sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL: O REI DA GLÓRIA SE FEZ HOMEM


Andando pelas ruas da cidade vejo que elas estão mais movimentadas. Muitos rostos conhecidos, e outros que nunca vi, desfilam a pé ou em carros na correria das compras para as festividades de Natal.

Pessoas que se mudaram para outras localidades e que, nesta época, voltam para rever familiares e participar de uma confraternização agradável, revendo parentes e amigos que há tempos não viam.

Isso é bom! As famílias reunidas, os amigos se reencontrando, sorrisos nos rostos, presentes...

O problema está, muitas vezes, no foco da festividade. Por que existe o Natal? O que ele significa? O que as pessoas comemoram?

Para muitos, Natal é ocasião para beber bastante (alguns até não sentirem mais o chão sob seus pés) e comer até se fartar. É momento de se entregar a festas regadas a bebida, músicas de qualidade extremamente duvidosa e se esbaldar nas baladas, onde se liberam a lascívia e os instintos carnais.

Infelizmente, coisas desse tipo acontecem. No Natal, quando deveria haver uma celebração do amor, da paz, da esperança, há aqueles que, sem se preocuparem com o significado da festividade, agem como seres irracionais em busca do prazer. Nessa época há considerável quantidade de brigas, violência e homicídios.

Já passou da hora de as pessoas voltarem a pensar no que significa o Natal.

É claro que há aqueles que se insurgem contra o Natal afirmando: “essa festa não está prevista na Bíblia”, ou então “Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro”, ou, ainda, “Natal é uma criação do imperador Constantino, isso não é coisa de Deus”, e por aí vai.

Realmente Jesus não nasceu em 25 de dezembro, e não há nenhum mandamento na Bíblia para comemorarmos o Natal. O que se deve ter em mente, porém, é que houve um dia em que Deus enviou Seu Filho amado, Jesus Cristo, para se tornar um ser humano, sofrer todo tipo de privações, humilhações, terminando com Sua morte numa cruz e culminando com a Sua ressurreição, para nossa redenção, justificação e salvação.

Todo cristão autêntico é profundamente grato a Jesus por ter se submetido a esse sacrifício para salvar vidas que não mereciam tamanha demonstração de amor. Uma forma de fazer isso é reservando um dia, pelo menos, para lembrar a ocasião em que Deus se fez homem e habitou entre nós. Não que devamos nos restringir a um dia para agradecer a Deus, pois continuamente devemos render ações de graças, mas aproveitar a oportunidade em vez de ficar debatendo sobre ela é essencial.

Não sabemos exatamente qual foi o dia do ano em que isso ocorreu. Assim, havendo uma data anteriormente escolhida, 25 de dezembro, o cristão genuíno aproveita a oportunidade para refletir em tudo o que Jesus Cristo fez por nós, e relembrar com todo respeito e reverência a infinita Graça manifestada por Deus ao nos resgatar da condenação eterna através do sacrifício de Jesus.

Preservar a memória de um evento tão importante é fundamental. Áqueles que afirmam que não se deve comemorar o Natal por não haver ordenação Bíblica faço uma pergunta: é necessário que Deus edite uma ordem para que tenhamos um coração grato pelo que Ele fez por nós? Não devemos nós, o que nos declaramos cristãos, manifestar gratidão continuamente, e aproveitar essa ocasião para adorar a Deus de forma mais entusiasta ainda pela lembrança do maior milagre já acontecido no mundo, que foi a encarnação de Deus?

Conclamo os cristãos a esquecerem os questionamentos tolos que se espalham e a se concentrarem unicamente em Deus, o Autor de nossa salvação, e em Jesus Cristo, Seu Único Filho, que veio ao mundo como homem, morreu na cruz e ressuscitou, vendendo a morte e o diabo, para nos conceder a adoção de filhos de Deus e a Vida Eterna.

Também exorto a todos para que esqueçam as bebedeiras, glutonarias e orgias, pois isso é evidente falta de respeito e reverência para com o Senhor. Antes, aproveitem a ocasião do Natal para uma autoanálise, refletindo sobre o modo de vida que temos levado, que, muitas vezes, está a milhares de quilômetros de distância do propósito de Deus para nós.

Vamos nos reunir com nossos familiares e comemorar a vinda do Rei da Glória, com todo o temor e tremor, pois a Ele devemos honra e glória.

Feliz Natal a todos, e que Jesus receba de nós a honra merecida, hoje e sempre.

José Vicente
24.12.2011

domingo, 20 de novembro de 2011

RICOS PARA COM DEUS

“13 Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. 14 Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? 15 Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. 16 E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. 17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. 19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 20  Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." (Lucas 12.13-21)

      Pense na seguinte situação: você fica sabendo que hoje é o seu último dia de vida. Você não verá um novo dia neste mundo. O que você fez até agora valeu a pena? A forma como você viveu até agora valeu a pena? As pessoas que o conhecem ficarão tristes com sua partida e sentirão sua falta ou considerarão que você já foi tarde? O que você deixará impresso nas mentes das pessoas que o conheceram?
       O que você fará nas poucas horas que lhe restam?
    Durante sua vida, você procurou ser rico para com Deus? Você acumulou tesouros no céu ou se preocupou demasiadamente com esta vida e com as coisas deste mundo?
      Procure analisar como seria se hoje fosse seu último dia de vida. Sempre ouvimos a frase: “viva cada dia como se fosse o último, pois um dia ele será”. Mas continuamos a viver e fazer coisas como se tivéssemos uma eternidade pela frente aqui neste mundo.
      Na passagem bíblica que lemos Jesus nos ensina lições preciosas, que devem sempre ser trazidas à nossa memória para que, quando chegar nosso último dia, possamos ter a certeza de que nossa vida aqui nesta terra valeu a pena, e o que nos espera é realmente glorioso.
     Jesus nos adverte de que não devemos almejar riquezas terrenas, mas, antes, temos que procurar ser ricos para com Deus. Porém, o que vem a ser isso? Como é possível ser rico para com Deus?
     A passagem bíblica nos dá algumas orientações para que alcancemos esse objetivo.

            1. Compreender que nós somos frágeis e nossa vida é transitória (v. 20)
O ser humano tem em si o desejo de viver, ele possui um instinto de sobrevivência que o faz lutar para permanecer vivo. Ainda que haja problemas, dificuldades, se as pessoas tivessem que escolher entre viver ou morrer, certamente optariam por continuar vivendo, com algumas poucas exceções. Até mesmo quem vez ou outra manifesta o desejo de morrer, ao se ver em uma situação que pode lhe tirar a vida faz o possível para se salvar.
A morte não é algo desejável, entretanto, ela é real.
O problema é que as pessoas começam a viver como se fossem eternas, como se a morte fosse uma realidade apenas para os outros, mas não para si mesmas.
Jesus, porém, vem mostrar que o ser humano é transitório, ele não é eterno, não viverá para sempre neste mundo, mas em um momento definido por Deus haverá de deixar esta vida, encarando o destino que Deus lhe tem preparado.
O ensino de Jesus, que ecoa por toda a Bíblia, é que o ser humano deve ter consciência de que não possui poder sobre sua própria vida. Quem tem o poder de determinar quem vive ou quem morre é Deus.
O homem da parábola estava fazendo planos com relação à enorme produção de sua lavoura, mas foi apanhado de surpresa pela morte.
A morte faz com que os planos humanos se tornem nada. Toda riqueza que uma pessoa possua perde completamente o seu valor diante da morte. O dinheiro não compra a vida.
O ser humano é extremamente frágil. No mesmo instante em que está bem, desenvolvendo suas atividades, pode cair de cama com uma enfermidade grave, sofrer um acidente, ser vítima de alguma violência e vir a morrer.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

CRENTES QUE FAZEM A DIFERENÇA


Jeremias 18.1-2: “1 Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: 2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.”

INTRODUÇÃO

A sociedade em que estamos inseridos tem-se corrompido cada dia mais. Os valores pregados por este mundo incentivam à busca do prazer pessoal, da falta de limites, da obtenção daquilo que se deseja custe o que custar. Quando ligamos a televisão somos fuzilados por imagens sensuais ou violentas, notícias de guerras, de conflitos, de homicídios, roubos e todo tipo de agressão que as pessoas cometem umas contra as outras. São fatos e imagens capazes de causar depressão a quem procura levar uma vida de integridade e retidão. Há um declínio moral nessa sociedade, onde palavras como respeito, honra, dignidade, amor, etc., soam de forma estranha e parecem fazer parte de uma realidade muito distante.
Nós, cristãos, vivemos nessa sociedade. Aqui moramos, trabalhamos e realizamos todos os demais atos de nossas vidas. Entretanto, Deus nos fez vasos de bênção, de honra, e deseja que façamos a diferença em meio a uma geração corrompida, não nos contaminando com suas filosofias mundanas, mas agindo de maneira oposta e vivendo conforme os valores que o SENHOR nos ensina.
Jesus Cristo disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 5.14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 5.15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 5.16  Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5.13-16)
Jeremias foi um profeta que serviu como instrumento de Deus para levar sua mensagem ao povo judeu em um período em que o povo estava afundado na corrupção causada pelo pecado. As pessoas haviam se afastado de Deus, servindo a falsos deuses e fazendo a sua própria vontade. Mas Jeremias foi exemplo de um homem fiel a Deus, um crente que fez a diferença em meio a uma geração corrupta, não se deixando contaminar pelo comportamento da sociedade em que vivia, porém servindo a Deus com integridade e retidão.
Todos nós, que professamos nossa fé em Jesus Cristo e chamamos Deus de Pai, temos o dever de nos mantermos afastados daquilo que não agrada a Deus, firmando-nos na vontade do Pai, pois assim faremos diferença neste mundo.
Na passagem bíblica que lemos, podemos ver algumas atitudes que podem nos ajudar a sermos homens e mulheres fiéis, assim como foi Jeremias em seu tempo.

domingo, 25 de setembro de 2011

O DISCÍPULO PERMANECE

João 8.31-36

“31) Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; 32)  e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 33) Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? 34) Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. 35) O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. 36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Jesus estava sendo arguido pelos judeus, pois havia dito ser Ele a luz do mundo, além de se identificar com o Pai. Após falar sobre o que haveria de acontecer, sua morte (não de forma clara, mas utilizando a expressão “quando levantardes o Filho do Homem”), alguns judeus creram nEle.
        Jesus conhece o coração humano, e após notar que alguns haviam crido (se bem que não haviam crido de verdade, mas apenas sentiram um entusiasmo passageiro), passou a falar sobre a necessidade de não somente acolher sua Palavra momentaneamente, mas de nela permanecer, a fim de conhecer a verdade e ser libertado.
      Os judeus – aqueles mesmos que haviam crido - não entenderam e passaram a questionar Jesus, sentindo-se ofendidos pela forma como Ele falava, pois enfatizava o fato de que eles precisavam de libertação.
          A passagem nos ensina algumas coisas muito importantes para a vida daquele que professa a fé em Jesus Cristo:

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A INUTILIDADE DA LIBERDADE

CRISTÃO SOSSEGADO NO BRASIL
MISSIONÁRIO CRISTÃO PERSEGUIDO E MORTO NA INDONÉSIA

Texto base: Atos 16.19-34

O texto base nos mostra Paulo e Silas pregando o Evangelho de Cristo, libertando uma mulher que era cativa de um espírito de adivinhação, e como consequência eles foram açoitados e jogados numa prisão. Eles não haviam cometido nenhum crime, todavia, para os incrédulos, idólatras e corrompidos homens que viviam naquele lugar, Paulo e Silas eram culpados de um crime muito grave: anunciar uma mensagem que ia contra seus costumes pecaminosos, denunciando a mentira e proclamando a Verdade.

Essa passagem pode parecer, a nós, que vivemos em um país como o Brasil, algo que somente ocorreu em um passado distante, quando a Igreja de Jesus Cristo estava dando seus primeiros passos. Podemos ser levados a pensar que nos dias atuais não aconteçam coisas assim, afinal, temos ampla liberdade para pregar o Evangelho, para sair de porta em porta entregando folhetos evangelísticos, para carregar nossa Bíblia, participar de cultos, etc.

Essa liberdade não é apenas para os evangélicos, obviamente, pois, no Brasil, qualquer credo religioso goza da prerrogativa de ser livremente praticado, sem interferência das autoridades públicas.
Isso é realmente uma bênção. Não nos imaginamos sendo presos pelo fato de termos uma Bíblia. Não passa pela nossa mente a ideia de perdermos nossa família porque participamos de uma reunião cristã. Nenhum de nós vai a um templo morrendo de medo de que a polícia ou qualquer outra autoridade invada o local e arraste todos para a prisão, com muita violência, disparando tiros e, até mesmo, matando pessoas por causa de sua fé.

Sim, somos muito abençoados com essa liberdade.

Mas de que adianta ter tanta liberdade, se não a valorizamos nem a aproveitamos em prol do Reino de Deus?

Vejam bem, o que ocorreu com Paulo e Silas não é um fato que está enterrado no passado, muito pelo contrário, é algo que continua acontecendo hoje e de forma bastante violenta e frequente.

Em países como China, Índia, Afeganistão, Irã, Coréia do Norte, Paquistão, Eritréia, Indonésia etc., ser cristão é praticamente um crime. Pregar o Evangelho de Cristo é motivo para ser preso, torturado, perder bens e família, e muitas vezes acabar sendo morto.

Quem tem dúvidas quanto a isso, pode acessar o site www.portasabertas.org.br, e constatará essa dura realidade a que estão sujeitos nossos irmãos em países de maioria muçulmana ou que possuem alguma outra religião onde predomina o radicalismo.

É interessante notar o contraste que se estabelece quando fazemos uma comparação entre a Igreja livre e a Igreja perseguida. Enquanto nós, da Igreja livre, vivemos procurando desculpas para não participarmos de reuniões de oração, da escola bíblica dominical, dos cultos e reuniões de estudo bíblico, nossos irmãos da Igreja perseguida chegam a pagar com a própria vida para poderem adorar a Deus através dessas atividades.
Enquanto nós, aqui, quando chamados a participar de algum trabalho evangelístico, como a entrega de folhetos de casa em casa, preferimos ficar assistindo à televisão ou dormindo ou fazendo qualquer outra coisa prazerosa, nossos irmãos da Igreja perseguida clamam a Deus que um dia possam ter liberdade pelo menos para poderem dizer abertamente que creem em Jesus.

Acredito que se um irmão da Igreja perseguida viesse visitar o Brasil, ficaria surpreso ao ver que gozamos de tão ampla liberdade. Mas, ao saber de um trabalho evangelístico realizado por alguma denominação evangélica, empolgado para poder participar e cumprir a missão dada por Jesus, talvez ele ficasse muito admirado ao ver que seriam poucos os cristãos que se disporiam para participar dessa obra.

Infelizmente nós, da Igreja livre, não valorizamos a liberdade que possuímos, e não usufruímos dela como deveríamos.

Jesus disse que devemos ser Suas testemunhas em todo o mundo, pregando a mensagem do Evangelho e ensinando o que Jesus ensinou.

Em vez de cumprir o que o Mestre nos mandou, usamos nossa criatividade para encontrar desculpas para a nossa negligência.

Afinal de contas, para que serve tanta liberdade se com ela não servimos ao Senhor Jesus?

Reflitamos sobre isso, e que o Senhor tenha misericórdia de nós.

José Vicente

quinta-feira, 24 de março de 2011

VITÓRIA OU DERROTA: OBEDIÊNCIA OU REBELDIA

Texto base: Josué 7

No texto em análise, vemos o povo de Israel totalmente extasiado após a fantástica vitória que Deus lhe concedera contra Jericó (Josué 6). O povo simplesmente precisou obedecer a Deus, fazendo exatamente o que Ele ordenara, e então o Senhor derrubou as muralhas de Jericó, permitindo a invasão à cidade e sua tomada por Israel, sob a liderança de Josué.

Entretanto, após tão esplêndida vitória, o povo de Israel experimentou uma humilhante derrota.

Josué enviou espias para que fizessem uma análise do povo de Ai, pois pretendia subir à batalha contra essa cidade, e foi informado de que o inimigo era fraco, não sendo necessário que muitos homens fossem destacados para a luta (v. 3).

Inexplicavelmente, os 3000 homens de Israel enviados para pelejar contra o exército de Ai tiveram que fugir do fraco exército inimigo, amedrontados como um povo covarde (v. 4-5).

O texto revela que após a derrota humilhante, Israel chorou, seu coração se derreteu, e Josué, líder de Israel, rasgou suas vestes e se pôs diante de Deus buscando uma resposta, uma explicação para o acontecido, afinal, Deus havia prometido estar com Seu povo e lhe conceder vitórias, a posse da terra prometida, mas parecia estar falhando no cumprimento de Sua Palavra.

Josué, por não saber o motivo para tamanho vexame, dirigiu-se a Deus lamentando a sorte do povo, e dizendo que aquilo acabaria por comprometer a reputação do próprio Deus (v. 7-9).

Em Sua resposta Deus deixou claro que estava cumprindo tudo o que anteriormente dissera, pois Ele não havia se comprometido a abençoar Israel incondicionalmente, antes, era necessário que o povo permanecesse em obediência aos Seus mandamentos, e aquela derrota, que fizera Israel chorar de vergonha, nada mais era do que a consequência da desobediência.

Podemos extrair várias lições dessa passagem bíblica, mas vamos destacar apenas três.

1 – Cada cristão tem grande responsabilidade pela unidade e harmonia da Igreja

É interessante notar que o povo de Israel ficou atônito diante da derrota sofrida, e quando Deus revelou que aquilo acontecera porque havia pecado no meio do povo, ninguém entendeu logo de início.

A leitura do texto mostra, porém, que apenas uma pessoa havia cometido pecado, um homem chamado Acã (v.1). O pecado dele consistia no fato de ter desobedecido a Deus, pois quando da batalha contra Jericó, o Senhor havia ordenado que ninguém de Israel se apropriasse das coisas condenadas que havia naquela cidade, mas Acã, cheio de cobiça, tomou dessas coisas e as escondeu, julgando que ninguém viria a saber. Mas Deus sabia.

Deus revelou, nesse episódio, uma realidade espiritual de extrema importância não apenas para aquele tempo, mas que perdura enquanto houver povo de Deus sobre a face da terra: cada cristão é responsável pela unidade da Igreja e por sua harmonia em santidade.

Uma primeira leitura do texto pode provocar certa revolta no leitor, afinal, quem pecou foi Acã, mas as consequências vieram sobre todo o povo. Como se diz no meio popular, os inocentes teriam pago pelo pecador.

A verdade, porém, é que o povo de Deus é um só, e há unidade entre os membros. Paulo ilustrou muito bem essa realidade ao afirmar que a Igreja é um corpo, do qual Cristo é a cabeça, e cada cristão é membro desse corpo (1 Cor 12.12-27).

Paulo também fala que cada membro é importante no corpo, tendo sua função, e deixa bem claro que é necessário haver harmonia entre os membros, pois o que ocorre com um membro afeta todo o corpo (1 Cor 12.26).

A ilustração do apóstolo é perfeita. Vamos aplicá-la ao nosso corpo humano. Cada órgão e membro de nosso corpo tem uma função específica e muito importante. Um problema no joelho afeta todo o restante do corpo, pois a pessoa pode ficar impossibilitada de se locomover, ou ter grande dificuldade em realizar trabalhos ou caminhar, se divertir, praticar esportes, etc.

Quando se leva uma martelada em um dedo da mão, é impossível impedir a reação do corpo todo, que sente claramente a dor daquele pequeno membro. E mesmo que haja a intenção de prosseguir no trabalho que se está realizando, muitas vezes a dor naquele dedo impede que se dê continuidade, pelo menos até que a dor passe. Enquanto houver dor, há dificuldade da mão em segurar objetos, e se de repente a pessoa se desequilibra da escada, a dor no dedo pode impedir que ele se agarre em algo para não cair, e assim todo o corpo sofre.

Uma dor lombar pode fazer com que o corpo todo fique de cama, sujeito a medicações que vão afetar os órgãos internos.

No corpo de Cristo, que é a Igreja, o que acontece com um membro afeta todo o corpo. O pecado de um membro influencia negativamente na unidade quanto à santidade. A disposição de um membro em cumprir ou não a sua parte, exercitando os dons recebidos de Deus, vai repercutir diretamente no crescimento do corpo, na manutenção de sua unidade e nas bênçãos derramadas sobre a Igreja e através da Igreja.

Ora, se dez pessoas estão comprometidas com o anúncio das Boas Novas, dedicando-se à evangelização, e o restante da congregação simplesmente se acomoda nos bancos do templo e acha que isso é suficiente, a Igreja experimenta dificuldades de crescimento em número. Porém a Cabeça do Corpo, que é Jesus, o dono da obra, tem meios para alcançar os incrédulos, mesmo que seja através de cristãos de outra denominação. O problema é que os bancos daquele templo onde os cristãos não querem exercitar seus dons continuarão com muitos espaços para serem preenchidos.

sábado, 19 de março de 2011

CORAÇÕES APLANADOS PARA O SENHOR

Texto base: Lucas 3.1-14

Quando João Batista começou o seu ministério de pregação do Evangelho de Deus, ele cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías, preparando os caminhos do Senhor e também os corações dos seres humanos para receberem o Rei da Glória.

João anunciava a vinda de Jesus Cristo, a Salvação de Deus, e através de sua pregação procurava demonstrar o que era necessário para que as pessoas pudessem ser salvas em Cristo.

Ocorre que a mensagem de João Batista era, inicialmente, dirigida a judeus, ou seja, ao povo de Deus. Que dizer, então? O povo de Deus precisava de salvação? Havia algo ainda a ser trabalhado nessas pessoas? Sim, havia muitas coisas que necessitavam ser mudadas na vida de Israel, assim como hoje há muitas coisas a serem modificadas na vida dos cristãos.

João demonstra que não basta ser denominado israelita para ter sua salvação assegurada, da mesma forma que não é suficiente ser denominado cristão, nos dias atuais, para ter certeza da salvação. Antes, é necessário que a vida de quem se diz filho de Deus demonstre essa realidade através de sinais práticos do dia a dia.

Com João Batista, nesse texto, aprendemos algumas lições importantes.

1 – Nossos corações precisam se manter aplanados
A missão de João Batista consistia em fazer o que o profeta Isaías dissera anteriormente, e para isso ele precisava levar as pessoas a terem uma transformação radical. Era necessário aterrar os vales, nivelar montanhas e colinas, tornar retas as estradas tortuosas e aplanar caminhos acidentados (v. 4-5).

Essas figuras da natureza representam, na verdade, o íntimo do ser humano, seu coração, sua vida. Jesus quer um caminho plano em nosso ser, Ele quer que andemos retamente.

Alguém que ainda não se entregou a Jesus Cristo vive de forma desagradável a Deus. Em sua vida há muitos vales, afunda-se no pecado, vai descendo cada vez mais; há montanhas e colinas de orgulho, altivez, de auto-suficiência; há estradas que não seguem em linha reta, mas são tortas, com muitos desvios, cheias de armadilhas que levam à perdição; e há caminhos danificados, cheios de buracos que fazem tropeçar a todo instante.

Assim é a vida do ser humano sem Cristo, cheia de pecado, de satisfação da carne, de religiosidade que não leva a Deus, de sentimentos que o afastam cada vez mais de Deus.

Para a manifestação da salvação de Deus, é necessário que essas vidas sejam transformadas, que haja arrependimento de pecados e modificação do estilo de vida, corrigindo-se os caminhos que antes eram totalmente errados. É necessário aplanar o coração humano para receber a Cristo.

Mas, e quanto aos cristãos, que já receberam a Cristo como seu Senhor e Salvador? As palavras de João Batista têm alguma relevância? É claro que sim, da mesma forma que tinha importância para os judeus, pois eles se julgavam salvos por serem descendentes de Abraão.

Ser denominado cristão não significa estar salvo. A salvação vem pela fé autêntica em Jesus Cristo. Muitas vezes um cristão acaba permitindo que se formem vales, montanhas, colinas, estradas tortuosas e caminhos esburacados em sua vida, e há necessidade de vigiar para que isso não aconteça, mas se acontecer, medidas urgentes devem ser tomadas para que o ser volte a ser aplanado. Isso é crescimento em santidade, é relacionamento verdadeiro com Deus.

O cristão deve manter uma vida de retidão e integridade perante Deus.

2 – A salvação produz transformação de vida
Como destacado no tópico anterior, não basta ser denominado cristão para ter a certeza de que a salvação está assegurada. A vida do cristão autêntico deve demonstrar na prática a transformação ocorrida. É no dia a dia que vamos saber se fomos realmente transformados ou não, se somos convertidos ou não. E não é nossa função julgar nosso próximo, mas devemos julgar a nós mesmos, para sabermos qual a nossa real situação perante Deus.

João Batista disse, no versículo 8, que há necessidade de produzir frutos que demonstrem arrependimento. Ora, arrepender-se é sentir tristeza pelos pecados cometidos e não desejar mais cometê-los, é mudar de direção e procurar não incidir mais nos mesmos erros. Se digo que me arrependi mas continuo fazendo sempre a mesma coisa que fazia, e que é pecado, então não houve arrependimento. Talvez tenha ocorrido simplesmente uma dor na consciência em um momento de exortação ou diante de alguma consequência ruim, mas depois me esqueci e continuei a errar da mesma forma.

Assim como não bastava o judeu dizer “Abraão é nosso pai”, para ser considerado salvo, não resolve, hoje, dizer “eu sou cristão” ou “eu sou crente” ou qualquer outra expressão parecida.

João Batista deixa bem claro que o juízo de Deus se aproxima, e que não poupará aqueles que, embora afirmem ser filhos de Abraão (hoje, cristãos), não demonstram em suas vidas nenhuma transformação que demonstre que o amor de Deus esteja neles.

Quem é salvo demonstra a sua salvação em uma vida de prática do amor. E não é necessário muito esforço, porque o Espírito Santo vai operando a transformação, moldando nosso caráter. Se para mim é extremamente difícil fazer a vontade de Deus, talvez eu esteja tentando conseguir à força aquilo que Deus concede gratuitamente, ou talvez eu esteja me enganando ou tentando enganar aos outros, mas não tenho como enganar a Deus.

A salvação de Deus se manifesta em nossa vida de forma prática, levando-nos a uma mudança de atitudes. Passamos a valorizar a solidariedade, a honestidade, a justiça, deixamos de desejar fazer o mal e nos empenhamos para que todos sejam alcançados pelo bem; abandonamos a cobiça; somos gratos a Deus pelo que Ele nos dá (v. 11-14).

O salvo pratica o amor. Jesus disse que esse era o sinal que levaria o mundo a saber quem era seu discípulo: a prática do amor (João 13.35).

Conclusão

Estão nossos corações aplanados? Temos vivido em integridade e retidão perante o Senhor? A salvação de Deus tem se manifestado em nossas vidas? Somos cristãos nominais ou realmente fomos transformados pelo agir do Espírito Santo?

Busquemos, a cada dia, manter nossos caminhos planos perante o Senhor, crescendo no conhecimento de Deus, na comunhão com o Senhor e com os irmãos, e na prática do amor para com toda a criação de Deus, tanto seres humanos como demais integrantes da natureza, pois tudo é obra das mãos de nosso Pai.

Que o Espírito Santo de Deus nos auxilie e nos leve cada vez mais para perto de Deus.

José Vicente

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

VIVENDO EM INTEGRIDADE E RETIDÃO PERANTE DEUS

Texto base: Jó 1.1 – “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.”

Nos dias atuais muitas pessoas acham que ser cristão se resume a afirmar que tem fé em Jesus Cristo, frequentar uma igreja, usar roupas consideradas decentes (saias e vestidos longos, calças e camisas sociais, etc.), não beber, não fumar, e coisas do gênero.
A Palavra de Deus nos mostra que o padrão de Deus para a vida dos crentes não se resume ao cumprimento de algumas regras, mas, sim, a uma vida de integridade e retidão.
No nosso texto base vemos que Jó é elogiado por ser um homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desvia do mal. O próprio Deus o elogia (v.8).
A Bíblia nos revela que Deus ama a integridade e a retidão, e tem promessas grandiosas para quem cultiva essas virtudes.
Integridade: Jó 8.20; Salmos 18.25; Salmos 37.37; Provérbios 19.1
Retidão: Salmos 7.10; Salmos 11.7; Salmos 119.1; Provérbios 14.2; Efésios 4.24.

Conceitos

Integridade: honestidade, sinceridade, coerência entre o interior e o exterior, inteireza. Em Provérbios 11.3 vemos a integridade como contraposição à falsidade. Pessoa sem hipocrisia. Procura servir a Deus com inteireza do seu ser, esforçando-se para que haja coerência entre o que prega e o que vive. Não é duas caras, não tenta servir a Deus pela metade.
Jesus chamou os fariseus de hipócritas, pois exteriormente demonstravam muito zelo pela Lei de Deus, mas interiormente eram impuros, egoístas, avarentos, não cumpriam os mandamentos. (Ex.: Mateus 23.3 e 27)

Retidão: consciência, honradez, probidade, seriedade, levar uma vida sempre buscando o bem, tanto próprio como do próximo; não cultivar o desejo de fazer o mal, de prejudicar os outros, nem buscar o benefício pessoal às custas de outrem.

Integridade e retidão andam de mãos dadas. Quem cultiva uma dessas virtudes, frequentemente cultiva também a outra. Geralmente a pessoa íntegra também é reta, assim como o oposto é verdadeiro.

Situações que não se caracterizam como integridade e retidão, mas que muitas vezes são vistas na vida de pessoas cristãs.

1) Inadimplência contumaz: aquela que resulta da má vontade em honrar os compromissos. Geralmente presente em pessoas que não se importam com a situação alheia. Mesmo que possua meios de pagar, prefere gastar com outras coisas e deixar a dívida aumentar, sem pretensão de quitar o débito.
Em Gênesis 3.19, Deus determina o homem deve obter o sustento com o seu trabalho, seu esforço. Quem deve e não paga porque não quer está se aproveitando do “suor” alheio, pois o credor trabalhou, investiu para fornecer o bem ou serviço, e o inadimplente terá usufruído disso sem a devida contraprestação.
O cristão não deve ser um inadimplente, excetuando-se apenas situações excepcionais, quando ocorre desemprego, despesas inesperadas que desestruturam as contas, mas não pode ser algo habitual, e, sim, eventual. Nesses casos, é íntegro e reto quem procura os credores para negociar a dívida, demonstrando que deseja pagar.
Lendo Mateus 22.17, vemos que Jesus disse que se deve dar aquilo que é de direito a cada um.
Paulo, em Romanos 13.7-8, orienta a pagar o que é devido a quem de direito.

2) Obtenção de vantagem às custas de outrem: há pessoas que vivem buscando formas de levar vantagem nas situações, mesmo que isso implique em que o outro tenha algum prejuízo ou de alguma forma seja lesado.
Podemos exemplificar com o patrão que explora os empregados atribuindo-lhes carga de trabalho superior à que corresponde ao salário pago, ou que não paga corretamente os direitos de seus empregados. (Levítico 19.13; Deuteronômio 24.14; Jeremias 22.13; Malaquias 3.5)

Nota: jornaleiro, na Bíblia, se refere ao trabalhador diarista, que recebe por jornada, por tarefa.

Outro exemplo, envolvendo uma situação bem atual, é o de pessoas que se aproveitam do desespero causado por alguma situação, e exploram o próximo. O Rio de Janeiro atualmente viveu há alguns dias uma grande tragédia, com muitas mortes e milhares de desabrigados por causa das chuvas. Houve falta de água potável. Pessoas se aproveitaram disso para vender galões de água por R$40,00 cada, quando seu valor normal seria por volta de R$10,00. Claramente a intenção era obter lucro com a desgraça alheia.

O cristão não deve andar envolvido em esquemas que visam obter vantagens pessoais em detrimento de outras pessoas, ou em detrimento da lei, da moral e da ética.

3) Fofoca: fofocar é falar da vida alheia, espalhar informações ou boatos sobre alguém. Há muitos crentes que vão à Igreja, participam dos cultos, cantam, oram, choram, esperneiam, pulam, gritam “glórias a Deus”, mas nem bem acabam de sair da Igreja já se põem a falar da vida alheia. No seu dia a dia ficam observando as pessoas para poderem levar “notícias quentinhas” à rodinha de amigos (as) que compartilham do mesmo “passa-tempo”. Gostam de estar sempre bem informadas sobre os acontecimentos que envolvem os outros.
A Palavra exorta a não nos metermos na vida alheia, antes, devemos encontrar ocupação. A fofoca provoca dissensões, discórdias, separa pessoas, e não é isso que Deus quer que façamos (2 Tessalonicenses 3.11; Provérbios 6.16.19; Provérbios 16.28; 1 Pedro 4.15).

4) Maledicência: é falar mal contra alguém, ter palavras ruins contra as pessoas. Quando se faz isso, está-se tentando diminuir o valor da pessoa de quem se fala, quase sempre como uma forma de tentar aumentar o nosso próprio valor. Não podemos tentar nos valorizar desvalozirando os outros. Nossas palavras têm que ser edificantes (Efésios 4.29), precisam abençoar e não amaldiçoar (Tiago 3.8-13), devem ser equilibradas, agradáveis (Colossenses 4.6).
As palavras que saem de nossa boca habitualmente demonstram o que temos em nosso coração (Lucas 6.45). Assim, quem vive maldizendo aos outros, não está com o coração cheio da Graça de Deus e de amor, antes, está repleto de sentimentos carnais, de inveja, ciúmes, arrogância, e nada disso vem de Deus, pelo contrário, vem do demônio (Tiago 3.13-16).

5) Mentira: um cristão mentiroso deve analisar seriamente a realidade de sua conversão, porque Jesus foi bastante claro ao dizer que o pai da mentira é o diabo (João 8.44). Ora, não é possível ser um filho de Deus e, ao mesmo tempo, conviver harmoniosamente com a filha do diabo, a mentira. Jesus Cristo é a verdade, e Ele ama a verdade. A Bíblia nos exorta a falarmos a verdade (Efésios 4.25), assim como faz pesadas advertências a quem ama a mentira (Salmo 52.3-5).
A mentira retira toda a credibilidade da palavra de uma pessoa, não permite que se deposite confiança nela, e provoca situações capazes de gerar problemas sérios.
Quem mente não anda em integridade e retidão, e, portanto, não agrada a Deus.

6) Omissão diante da necessidade do próximo: muitas vezes vemos nosso próximo passando necessidade, mas nos omitimos, não lhe prestamos nenhuma ajuda, mesmo tendo condições para isso, não oramos por ele, não queremos nos envolver. A retidão implica em viver buscando o bem não apenas para si, mas também para o próximo. A Bíblia nos diz que quem sabe que deve fazer o bem e não faz, está pecando (Tiago 4.17).
A parábola do bom samaritano mostra que religiosidade não agrada Deus, mas, sim, a demonstração prática de amor ao próximo.
Deus nos exorta a que façamos o bem, defendendo pessoas oprimidas, buscando melhores condições para todos (Salmo 41.1; Salmo 82.4; Isaias 1.17; 1 João 3.17).
Conforme a possibilidade que Deus nos dá, devemos socorrer às pessoas que sofrem, fazendo o que estiver ao nosso alcance para que suas necessidades sejam atendidas. Quem não age assim é egoísta, não aprendeu a ser solidário, e corre o risco de ficar desamparado quando passar por uma situação difícil.

7) Idolatria: o cristão que não é íntegro e reto coloca diversas coisas no lugar de Deus. As suas prioridades são mundanas. O programa da televisão tem prioridade sobre a reunião de oração; conservar o carro novo é mais importante do que colocá-lo à disposição da obra de Deus; correr atrás de riqueza é mais importante do que adorar a Deus em espírito e em verdade; imagens feitas por mãos humanas recebem mais atenção do que Deus, contando com datas especiais, rezas, festas, etc.; tudo é prioridade, menos Deus e Sua obra.
O cristão íntegro e reto diz a Deus que o ama, e expressa esse amor em seus atos no cotidiano, tanto no que diz respeito à comunhão com o Pai, como o amor ao próximo.
Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Cor 10.14). Leia, também, Lv 19.4.


Conclusão: Integridade e retidão têm a ver com obediência a Deus, humildade, submissão, mas principalmente amor a Deus e ao próximo.
Andar no Espírito conduz à integridade e retidão (Gl 5.14-26), pois hipocrisia e falta de retidão são obras da carne.
Que sejamos pessoas íntegras e retas, sempre buscando glorificar a Deus através de nossas vidas, a fim de que nosso testemunho seja um instrumento de anúncio do Evangelho de Cristo.

20.01.2011
José Vicente
Material de apoio: Bíblia de Estudo de Genebra
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EVITANDO AS ÁGUAS AMARGAS

“Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água. Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou. E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara.
Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas.” Êxodo 15.22-27

Após sua libertação do Egito, Israel passou a caminhar pelo deserto, rumo à terra que Deus lhe havia prometido. Deus era com Seu povo e o protegia, fazendo maravilhas diante deles.
Moisés foi o homem escolhido por Deus para liderar esse povo na jornada, desde a libertação até a chegada à entrada da terra prometida.
No deserto, como se sabe, não se encontra água com facilidade, e quem não carrega boas reservas consigo com certeza passará momentos muito difíceis, pois além do calor escaldante se verá às voltas com a sede e a desidratação.
Tendo caminhado por alguns dias, acabaram-se as reservas de água do povo, e eles sentiram sede, mas não tinham como saciá-la.
Nesse momento chegaram a um local onde havia água. Que alegria! Entretanto, ao provar da água perceberam que era amarga, impossível de ser consumida. Eis a razão de ter sido chamado o lugar de Mara, pois essa palavra significa amargura, amargor, designando o que é amargo.
Em nossa vida, não raramente nos encontramos em situações que se parecem com aquela enfrentada por Israel, pois caminhamos em meio ao deserto (tribulações, problemas, parecendo que estamos sob o sol escaldante), e nos deparamos com muitas fontes de águas amargas (palavras duras, mágoas, ressentimentos, ira, ódio, etc.).
Para que nossas vidas não se encham se amargura, precisamos olhar para o exemplo do texto e evitar algumas coisas, bem como adotar outras.

1.                  Não beber da água amarga

Quando o povo de Israel se deparou com a fonte de água, mas constato que ela era amarga, ninguém bebeu dela.
Beber água amarga realmente não é nada agradável. Em alguns tipos de enfermidade acabamos tomando algum remédio amargo, mas água amarga não há como beber, pois além de não matar a sede ainda provoca mal estar, deixa um gosto horrível na boca, e pode gerar diversas reações desagradáveis, dependendo de cada pessoa.

domingo, 23 de janeiro de 2011

FALANDO NA LINGUAGEM DE DEUS

TEXTO BASE: LUCAS 7.36-50

Introdução
A passagem que lemos nos mostra Jesus sendo convidado para um jantar na casa de um fariseu chamado Simão. Os fariseus, como sabemos, eram judeus extremamente zelosos pela Lei de Deus, entretanto, acabaram por desvirtuar a essência da Lei, transformando-a em um jugo pesado sobre os ombros das pessoas. Seus critérios eram muito severos, e não atentavam para o fato de que Deus não desejava aquela religiosidade zelososzezzzque eles demonstravam, mas queria que aprendessem a amar e usar de misericórdia e humildade.
Quando os fariseus convidavam Jesus para um jantar ou outro evento, normalmente tinham em mente a intenção de testá-lo e tentar mostrar que Ele não era quem dizia ser, mas seus planos sempre eram frustrados, porque Jesus era o Messias, o próprio Deus encarnado, e a sua sabedoria superava em muito à dos mestres judaicos. Ele conhecia os desígnios dos corações. Na verdade, aquela essência que os líderes judeus haviam deixado de lado na Lei, Jesus fazia questão de demonstrar na prática: o amor.
Jesus recebeu atenção e cuidado de uma mulher considerada pecadora, indigna, e não a repreendeu nem a mandou embora, antes, Ele a tratou com amor e compaixão.
O texto de Lucas mostra mais uma das ocasiões em que Jesus deixou sem palavras os mestres da Lei, revelando a dureza de seus corações em contraposição à misericórdia de Deus.
Vejamos algumas das muitas lições que podem ser extraídas da narrativa de Lucas.

1-                 NÃO BASTA CONVIDAR JESUS, É NECESSÁRIO AMÁ-LO VERDADEIRAMENTE

Simão, o fariseu, convidou Jesus para um jantar em sua casa. Conforme os costumes judaicos, ao receber em sua casa um convidado o anfitrião deveria se portar com hospitalidade, dar um beijo no convidado logo à porta, mandar um servo lavar os pés da visita, providenciar água para que pudesse lavar o rosto e as mãos,  e ungi-lo com bálsamo.
Jesus aceitou o convite e foi à casa de Simão, mas lá não recebeu as cortesias que o anfitrião deveria oferecer.