendo procurado por Eliseu, profeta de Deus, não foi por ele recebido pessoalmente, mas o profeta enviou um mensageiro para que lhe orientasse a se banhar sete vezes no rio Jordão.

O texto bíblico revela que Naamã ficou ofendido, pois julgava ser merecedor de um tratamento mais “digno”, afinal, ele era o general do exército da Síria, uma nação poderosa que oprimia Israel naquele tempo.

Naamã ia voltar para sua casa leproso, sem a bênção de Deus, por causa de sua arrogância e de seu orgulho.

Quantas vezes somos orgulhosos, queremos que Deus aja conforme o que julgamos ser o ideal, achando que nossos méritos humanos importam para Deus, e continuamos com nossos problemas, pois Deus resiste aos soberbos (Tiago 4.6).

Assim que Naamã, orientado por seus oficiais, resolveu fazer da forma como Deus, através do profeta, havia ordenado, ele finalmente pôde usufruir da bênção que lhe estava reservada, ficando curado da lepra.

Quando entendemos que Deus sabe o que é melhor para nós, que o Seu método é o melhor, que Ele não está preso a nossas vontades, então nos submetemos a Ele e somos abençoados, pois “obedecer é melhor do que sacrificar” (1 Samuel 15.22).

3 – DEVEMOS TER CORAÇÃO GRATO E QUEBRANTADO

Após a cura, Naamã não era mais o mesmo. Seu coração foi quebrantado, ele agiu com humildade ao voltar para falar com Eliseu e demonstrou profunda gratidão para com Deus.

Naamã se converteu a Deus, se arrependeu de seus pecados e pediu perdão até mesmo por atos que viria a praticar, e que não eram conforme a vontade de Deus, mas que faziam parte de seu ofício junto ao rei da Síria.

Ele não tentou mais se impor a Eliseu, antes, mostrou-se submisso ao profeta, que era o instrumento de Deus entre os homens.

Também nós devemos nos colocar diante de Deus com humildade, gratidão, rendendo nossas vidas a Ele, com reconhecimento de que somente Ele é a resposta para nossas dúvidas, e o autor da nossa salvação, que foi consumada em Jesus Cristo quando Ele morreu na cruz, e ressuscitou ao terceiro dia, subindo aos céus, onde está assentado à destra do Pai, aguardando o Dia em que julgará vivos e mortos.


CONCLUSÃO

Com Naamã aprendemos que precisamos de Deus, que devemos nos submeter a Ele sem questionamentos, e que nossa vida deve ser de constante gratidão e quebrantamento diante do Pai, para que possamos ser curados física e espiritualmente, e usufruir das maravilhosas bênçãos que Ele nos reservou tanto nesta vida como na vindoura.

Que Deus nos capacite a abandonarmos o orgulho e buscarmos a Sua presença diariamente, e de nosso interior fluirão rios de água viva (João 7.38).

José Vicente
20.11.2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

APRENDENDO COM GEAZI

Texto base: 2 Reis 5.15-27

Naamã era comandante do exército da Síria. Era um homem de elevada posição, grande prestígio, gozava da confiança do rei, tinha autoridade e muito poder entre os homens.

Naquela ocasião havia certa paz entre Síria e Israel, mas vez ou outra tropas da Síria invadiam o território islaerense, saqueavam alguma aldeia e levavam pessoas cativas.

Numa dessas invasões, Naamã levou uma menina israelita para ser serva de sua esposa.

Embora Naamã fosse tão poderoso, ele sofria de lepra, doença incurável, e com isto estava fadado a morrer doente, sem poder obter a cura de seu mal. Seus deuses não o socorreram. Sua fama não lhe valia contra a enfermidade.

Foi justamente a menina israelita capturada e feita serva na casa de Naamã que lhe indicou o caminho para a cura: deveria ir a Israel.

Então Naamã, munido de uma carta escrita pelo rei da Síria, e também de muito ouro, prata e roupas finíssimas, foi até Israel e entregou a correspondência ao rei, que ficou “maluco” ao saber que o rei da Síria havia enviado Naamã para que ali fosse curado. O rei de Israel afirmou que não era Deus para curar Naamã.
Eliseu ficou sabendo e mandou dizer ao rei que enviasse Naamã até ele, pois ainda havia profeta de IAVÉ em Israel.

Interessante notar que Naamã não foi recebido pessoalmente por Eliseu, o que obviamente ele encarou como uma desfeita. Além disto, Eliseu mandou Naamã ir tomar banho (no rio Jordão). Aí já era demais, e o poderoso Naamã não poderia se submeter a tal humilhação, pois não viajou tanto para chegar ao profeta e ser tratado dessa forma!

Após ser aconselhado por oficiais mais próximos, Naamã acabou indo ao rio Jordão, como mandou Eliseu, e se banhou, ficando curado da lepra.

O coração de Naamã foi quebrantado e ele voltou para agradecer a Eliseu. Aí começam as lições que vamos destacar no texto em análise.