sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NÃO FAÇA ESCOLHAS ERRADAS




TEXTO BASE: 1 Samuel 8

A passagem lida nos mostra um momento muito importante na história de Israel: o povo reclamava um rei para si, após muitos anos sendo liderado por juízes levantados por Deus.

Samuel, que naquela ocasião era sacerdote e profeta do Senhor, e julgava Israel, não gostou de ouvir as reivindicações do povo, mas Deus lhe disse que deveria atender ao clamor da nação, porquanto a atitude dos israelitas implicava em rejeição não à liderança de Samuel, mas ao governo de Deus sobre seu povo.

O pedido feito por Israel foi atendido, e Saul foi ungido rei, porém logo ele se desviou do Senhor e começou a agir com desobediência, trazendo pecado sobre a nação e sendo rejeitado pelo Altíssimo, que providenciou um sucessor, Davi.

A realidade retratada no texto não está distante de nós. Embora façamos críticas a Israel por seu comportamento ao longo da história bíblica, se pararmos para analisar nossa vida, perceberemos que nos assemelhamos muito aos nossos irmãos israelitas, pois somos teimosos, desobedientes e por vezes fazemos coisas que só nos trazem prejuízos.

Insistimos em pedir a Deus coisas que não nos trarão benefícios, fazemos de tudo para alcançar aquele objetivo, e quando finalmente obtemos aquilo que tanto almejávamos, percebemos que não era nada do que esperávamos, pelo contrário, sofremos com as consequências de nossa escolha irrefletida.

Por que razão Israel agia dessa forma? Por que nós continuamos a fazer escolhas erradas, que só nos causam dor e atrasam nossos passos na caminhada rumo ao crescimento espiritual?

O texto bíblico nos permite encontrar algumas respostas a essas indagações.

      1)    Conformação ao mundo
Israel havia sido escolhido e formado para ser o povo de Deus. Um povo que tinha sobre si promessas de bênçãos inigualáveis, que nenhum outro povo jamais teve.

Deus queria que Israel fosse diferente de todas as nações, pois os outros povos adoravam a deuses falsos, imagens de escultura, praticavam rituais de ocultismo, estavam afundados no pecado, mas Israel havia sido escolhido para ser uma nação santa, por meio da qual as outras nações seriam abençoadas.

Deus deu a Lei a Israel, por intermédio de Moisés, contendo preceitos que, se observados, levariam o povo a uma vida santa, reta, íntegra e próspera na presença de Deus. Seria uma sociedade santa, justa e próspera como nenhuma outra até então existente, com o grande diferencial de que o seu governante era o Criador de todo o universo.

Deus ordenou claramente que eles não se misturassem com os demais povos nem os invejassem, porquanto não temiam ao Altíssimo e não andavam de forma justa e reta, antes, eram nações de homens cheios de pecado, afastados de Deus, que não receberiam Suas bênçãos.

Mas nem a Lei nem todas as advertências feitas pareciam ser suficientes. Israel não conseguia fitar seus olhos nas bênçãos recebidas de Deus, antes, olhava para as outras nações e as invejava, queria ser como elas.

Vemos isso claramente no versículo 5, onde o povo diz: “constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, COMO O TÊM TODAS AS NAÇÕES”.