segunda-feira, 21 de setembro de 2015

CURANDO A PARALISIA ESPIRITUAL




Texto base: Mateus 9.1-8

        Jesus continuava seu ministério, anunciando o Evangelho do Reino de Deus, levando a palavra de salvação a todos, de forma a reconduzir as pessoas a Deus. Após fazer vários milagres, Jesus estava em sua cidade, envolvido por uma multidão de pessoas ávidas de ouvir a Palavra de Deus, quando um paralítico lhe foi apresentado.
       Interessante notar que Jesus era imprevisível, Ele nunca agia da mesma forma com todas as pessoas e em todas as situações, mas sempre fazia algo diferente. Assim, certa vez ele curou um leproso apenas tocando neste; outra vez, quando se achava que Ele curaria um cego com um simples toque, Ele fez uma lama com sua saliva e passou nos olhos do cego, mandando que se lavasse no tanque de Siloé; quando se esperava um espetáculo, Jesus apenas dava uma ordem, falava uma palavra, e o milagre acontecia; quando se pensava que Ele iria correr para curar seu amigo Lázaro, Ele ainda ficou alguns dias onde estava, e só partiu quando Lázaro estava morto, para, então, promover sua ressurreição.
      Agora, no texto em análise, Jesus mais uma vez age de forma inesperada, pois conduziram perante Ele um paralítico para que fosse curado, porém sua primeira atitude não foi de mandar o paralítico se levantar, o que surpreendeu a todos.
       Vamos ver alguns ensinamentos que Jesus nos transmite nesta passagem.

1) DEVEMOS CONDUZIR OS PARALÍTICOS A JESUS

O paralítico tinha uma vida de limitação, dependia de outras pessoas para tudo. Ele não tinha condições de se locomover sem a ajuda de outros. Sua situação era humilhante, ele não via perspectivas, estava condenado.
Naquele tempo não havia cadeira de rodas, SUS, nem muletas como vieram a existir tempos depois. Assim, o paralítico vivia em um tipo de maca e era transportado por pessoas que se dispunham a ajudá-lo.
Se viesse alguma ameaça, uma perseguição, o paralítico não teria como fugir. As demais pessoas correriam, mas ele ficaria à mercê de qualquer agressão e da morte.
O texto nos diz que o paralítico foi levado a Jesus. Em Lucas 5.17-26, que narra a mesma passagem, é dito que alguns homens o levaram até onde Jesus estava. Essas pessoas acreditavam que Jesus poderia curá-lo. É bem provável que já tivessem presenciado os demais milagres realizados por Jesus. A purificação do leproso, a cura da sogra de Pedro, a libertação de endemoninhados, cura de enfermos, o poder manifestado sobre o mar e os elementos naturais, a cura do criado do centurião apenas com uma ordem à distância. Então, eles viram ali a única chance de libertar aquele homem do seu sofrimento. Não existia nenhuma possibilidade pela medicina ou qualquer outro meio. Jesus era a única solução.
O papel daqueles que creem em Cristo, que compõem a Sua Igreja, é conduzir a Cristo todos os paralíticos, lembrando que um dia nós também fomos paralíticos.
Os paralíticos deste mundo são aqueles que estão com suas pernas amarradas pelo pecado, que não conseguem ir a Cristo, que estão buscando uma forma de se libertarem, ou que nem mesmo perceberam ainda que são paralíticos, pensam que estão caminhando livremente, mas estão aprisionados e nem sabem para onde estão indo.
Essas pessoas, por sua condição, não têm como fugir da morte. A Palavra diz que o salário do pecado é a morte, e o paralítico espiritual está condenado a morrer, porque ele não consegue, por si mesmo, correr para longe da condenação.
Cabe a nós, que conhecemos a Cristo, envidar esforços para que aqueles que ainda são paralíticos espirituais cheguem até Jesus, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para isto. Os homens que conduziram o paralítico até Jesus não desistiram diante das dificuldades. Lucas narra que eles não conseguiram levar o homem para dentro da casa onde Jesus estava, pois havia uma grande multidão que impedia a passagem, então eles subiram ao eirado da casa e desceram o paralítico até o meio, colocando-o diante de Cristo.
É bem provável que nos deparemos com dificuldades para levar pessoas a Cristo. Mas não podemos desistir, devemos contornar os obstáculos. Perseverar na oração, falar, dar testemunho com nossas vidas, amar incondicionalmente, sem medo de ter atitudes que pareçam ser ridículas, pois o objetivo é muito elevado e valioso.

2) JESUS RESPONDE COM O PERDÃO A QUEM O PROCURA


     O desejo do paralítico era andar, ser curado. Também era isto que pretendiam os homens que o levaram até ali.
Jesus, porém, em resposta à fé daqueles homens, concedeu ao paralítico, antes da cura física, a cura espiritual. Ele liberou perdão ao homem. Jesus queria demonstrar que o maior problema do ser humano não são os males físicos nem as coisas desta vida, mas, sim, a sua condição diante de Deus.
O Salvador ensinou que todo ser humano necessita, desesperadamente, do perdão de seus pecados, pois esta é a maior doença que aflige as pessoas, visto que promove o afastamento de Deus e conduz o pecador à morte eterna.
O peso do pecado gera tristeza, culpa, abatimento, aprisionamento, verdadeira paralisia espiritual, impedindo a comunhão com Deus.
Quem ainda não recebeu o perdão de seus pecados está impossibilitado de fugir da condenação eterna, assim como o paralítico diante de uma grande ameaça, mas uma vez que Jesus usa de misericórdia e libera perdão, as amarras que nos impediam de caminhar são desfeitas e conseguimos andar rumo à vida eterna, trilhando o Caminho que Deus preparou para nossa redenção.
Da mesma forma que o paralítico, nós fomos alcançados pelo perdão de nossos pecados e devemos trabalhar para que outros o recebam.
                 O perdão que Cristo nos dá promove nossa reconciliação com Deus, limpa nosso ser, restaura nossa paz, possibilita nosso acesso a Deus, nos livra da culpa e do fardo pesado que estava sobre nossos ombros. Caminhamos livremente com a leveza de quem tem a consciência de que recebeu a liberdade e a condição de filhos de Deus.
                  O perdão dos pecados vem acompanhado de muitas bênçãos, dentre as quais a cura para males físicos e mentais, conforme a vontade de Deus. Uma vez tratado o espírito, manifesta-se em nosso ser o poder do Altíssimo, tratando-nos nas mais diversas áreas em que haja necessidade.
                  Mas o que Jesus ensina é que em primeiro lugar devemos ansiar pelo perdão, pela cura espiritual, pois de nada vale a cura física se não pudermos viver em paz com Deus.
  
3) SOMOS CURADOS PARA A GLÓRIA DE DEUS

Quando recebemos a cura espiritual e física, toda a glória deve ser dada a Deus.
Os homens que levaram o paralítico até Jesus não receberam a glória por isso. O paralítico não foi glorificado por ter fé. Mas as pessoas que a tudo presenciaram glorificaram a Deus, sabendo que somente pelo poder dEle, que atuava em Seu Filho, fora possível que aquele homem recebesse tão grande graça.
Nós podemos e devemos conduzir as pessoas a Cristo, devemos experimentar, nós mesmos, o perdão e a cura em nossas vidas, mas jamais podemos nos esquecer de que Deus é que deve ser glorificado, e todos os sinais feitos por Jesus são para que as pessoas vejam e temam ao Altíssimo, reconhecendo que dEle vem toda autoridade.
Infelizmente, nos dias atuais muitos pretendem atrair para si a glória pela ação de Deus na vida das pessoas. Há os que atribuem à sua própria fé, ao seu próprio poder ou à sua situação “especial” diante de Deus a ocorrência de curas e outros sinais, e com isto atraem os olhares das pessoas, são cultuados, seguidos como se fossem o próprio Cristo, gabam-se de um poder que não possuem.
Jesus, sendo o Deus Filho, tudo fez para que o Pai fosse glorificado. Ele sempre deixou bem claro que toda a glória era devida a Deus Pai. Isso deve ficar gravado em nossas mentes, para que não caiamos na tentação de reivindicar para nós uma glória que é devida a Deus.

CONCLUSÃO
O ser humano está doente e precisa urgentemente de cura. Não se trata de doenças físicas, pois estas, na maioria das vezes, são reflexo da doença espiritual.
As pessoas precisam de libertação, necessitam ficar livres das amarras do pecado e ter seus corações e mentes transformados pela Graça de Deus. Cabe a nós, Igreja de Cristo, promover o anúncio do Evangelho e levar as pessoas a Cristo, para que experimentem a cura para os males do espírito e do corpo, para que glorifiquem a Deus e lhe dediquem toda a honra devida.
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”. (Lucas 4.18-19)
“Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos.” (1Cr 29.11)
Amém.
José Vicente

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

SERVINDO A DEUS EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES



ÊXODO 2.23-25

O texto em questão é um trecho da história de libertação do povo de Deus da escravidão do Egito. A situação do povo era dramática, desesperadora, pois vivia sob a opressão dos egípcios, sem liberdade e sem dignidade.

Relembremos a trajetória de Israel até esse momento: José, filho de Jacó, havia sido vendido por seus irmãos como escravo, e ele foi levado ao Egito. Lá, depois de várias desventuras, tendo sido inclusive preso injustamente, foi levado por Deus a ser governador do Egito, ficando abaixo apenas do Faraó em autoridade.

Em um período de grande escassez de alimentos em todas as terras, conforme José havia predito ao interpretar o sonho de Faraó, os irmãos de José foram ao Egito comprar mantimentos, e após algum tempo ele se revelou a esses irmãos. Toda a família de José veio viver no Egito, inclusive seu pai, Jacó (Israel). O faraó os instalou em uma região de terras férteis, e eram tratados com respeito e consideração.

Após a morte de José e do Faraó, passou a comandar o Egito outro rei, que, conforme a Bíblia, não conheceu José. A partir daí o povo de Israel passou a sofrer opressão, pois o rei temia que se tornasse um povo muito forte e dominasse o Egito. Os anos foram se passando e aquele povo outrora livre, agora era escravo, experimentando um grande sofrimento.

A história de Israel no Egito, especificamente no texto em referência e outras passagens correlatas, traz para nós lições muito importantes, que devemos assimilar e colocar em prática para que experimentemos muito mais do poder de Deus em nossas vidas.

Vamos destacar três ensinamentos que podemos extrair do texto.

1)      As tribulações devem nos aproximar de Deus
A nação de Israel viveu 430 anos no Egito (Ex 12.40-41). Durante a maior parte desse tempo o povo, que era livre, se viu privado de sua liberdade, passando à condição de escravidão em um país onde deuses estranhos eram adorados, sendo explorado para aumentar a prosperidade dos egípcios.

O povo sofria com a violência dos feitores, e não havia alegria em seus corações, pois todos os dias tinham que enfrentar essa dura realidade. Os israelitas construíram duas cidades-celeiros, chamadas Pitom e Ramessés. Apesar disso, o povo crescia em número.

A violência era tamanha que o rei ordenou a morte de todo bebê do sexo masculino que nascesse entre os hebreus, devendo ser preservadas apenas as meninas, pois assim Israel não constituiria um exército forte para se insurgir contra o Egito.

A situação de Israel era terrível. Parecia não haver saída para aquele sofrimento, a não ser a morte. Havia tristeza nos corações e a esperança já perecia. Mas foi então que os hebreus tomaram uma atitude que mudou a sua sorte: eles clamaram a Deus, suplicando a Sua providência para que cessasse aquela escravidão e todo o martírio que lhes era imposto.

sábado, 29 de agosto de 2015

EXALTAI O NOME DO ALTÍSSIMO



“Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.” Salmo 34.3

O mundo atual apregoa uma filosofia de vida que incentiva o individualismo, o egocentrismo, a arrogância, a vaidade, a autossuficiência. O ser humano é colocado em uma posição destacada, seus desejos são hipervalorizados, sua satisfação é um imperativo imediato, e ele desenvolve um sentimento narcisista que o faz se tornar seu próprio deus.

Assim, vemos o mundo cultuando pessoas, celebridades, idolatrando seres humanos que, a qualquer momento, podem deixar de existir, pois são frágeis como qualquer outro ser humano. Vemos, também, uma corrida desenfreada em busca do prazer, o desejo frenético por uma liberdade que é, na verdade, uma licença para fazer o que bem entender, e que não tem como trazer resultados que conduzam à verdadeira felicidade.

Infelizmente, essa mentalidade acaba penetrando dentro de muitas igrejas, levando os cristãos a promoverem um culto antopocêntrico, com vistas a agradar às pessoas. Não raras vezes vemos líderes sendo exaltados por algum tipo de virtude ou “poder” que manifestam, por sua eloquência, pela sua capacidade de influenciar seus ouvintes. Realizam-se cultos onde o nome de Deus é empregado tão somente como alguém que está a serviço da humanidade, a postos para distribuir riquezas materiais aos que aprendem a “determinar” o sucesso em suas vidas.

Quando, porém, voltamos nossos olhos à Palavra de Deus, vemos quão grave é esse ensino, e quanto prejuízo tem causado ao povo de Deus. A Palavra nos instrui no sentido oposto ao que o mundo ensina.

O Salmo 34.3 repete uma verdade que se encontra em toda a Bíblia: se há um nome a ser engrandecido, esse é o Nome de Deus, e não de seres humanos. O Altíssimo, que vive eternamente, que tem o mundo em Suas mãos e que não depende de ninguém para cumprir os seus desígnios, que trouxe à existência todo o universo pela Sua Palavra, e que da mesma forma pode, se assim o desejar, fazer com que esse universo simplesmente deixe de existir.

Davi, nesse Salmo, nos conclama a engrandecer o Deus Eterno, e exaltar o Seu Nome. O ser humano é a criatura, e Deus é o Criador. Jamais podemos inverter essa ordem e exaltar a criatura, dedicando-lhe uma glória que pertence unicamente ao Criador.

Paulo, apóstolo de Cristo, em sua época já advertia quanto às consequências de se adorar a criatura em lugar do criador (Rm 1.18-27), revelando as consequências terríveis de tal proceder.

A Igreja de Cristo jamais deve perder o foco. Ela existe para glorificar a Deus e dar testemunho do Seu amor ao mundo, por meio do anúncio do Evangelho e da prática do amor. Essa Igreja não conseguirá cumprir sua missão se vier a se desviar do que a Palavra ensina, mas verá o Reino de Deus se espalhando sobre a terra se for fiel ao seu Senhor e dedicar toda a glória, toda a honra, todo o louvor e toda a adoração apenas a Deus, vivendo de forma a exaltar o Seu Santo Nome entre todos os povos. Amém.

José Vicente

domingo, 14 de junho de 2015

Alegria no SENHOR

"O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos." (Provérbios 17:22)
A alegria traz bem estar,  muda nossa forma de enxergar as coisas, transforma o ambiente,  faz muito bem à nossa saúde.  Já o abatimento traz tristeza, desânimo, negatividade e doenças,  pois impacta nosso sistema imunológico e afeta os órgãos do corpo,  em especial a mente. Em Deus temos motivos para cultivar alegria no coração mesmo diante de situações difíceis.  O Altíssimo,  criador do céu e da terra, que tem o universo em suas mãos,  nos ama e jamais nos abandona.  Ele se preocupa conosco,  embora nem sempre consigamos entender isso. O amor de Deus,  manifestado na entrega do Seu Filho,  Jesus Cristo,  para nossa redenção,  é motivo para vivermos com o coração alegre,  pois sabemos que o mundo é transitório,  mas o amor de Deus é eterno. Cultive a alegria,  pois o abatimento só trará dor e angústia.
José Vicente.

sábado, 13 de junho de 2015

DESCANSO NO SENHOR

"Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as aves!" (Lucas 12:24)
Medo, insegurança, ansiedade, solidão e tristeza são alguns dos sentimentos que atordoam as pessoas, que muitas vezes se sentem solitárias e desprovidas de amor. Porém, é necessário trazer à memória a Palavra de Jesus, ao dizer que Deus cuida não apenas da natureza por Ele criada, mas principalmente de nós, seres humanos, que Ele formou com tanto amor. Nunca estamos sozinhos nem desamparados, o Altíssimo é conosco. Não devemos ter medo, porque o Eterno nos protege. Ele nos cerca com amor e misericórdia, e nada nos falta, pois nEle temos sufiência de tudo. O elemento essencial para descansarmos em Deus é a fé. Creia e veja.
José Vicente

PILARES DA VIDA

Deus-Família-Trabalho. As bases de nossa existência devem seguir esta ordem. Deus é o Criador de tudo o que existe. Ele instituiu a família e o trabalho. Se Deus não for o alicerce, se Ele não tiver a primazia, a família não se firma e o trabalho não produz fruto abençoado. Assim também a família não deve ocupar o lugar de Deus, da mesma forma que o trabalho não pode tomar o lugar que é de Deus e da família. Muitos invertem a ordem, colocam o trabalho em primeiro lugar, e aos poucos vão se afastando de Deus e vendo a família se desestruturar. O que Deus fez para ser bênção não pode se tornar motivo de sofrimento e desunião. Sirva a Deus, ame sua família e seja diligente em seu trabalho.
José Vicente

DOMÍNIO PRÓPRIO

"O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão." (Provérbios 15:18)
Paciência é uma virtude escassa hoje em dia. As pessoas se irritam com facilidade, discutem, têm relacionamentos abalados porque não conseguem agir com calma e reflexão. Pessoas assim vão se isolando, pois ninguém gosta de estar com quem é um barril de pólvora. A paciência, por sua vez, conduz à paz, fortalece os vínculos, evita o sofrimento causado por atitudes impulsivas e irrefletidas. O paciente domina a si mesmo e consegue acalmar as pessoas em situações difíceis. O paciente escuta, reflete, aconselha, tem respostas brandas que aplacam a ira, é uma pessoa agradável. Sejamos mais pacientes com as pessoas, perdoando suas fraquezas, assim como Deus é extremamente paciente para conosco, apesar de nossas enormes falhas.
José Vicente.

TEMOR DO SENHOR

"O temor do SENHOR é fonte de vida, e afasta das armadilhas da morte." (Provérbios 14:27)
Temer a Deus é trata-lo com reverência, extremo respeito, procurando observar seus mandamentos em todos os momentos com coração obediente e grato. Quem teme a Deus não corre em busca de prazeres transitórios nem dedica sua vida ao que é contrário à Palavra de Deus, antes, se afasta do que é mau, e o Altíssimo guarda o seu caminho, de maneira que não venha a se enveredar na estrada larga que conduz à morte, mas se esforce por percorrer o caminho estreito que leva à vida em sua plenitude. Quem teme a Deus anda de forma prudente, pois é guiado pela Sabedoria do Alto.
José Vicente

PLANTAR E COLHER

"Quem faz o bem aos outros, a si mesmo o faz; o homem cruel causa o seu próprio mal." (Provérbios 11:17)
A Bíblia nos revela uma lei infalível: semeadura e colheita. O que plantamos ao longo de nossa caminhada determina o que colheremos. É melhor fazer o bem às pessoas, semear amor e misericórdia, porque o fruto da maldade é deveras amargo, e o provarão todos os que vivem com o coração endurecido, que se enchem de inveja, de ganância, de egoísmo, etc. Vamos semear o bem, amar a justiça, colocar um sorriso nos lábios das pessoas, pois Deus, a Seu tempo, fará frutificar a boa semeadura em nossa vida.

PROCEDER SÁBIO

"Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. " (Provérbios 4:6)
Sabedoria é temer a Deus e observar Sua Palavra. Mas a sabedoria também se revela nas atitudes do dia a dia. Quem envenena o próprio corpo com alimentação incorreta, pensando mais no prazer de comer do que na sua saúde, age com insensatez e despreza o corpo que Deus lhe deu. Também quem se entrega a vícios é carente de sabedoria. Cultivar raiva ou qualquer sentimento que não seja amor e gratidão é demonstração de tolice, pois adoece nosso espírito. Sejamos sábios, cuidando do espírito e do corpo, pois esta é a vontade de Deus para nós.
José Vicente

AMOR PRÁTICO

"Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam." (Lucas 6: 28)
Jesus disse que o segundo maior mandamento é amar ao próximo como a si mesmo. Amar, no sentido bíblico, não deve ser confundido com demonstrar afeição, mas envolve uma atitude superior. A oração pelas pessoas é uma das melhores formas de exercitar o amor. Orar a Deus por familiares, amigos, vizinhos, governantes etc, deve ser algo habitual na vida do cristão. A oração também é a melhor resposta às afrontas e perseguições que sofremos. Pedir a Deus que abençoe aos que nos causam mal é amar conforme o mandamento. Essa oração produzirá maiores efeitos em nós mesmos, moldando nosso caráter conforme a vontade de Deus. Pela oração nós somos transformados por Deus, assim como o são aqueles que nos fazem mal. Oremos por todos.
José Vicente

CORAÇÃO GRATO

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (1Ts 5: 18)
Em todo o tempo devemos cultivar no coração a gratidão a Deus, tanto quando as coisas vão bem, como quando tudo parece estar desabando. Em meio às tempestades da vida devemos render graças, não pelas tempestades, mas por termos conosco o Deus Altíssimo, que é maior do que qualquer tempestade. E na bonança a atitude de gratidão mostra que reconhecemos que o SENHOR tem nos livrado e sustentado, e que estamos prontos para receber mais bênçãos, enquanto a ingratidão revela que somos incapazes de reconhecer as bênçãos e de receber mais. Cultivemos a gratidão a Deus.
José Vicente

INTEGRIDADE DE CARÁTER

"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. " (Mateus 5 : 37)
Neste mundo corrompido torna-se cada vez mais difícil confiar nas palavras das pessoas, pois hoje a palavra já não tem o valor que tinha tempos atrás. Isto é consequência da degradação moral que avança, destrói valores, forma pessoas com mau caráter e mentirosas. Jesus Cristo ensina seus discípulos a serem pessoas que têm firmeza de caráter, integridade, cuja palavra vale mais do que qualquer documento registrado em cartório. O cristão deve ser pessoa de uma só palavra, cumprindo os compromissos que assume mesmo que isto lhe traga algum prejuízo. Ele há de ser alguém confiável, jamais se destacando por ser uma pessoa de má índole.
José Vicente

SABEDORIA

"Mais poder tem o sábio do que o forte, e o homem de conhecimento, mais do que o robusto. " (Provérbios 24: 5)
A Bíblia ensina que o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria. Quem anda no Caminho do Altíssimo é sábio, pois caminha para a vida. Sua fortaleza é Deus, em quem ele se refugia e encontra proteção. O insensato, ainda que tenha força física, poder econômico ou político, riquezas, é fraco, pois vive confiando apenas em si mesmo e nas coisas deste mundo, e caminha para a morte. Sejamos sábios, temamos a Deus e o exaltemos por meio de um viver conforme a Sua vontade.
José Vicente

PALAVRAS

"De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. " (Tiago 3:10)
Nossas palavras têm poder. Não um poder místico, como muitos pensam, mas a capacidade de edificar ou destruir. Palavras sábias, ditas de forma correta e no momento certo, trazem ânimo, conforto, segurança, contribuem para o bem de quem as ouve, abençoam vidas. Palavras ditas precipitadamente, por impulso, sem reflexão, desprovidas de amor, podem destruir valores, relacionamentos, vidas. Os lábios de quem serve a Deus têm que ser fonte de bênçãos. Se assim não for, melhor repensar a qualidade da fé que professamos.
José Vicente

SEM MÁSCARAS

"Melhor é não ser ninguém e, ainda assim, ter quem o sirva, do que fingir ser alguém e não ter comida" (Provérbios 12:9)
Aparências podem até enganar, mas não passam de aparências, são um caminho para a infelicidade e a solidão. Não devemos tentar parecer ser quem não somos. Deus nos fez únicos, e quer que vivamos nossa vida com autenticidade. O Altíssimo não se agrada do uso de máscaras, e Ele sabe exatamente quem somos nós, não há como ludibria-lo. Tenhamos uma vida simples e autêntica, isso é bênção de Deus.
José Vicente

VIVER A VIDA

A vida é um presente de Deus, e devemos conduzi-la de forma a glorificar o nosso Criador, pois Ele nos ama e deseja nosso crescimento diário. O que você tem feito com sua vida e com os dons e talentos que recebeu de Deus. Aproveitar a vida não é fazer tudo o que vier à mente nem se afundar nos prazeres transitórios deste mundo, mas espalhar o amor de Deus onde estivermos, usar nossas habilidades conscientemente, contribuindo para melhorar a vida do próximo. Deus abençoe seu dia.
José Vicente

PROMOTORES DA PAZ

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;" (Mateus 5: 9)
O discípulo de Jesus é chamado para ser um promotor da paz, e não para instigar contendas ou viver em guerra com as pessoas. Uma das formas como Jesus é chamado nas profecias do Antigo Testamento é "Príncipe da Paz". Como seus seguidores nossa missão é promover a paz entre as pessoas, e principalmente anunciar que por meio de Cristo temos paz com Deus (Rom 5:1), pois em Cristo operou-se a reconciliação entre o Altíssimo e o ser humano que é lavado e redimido no sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Col 1: 21-23; Jo 1:29). Sejamos mensageiros da paz, transmitindo aos outros a paz que experimentamos em Cristo (Jo 14:27). Deus abençoe você e lhe conceda um dia abençoado, cheio de paz.
José Vicente

ESPERA NO SENHOR

"Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor." Salmo 27: 14
O desânimo vem, muitas vezes, e provoca um desastre em nossa vida, pois acaba com a motivação, tira o sentido do que estamos fazendo, faz desmoronarem os sonhos, produz abatimento e derrota. O Altíssimo, porém, nos convida a esperar nEle, pois dEle vem a força quando os pés vacilam, quando as pernas fraquejam e as mãos ficam trêmulas. Confiemos em Deus, Ele é conosco, Ele é o nosso refúgio e fortaleza. Deus nos ampara e guia, Ele nos cerca com Seu amor e nos conduz a uma vida plena em Sua Presença. Confiemos no Eterno e veremos maravilhas.
José Vicente

FÉ EM AÇÃO

Deus age nas nossas limitações. A Deus nada é impossível, mas Ele não fará aquilo que nós podemos e devemos fazer. Cabe a nós o empenho e a prudência, agindo movidos pela fé no Altíssimo. Deus não abençoa a imprudência e o comodismo, mas tem prazer naquele que é diligente e que crê, cobrindo-o com Sua Graça. "O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta". (Provérbios 13: 4)
José Vicente

DEIXE A ANSIEDADE DE LADO

Fatos futuros estão sob o domínio de Deus. Nada podemos fazer quanto a coisas que nem mesmo sabemos se irão acontecer. Andemos em fé, confiando nAquele que tudo sabe e tudo pode, visto que Ele cuida de nós com amor. "Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. " (1Pe 5 :7).
José Vicente

domingo, 10 de maio de 2015

APRENDENDO ALGUMAS LIÇÕES COM MÃES NA BÍBLIA



TEXTO BASE: LUCAS 1.39-56

Hoje é Dia das Mães. Não que os outros dias não sejam, pois todos os dias devemos manifestar nosso amor e gratidão a essas mulheres valorosas. Entretanto, este dia foi separada para, de uma forma especial, prestarmos homenagem a quem recebeu de Deus o dom de gerar vida.
Quando Deus criou a mulher e lhe concedeu a capacidade de ser mãe, Ele provavelmente pretendia que os seres humanos tivessem, de maneira palpável, um exemplo mais próximo possível de alguns atributos de Deus.
Assim é que as mães nutrem por seus filhos um amor incondicional, que se parece um pouco com o amor de Deus por nós, visto que Ele nos ama de forma inexplicável. O amor de Deus transcende a tudo que se possa imaginar.
As mães são pródigas em perdoar. Por maiores que sejam as ofensas feitas pelos filhos, elas sempre estão dispostas a lhes estender a mão e abraçá-los. Esta virtude vem de Deus, pois Ele é o exemplo de capacidade para perdoar. O Altíssimo perdoa as ofensas feitas por Seus filhos, e não lhes imputa o pecado, lançando no esquecimento as nossas faltas (Hb. 8.12), pois em Cristo se consumou a reconciliação.
Deus nos ensina a renunciar a nós mesmos, assim como Ele próprio faz, abrindo mão da Glória para vir ao mundo como ser humano para que o plano de redenção fosse concretizado, trazendo-nos vida. Seguindo o exemplo de Deus, as mães são capazes de renunciar a si mesmas em favor de seus filhos, abrem mão de sonhos e de projetos para cuidar dos filhos. Elas se doam com abnegação, com amor.
Enfim, se analisarmos todas as características que as mães demonstram, constataremos que são atributos vindos de Deus, que se coloca como o exemplo supremo a ser seguido.
O texto que lemos trata de duas mães que tiveram grande importância na história do povo de Deus e da humanidade, pois elas geraram filhos que transformaram o mundo. Isabel foi a mãe de João Batista, de quem Jesus falou: “entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista”  (Mt. 11.11). João foi o profeta que preparou o caminho para a chegada do Messias.
Maria foi a mãe de Jesus, o Filho de Deus, Aquele que veio para dar Sua vida em nosso favor e nos abrir as portas do Reino do Céu. Ela foi o instrumento de Deus para trazer ao mundo o nosso Salvador, cumprindo as profecias transmitidas por meio dos profetas.
Ambas foram mulheres consagradas a Deus, tementes e obedientes ao Altíssimo. Eram mulheres de oração, de fé e praticantes da Palavra de Deus.
Com Isabel e Maria, a exemplo de outras mulheres que se destacaram na história do povo de Deus, aprendemos lições importantes, dentre as quais analisaremos algumas.

1)      Reconhecimento do poder de Deus sobre a vida
Isabel e Maria eram parentas, mas ambas se encontravam em situações distintas. Isabel era idosa e estéril. Era casada com Zacarias e não tinham filhos.
Maria era uma jovem virgem, que se encontrava noiva de José. Não sendo ainda casada, não poderia ter filhos antes da consumação do matrimônio.
Isabel e Zacarias oravam clamando a Deus um filho, todavia, como já eram idosos, não era de se esperar que viessem a ser pais. Maria era temente a Deus, e certamente sonhava em constituir família com José e ser mãe de filhos.
Deus mostrou, por meio de Sua ação na vida das duas mulheres, que Ele tem o poder sobre a vida, e não existe nada impossível quando Ele age para cumprir a Sua vontade.
Ele fez com que Isabel concebesse em idade avançada, causando perplexidade tanto à família como à sociedade, pois Isabel se sentia humilhada pelo fato de não ter filhos.
Deus também fez com que Maria, sendo virgem, concebesse e se achasse grávida de um filho, fato humanamente impossível, pois ela não teve contato sexual com homem algum.
Agindo desta forma, Deus mais uma vez mostrou que pode dar vida a quem quiser e quando quiser. Que Ele tem o poder sobre a existência do ser humano, e que a concepção de um filho é um milagre que deve levar as pessoas a reconhecerem a Sua autoridade.
Isabel e Maria tinham essa convicção, pois sabiam que não tinham como conceber na situação em que se encontravam, e que somente por ação sobrenatural de Deus é que foi possível que se tornassem mães.

sábado, 28 de março de 2015

ACHEGUEMO-NOS A JESUS DA FORMA ADEQUADA

Mateus 9:18-26
Textos paralelos: Marcos 5.21-43; Lucas 8.40-56

Jesus caminhava entre os seres humanos como se fosse igual a eles, vendo de perto suas mazelas e ajudando-os a superar suas fraquezas. Ele lhes ensinava o Caminho para a reconciliação com Deus, e por meio de sua ação mostrava o quão perto Deus estava do ser humano. Jesus demonstrava que Deus não era um ser inalcançável, alheio aos sofrimentos das pessoas, mas era um Deus que se preocupava com os seres humanos e manifestava misericórdia para com aqueles que O buscassem.
Onde Jesus estava ocorria alguma transformação. As pessoas que com Ele se encontravam sempre experimentavam uma mudança em suas vidas e em sua maneira de pensar. Lendo os Evangelhos notamos que todas as pessoas que procuravam Jesus eram por Ele atendidas, ninguém saia do mesmo jeito que havia chegado. Nem mesmo os seus opositores.
Nos versículos antecedentes vemos Jesus curando um homem paralítico (vv. 1-8), convocando um coletor de impostos a ser seu discípulo (v. 9), ensinando sobre a necessidade de agirmos com misericórdia (vv. 10-13) e falando sobre a renovação trazida pela vinda do Messias (vv. 14-17).
A partir dos versículos lidos, vemos Jesus fazendo a diferença na vida de Jairo e sua família, e também da mulher que sofria de enfermidade grave. Jesus transformou a vida dessas pessoas, operando milagres extraordinários em seu favor.
A ação de Jesus em favor dos que nEle creem, porém, não ficou restrita aos tempos passados, pois Ele continua agindo hoje da mesma maneira. Precisamos analisar as atitudes adotadas pelas pessoas que se achegaram a Jesus nos tempos bíblicos, para aprender com elas algumas lições valiosas para que possamos nos conduzir de maneira a experimentarmos o agir de Jesus em nossas vidas.

1)      Aproximar-se de Jesus com reverência
Quando estamos diante de autoridades (juiz, prefeito, governador, etc.), adotamos uma postura de respeito. Usamos trajes adequados, palavreado adequado, pois reconhecemos que estamos diante de alguém que deve ser respeitado. Que dizer, então, da postura que devemos adotar quando estamos diante de Jesus, Aquele que tem autoridade sobre tudo e sobre todos, que está acima de todos os que são investidos de autoridade sobre a terra!
O texto lido mostra que Jairo, chefe da sinagoga, aproximou-se de Jesus com reverência. Mateus não cita o nome do chefe da Sinagoga, mas Marcos e Lucas o identificam como Jairo. Ainda, Mateus narra que Jairo adorou Jesus (v.18), enquanto Marcos usa a expressão “prostrou-se a seus pés” (Mc 5.22), da mesma maneira que Lucas (Lc. 8.41).
A mulher que sofria de hemorragia também se aproximou com reverência, e após ter sido descoberta porque Jesus queria saber quem havia tocado suas vestes, demonstrou essa reverência prostrando-se diante dEle (Mc. 5.33; Lc. 8.47).
Essas duas pessoas, assim como as demais que se aproximavam de Jesus em busca de Sua ajuda, demonstraram grande reverência para com Ele, deixando evidente que sabiam tratar-se de alguém que estava acima de um ser humano comum. São atitudes que mostram, na verdade, a certeza de que Jesus era o Filho de Deus, e que assim como era necessário agir com reverência perante Deus Pai, também com relação ao Filho tal atitude devia ser adotada.
Interessante notar o contraste entre as personagens dessa passagem: Jairo era chefe da sinagoga, pessoa que tinha maior destaque do que os judeus comuns. Nessa função, ele era o responsável por organizar a liturgia na sinagoga, escolhendo quem deveria ler as Escriturar e conduzir a oração.
A mulher hemorrágica, porém, era uma pessoa simples, sem destaque social. Pelo contrário, sua enfermidade a tornava uma marginalizada, porque era cerimonialmente impura e não podia se casar. Ela era o oposto de Jairo em termos de status social. Além disso, era mulher, e naquela sociedade a mulher não tinha a mesma liberdade do homem, ela nem mesmo era incluída na contagem da população.
Ambos, porém, se achegaram a Jesus com a mesma atitude de reverência. Jairo não se julgou merecedor da atenção de Jesus por causa de sua função, antes, adotou uma postura de humildade. A mulher, sabedora de sua condição, portou-se de forma humilde e com toda a reverência, tentando não incomodar Jesus, dispondo-se a apenas tocar na orla de suas vestes.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CHAMADOS PARA SER PACIFICADORES



TEXTO BASE: MATEUS 5.9

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”

INTRODUÇÃO
No nosso mundo a palavra paz parece não ter seu significado conhecido por muitos seres humanos, principalmente aqueles que vivem em regiões de constantes conflitos como a Síria, Oriente Médio, Coreia do Norte e outros países onde continuamente surgem discórdias, guerras e muitas mortes.

Acompanhamos pelos noticiários as informações de grupos radicais promovendo atentados, levando medo e sofrimento às pessoas, criando um ambiente em que a palavra paz seja algo totalmente estranho e distante.

Mas não precisamos ir muito longe, pois em nosso país, embora haja liberdade, muitos vivem sem paz. Constantemente testemunhamos conflitos pessoais, sociais, políticos, religiosos, e há muito mais pessoas para estimular as contendas e a violência do que para apaziguar os ânimos e buscar o restabelecimento da paz.

De acordo com o dicionário, pacificador é aquele que promove a paz, que busca a conciliação.

Na história da humanidade se destacaram alguns pacificadores, dentre os quais podemos citar Martin Luter King, Mahatma Gandhi, Madre Tereza, Nelson Mandela, e outros. Porém o maior e mais importante pacificador que já passou pela face da terra se chama Jesus, o Cristo, o Filho de Deus.

Durante sua vida Jesus se empenhou em ensinar aos seres humanos a importância do amor e da paz. Ele nunca incitou atos de violência ou de revolta, pelo contrário, incentivou a prática da solidariedade, da longanimidade e do perdão.

Na passagem que lemos, conhecida como Sermão da Montanha, Jesus está ensinando aos seus discípulos e à multidão que o ouvia os princípios que devem nortear a vida de um cidadão do Reino dos Céus. Então, Jesus afirma que “os pacificadores serão chamados filhos de Deus”.

É interessante notar que João, ao escrever um dos Evangelhos, assim afirmou:

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” João 1:12

João diz que são chamados filhos de Deus os que creem em Jesus, enquanto Jesus diz que são chamados filhos de Deus os pacificadores. Embora pareça haver contradição entre os dois textos, eles se complementam e trazem a mesma mensagem. A ligação entre esses textos foi apresentada por Isaias, muitos anos antes, quando ele assim profetizou:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaias 9.6

Isaias falava sobre a vinda do Messias, e um dos nomes que Ele receberia era “Príncipe da Paz”. Sabemos que Jesus é o Messias prometido por Deus, como nos testificam as Escrituras e o Espírito Santo que em nós habita.

Ora, se somos discípulos de Jesus, consequentemente somos seguidores do Príncipe da Paz. E se Ele é o nosso Mestre e Senhor, assim como Ele foi um pacificador, todo aquele que afirma nEle crer deve seguir os seus passos, buscando o estabelecimento da paz.

“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.” 1 Jo 2.6

Não há possibilidade de sermos discípulos de Jesus, de dizermos que cremos nEle como nosso Senhor e Salvador, que Ele é o dono de nossas vidas, se não nos empenhamos em manifestar em nós mesmos uma das mais importantes características que Jesus demonstrava e que deve estar presente em todo aquele que nEle crê: a promoção da paz.

Com base nas Escrituras, vamos destacar as principais áreas de atuação de pacificador.

      1.       PAZ ENTRE OS SERES HUMANOS
O pacificador é alguém que incessantemente procura o estabelecimento da paz entre as pessoas. Ele não tem prazer na discórdia, nos conflitos, nas inimizades, nas separações. Ele não atua como um desagregador, não incentiva a contenda.

Eis algumas atitudes de um pacificador em relação às pessoas:
i)             Perdoa: ainda que seja ofendido, um pacificador pratica o ensinamento de Jesus e libera perdão ao seu ofensor, de maneira a não criar em seu próprio coração raízes de amargura. Ele sabe que não conseguirá sentir paz consigo mesmo se alimentar mágoas e rancor, e também não viverá em paz com os outros. Por mais difícil que seja, ele busca forças em Deus para perdoar, sabendo que ele próprio recebeu de Deus o perdão pelas ofensas feitas contra o Altíssimo. Como disse Jesus ao falar sobre o perdão, se não perdoarmos as pessoas não seremos perdoados por Deus (Mt. 18.21-35).
ii)         Estimula a prática do perdão: o pacificador não apenas perdoa, mas procura levar as pessoas a se perdoarem umas às outras. Quando alguém lhe faz uma queixa por ter sido ofendido, afrontado por outrem, ele não estimula a ira e a desavença, mas procura conduzir as pessoas a uma reflexão sobre a situação para que haja perdão e reconciliação.
iii)               Tem palavras brandas: o pacificador se esforça para usar as palavras de forma a edificar as pessoas. Ele não responde impulsivamente, mas reflete no que diz e procura falar de forma a não incitar ainda mais a ira. Ele não joga mais lenha na fogueira, pelo contrário, atua como a água que vem para apagar o incêndio. (“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Pv.15.1)
iv)              Evita falatórios e dissensões: quando alguém lhe conta uma fofoca, fala de outra pessoa de forma depreciativa, negativa, ele não dá prosseguimento a isso, antes, tenta evitar que a pessoa continue a agir daquela forma, pois sabe que o final pode ser uma grande desavença e divisão. Não estimula o falatório que pode acabar em inimizade.