sábado, 16 de junho de 2012

O CRISTÃO E A JUSTIÇA SOCIAL




A Bíblia mostra que Deus sempre se preocupou com a questão da justiça social. Encontramos mandamentos do Altíssimo que dizem respeito à justiça social no Decálogo, nas Leis Secundárias, nos Provérbios, nos Profetas, nos ensinamentos de Jesus e nos livros do Novo Testamento.

Isso mostra que o Eterno deseja que Seu povo tenha consciência quanto aos seus deveres e direitos, com vistas a construir uma sociedade mais justa e fraterna.

Quando o ser humano não observa as leis da justiça social, o que se vê é uma sociedade desequilibrada, onde muitos passam fome, frio, morrem vitimados por doenças que poderiam ser tratadas, enfim, não se oferecem as mesmas oportunidades para todos.

Observando a Bíblia, veremos diretrizes traçadas por Deus para que Seu povo tenha verdadeiro compromisso com a justiça social.

      1)    Nas relações familiares
No Decálogo, percebemos que os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao nosso relacionamento com Deus, e os seis restantes se referem ao nosso relacionamento com nosso próximo.

O quinto mandamento diz: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.” (Êxodo 20:12)

Honrar pai e mãe é não cometer injustiça contra aqueles que nos deram suas vidas, que nos educaram, sustentaram.

Sabemos que uma sociedade saudável tem em sua base famílias saudáveis, bem estruturadas. Não há sociedade sustentável, justa, quando as famílias estão quebradas. O respeito dentro do lar, dos filhos para com os pais e vice-versa, é essencial ao fortalecimento familiar, de forma que isso venha refletir na sociedade de forma positiva.

O que vemos hoje é exatamente o contrário, pois a cada dia vemos que os pais são menos honrados pelos filhos. Ouvimos notícias de filhos matando os pais, submetendo-os a maus tratos, negando-lhes assistência, abandonando-os num asilo.

Não há justiça social quando, dentro das casas, os pais são injustiçados.

Da mesma forma, a Palavra exorta os pais a que eduquem os filhos com amor, que lhes ensinem o caminho de Deus, que lhes deem uma boa formação moral e ética, não negligenciando no seu cuidado, para que se tornem adultos íntegros e retos (Pv. 22.6; 22.15; 23.13; 29.15; Col. 3.21; 1 Tim 3.12; 5.8).

Muitos males da nossa sociedade se devem ao fato de filhos não receberem dos pais o devido amor, a devida instrução e disciplina. Crianças são deixadas à sua própria sorte, deseducadas pela televisão e por “amigos”, negligenciadas em suas necessidades, submetidas a condições de abandono moral e material. Depois, crescem e enveredam por caminhos tortuosos, que os levam à cadeia ou ao cemitério.

O sétimo mandamento traz a seguinte determinação: “Não adulterarás.” (Êxodo 20:14)

O adultério é um dos atos mais frequentes na sociedade atual, e acontecia também milhares de anos atrás. Deus demonstra sua preocupação com a família ao proibir expressamente o adultério, que é a prática de relacionamentos extraconjugais.

O adultério desestabiliza e destrói a família. Aquele que adultera comete injustiça contra o seu cônjuge, trai o seu amor e sua confiança. É um mal que abala toda a estrutura familiar, e como consequência vem o divórcio, filhos traumatizados, quebra de valores morais e éticos, refletindo na sociedade negativamente.

Nossa sociedade vive um momento em que o adultério se tornou algo comum. Os votos feitos no altar pelo casal são rompidos com facilidade, gerando crises que se estendem das famílias para a sociedade.

Também nas Leis Secundárias Deus demonstrou cuidado com as famílias. É o que se pode notar ao ler o seguinte texto: “Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá encargo algum; por um ano inteiro ficará livre na sua casa para alegrar a mulher, que tomou.” (Deuteronômio 24:5)

Pretendia-se, com isto, permitir que os recém-casados tivessem a oportunidade de se conhecer, de formar verdadeiramente uma família, pois se o homem fosse enviado à guerra poderia morrer, deixando viúva uma mulher recém-casada, sem sustento e sem suscitar descendência. E se tivesse que se ocupar com encargos públicos, não poderia dar à sua esposa a atenção devida, o que, aos olhos de Deus, seria injusto, pois no primeiro ano o casal estaria dando início à família.

terça-feira, 12 de junho de 2012

SOB A ORIENTAÇÃO DO ALTÍSSIMO



“Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.” (Salmos 32:8)

Se um pastor disser aos seus ouvintes: “abram suas bíblias”, e não complementar informando em qual livro ela deve ser aberta, as pessoas ficarão aguardando que ele esclareça o livro, o capítulo e o versículo.

Caso ele insista em dizer apenas “abram suas bíblias”, cada pessoa poderá abrir sua bíblia em um livro diferente, e muito dificilmente alguém conseguirá saber exatamente que texto ele pretende que seja lido.

Assim, é necessário que o pastor diga: “abram suas bíblias no livro tal, capítulo tal, versículo tal”, para que todos façam de maneira correta o que lhes foi dito. Então, poderão ler juntos o texto e compartilhar sua mensagem, com edificação mútua.

Se Deus apenas nos dissesse: “sejam obedientes”, e não complementasse essa ordem com preceitos específicos a serem seguidos, as pessoas não teriam noção exata do que deveriam fazer, que ordens deveriam obedecer!

Se Deus se limitasse a dizer: “sejam santos, retos e íntegros”, da mesma forma teríamos dificuldades no cumprimento de sua ordem, porque cada pessoa pode ter um conceito do que venha a ser santidade, retidão e integridade.

Assim, veríamos as pessoas seguindo diferentes direções, cada qual conforme seu próprio entendimento, sem que isso implicasse em verdadeira obediência a Deus, pois Ele não teria dado a conhecer a Sua vontade de forma específica.

Para que não andássemos sem rumo, cada qual fazendo o que entendesse certo, Deus providenciou instrumentos valiosos que nos instruem, orientam e confirmam.

      1)    A Palavra de Deus

 A Bíblia é a Palavra de Deus. Por meio dela o Altíssimo nos revela:

i)           Quem Ele é – um relacionamento só é possível quando as partes envolvidas se conhecem, e por meio da Bíblia Deus se revela a nós, fala sobre Sua Pessoa, Seu Poder, Sua Vontade, de forma que não adoramos o desconhecido, mas o Deus que se deu a conhecer aos seres humanos. Deus poderia deixar que as pessoas O conhecessem com base apenas no relacionamento diário, mas era necessário que Ele se revelasse como fez, para evitar que cada um tivesse uma ideia diferente sobre Sua Pessoa.
ii)      Quem nós somos – no relacionamento com Deus é essencial que saibamos exatamente quem nós somos, que tenhamos a consciência de que não estamos no mesmo nível que Ele, que não temos méritos para obter o favor do Eterno, e, assim, nos posicionemos com humildade diante do Pai.
iii)      O que Ele fez para que herdássemos a Vida Eterna – pela Palavra tomamos conhecimento de que o Altíssimo, amando-nos de uma forma maravilhosa, enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para receber sobre si o castigo resultante de nossa desobediência à Lei, redimindo-nos e garantindo nossa salvação com Seu Sangue.
iv)           Como devemos conduzir nossas vidas – pela Palavra Deus traça as diretrizes que os que nEle creem devem seguir, de forma a crescer em santidade a cada dia. Deus nos oriente, pela Bíblia, a como nos relacionarmos com Ele e com nosso próximo. O Altíssimo ensina como devem ser as relações em família, em sociedade, na comunidade da fé, de forma que Seu povo viva de forma abençoada e abençoadora, para honra e glória do Seu Nome.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3.16)

sábado, 2 de junho de 2012

PURIFICANDO O TEMPLO DO SENHOR



Texto base: Mateus 21.12-17

Esta passagem da vida de Jesus é bastante conhecida. Quando Jesus retorna a Jerusalém e vai ao templo, encontra ali os negociantes de animais e os cambistas, levando o templo a se parecer muito mais com uma grande fonte de lucros do que a Casa de Deus.

Jesus expulsa essas pessoas do templo e as repreende severamente, pois haviam transformado a Casa de Seu Pai em covil de salteadores.

Ao assim se expressar, Jesus reafirma o que o Altíssimo havia dito por intermédio do profeta Jeremias, quanto ao aviltamento do templo, conforme se lê em Jeremias 7.8-11. Jesus mostrou que a situação em ambas as ocasiões, embora distantes uma da outra por um período de tempo razoavelmente longo, era a mesma: líderes religiosos utilizavam o templo como uma fachada, visando esconder suas práticas dissonantes em relação à Palavra de Deus.

Covil de salteadores vem a ser um esconderijo ou abrigo de ladrões, de malfeitores. O templo de Deus foi transformado em um local onde pessoas cheias de pecados, hipócritas, se escondiam para tentar mascarar sua condição infeliz e tentar passar ao povo uma imagem de religiosidade, de santidade, de reverência a Deus.

No início, quando se iniciaram as práticas de vendas de animais e o câmbio, a finalidade era facilitar o ato de adoração por aqueles judeus que vinham de localidades distantes, e que não tinham como transportar durante a viagem animais para ofertar no templo. Esses judeus que habitavam fora também necessitavam trocar as moedas estrangeiras que possuíam por moedas locais. Assim, era um serviço conveniente e facilitador, mas com o passar do tempo houve uma deturpação de sua finalidade, e se transformou em uma grande fonte de lucros aos líderes religiosos e aos negociantes.

Isto nos parece algo bastante familiar, pois hoje os templos onde Deus deveria ser adorado foram transformados em grandes negócios, fonte de lucros a líderes que se fazem passar por religiosos, servos consagrados, mas na verdade são lobos que pretendem devorar as ovelhas incautas que lhes dão ouvidos e lhes entregam tudo o que possuem.

Jesus purifica o templo e enfatiza o que deveria haver naquele lugar, atitudes e práticas bem diferentes das que estavam ocorrendo naquele momento: