segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O DESAFIO DE SEGUIR EM FRENTE




Texto base: Mateus 26.36-46

INTRODUÇÃO
Em nossa vida diversas vezes somos assaltados por dúvidas, medos, frustrações e outros sentimentos que nos fazem ter vontade de jogar a toalha, desistir daquilo que estamos fazendo e que tem apresentado dificuldades ao prosseguimento. São situações que nos levam a sentir dúvidas quanto a prosseguir em uma determinada direção ou abandonar a luta. Geralmente isso ocorre quando nos deparamos com obstáculos que consideramos grandes demais para serem superados, fatos que nos causam aflição, trazem desânimo e medo.
O desafio de seguir em frente está constantemente se colocando diante de nós, exigindo uma decisão que, muitas vezes, é tomada de forma precipitada, irrefletida, baseada apenas nos sentimentos negativos de medo, angústia, frustração, etc., e não raras vezes acabamos nos arrependendo por fazer escolhas erradas, ou sofremos consequências que acabam nos deixando em pior estado psicológico do que quando estávamos diante do problema.
Para uns, o desafio de seguir em frente aparece quando o casamento passa por momento difícil, surgindo a dúvida entre manter os laços matrimoniais ou partir para o divórcio. Alguns enfrentam o desafio de seguir em frente quando são confrontados pela fé que professam, principalmente em locais onde a igreja é perseguida. Existe o desafio de prosseguir em um trabalho onde há desavenças ou insatisfação; em um projeto que está se mostrando complicado por dificuldades que vão surgindo dia a dia; enfim, praticamente todas as áreas da vida vão nos levar, em algum momento, a nos depararmos com o desafio de seguir em frente.
Um dos maiores desafios que enfrentamos, porém, é o de nos mantermos firmes na caminhada cristã, porque ao longo do caminho acontecem muitas coisas que nos fazem pensar em desistir. São as oposições, as distrações do mundo, as perseguições, as dificuldades de renúncia, a batalha espiritual diária, as falhas nossas e das pessoas com quem nos relacionamos no Corpo de Cristo. Tudo começa bem, mas logo vêm as provações, as tempestades, e nem todos conseguem seguir em frente quando são chamados a decidir.
Na passagem que lemos, Jesus estava justamente diante do desafio de seguir em frente. Após ter caminhado por três anos instruindo seus discípulos quanto ao Reino de Deus e proclamando as verdades do Altíssimo entre o povo, com a realização de sinais e prodígios nunca antes vistos, Jesus chegou ao momento mais difícil de sua missão: o sacrifício. E o que mais pesava era o fato de que Ele próprio era o sacrifício a ser oferecido. Estava se aproximando o momento em que o Filho de Deus seria entregue nas mãos de homens iníquos, passaria por sofrimento extremo e morreria pregado em uma cruz, sem jamais ter feito nada para merecer essa sentença de morte.
O texto bíblico nos revela que Jesus se entristeceu e ficou muito angustiado. Na narrativa de Marcos (Mc. 14.32-42) é dito que Jesus foi tomado de pavor e angústia. Lucas, por sua vez, narra que a agonia de Jesus era tão grande que durante a oração “o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc. 22.44).
De fato, o que esperava Jesus não era algo agradável, e Ele estava diante do desafio de seguir em frente ou abandonar a missão para a qual viera a este mundo.
                O que mais angustiava o coração do nosso Redentor era o fato de beber o cálice da ira de Deus. Sim, Ele que nunca cometera pecado, era puro, receberia sobre si os pecados do mundo todo, e como o pecado faz separação entre o homem e Deus, durante o período em que durasse seu flagelo o Filho estaria separado do Pai. Essa era a dor mais forte a ser suportada, e não o sofrimento físico que seria provocado pela violência humana.
                Com seu exemplo, Jesus nos ensina lições valiosas para que, assim como Ele fez, nós também tomemos decisões acertadas no sentido de prosseguir ou não em um determinado caminho ou propósito. Vamos destacar alguns pontos importantes.  

                  I. TENHA UM OBJETIVO SUPERIOR EM SUA VIDA: FAZER A VONTADE DE DEUS (vv. 39 e 42)
Ter objetivos é essencial para que nos mantenhamos animados em nossa jornada nesta terra. Alguém sem objetivos não sai do lugar, não consegue encontrar um sentido para sua existência, está praticamente morto em vida, pois não almeja nada.
Assim, ter objetivos é saudável e necessário ao ser humano.
Há diversos objetivos a serem cultivados, e vão mudando conforme sejam atingidos: uns almejam se casar; depois, o objetivo é ter filhos. Há os que têm o objetivo de cursar uma faculdade, e uma vez atingido o alvo, traçam objetivos profissionais, visando ao exercício daquilo para o que se prepararam. Pessoas têm como objetivo alcançar crescimento familiar, espiritual, pessoal, profissional, financeiro, etc., e isso é muito bom. Devemos sempre ter objetivos.
Entretanto, todos os nossos objetivos devem ser guiados e sustentados por um objetivo superior, muito maior do que qualquer outro, que vai se constituir no grande alicerce para tudo quanto almejamos. Um objetivo que não muda com o tempo, pelo contrário, deve se solidificar cada vez mais em nosso coração, e que sempre moveu o Mestre Jesus em toda a sua caminhada nesta terra.
Nosso primeiro e maior objetivo deve ser: fazer a vontade de Deus.
Quando observamos a oração que Jesus fez quando foi até o Getsêmani, constatamos que Ele apresentou ao Pai a sua angústia e indagou quanto a uma possível solução que não demandasse aquele sacrifício, entretanto, Ele foi enfático ao dizer: “não seja como eu quero, e sim como tu queres” (v. 39). E Jesus repetiu no segundo momento de oração: “faça-se a tua vontade” (v. 42).
Embora Jesus estivesse angustiado, temendo o sofrimento que logo viria sobre Ele, a sua atitude foi de colocar em primeiro lugar a vontade do Pai, pois esse era o seu objetivo principal desde sempre, fazer a vontade do Pai.
Em certa ocasião, os discípulos insistiam para que Jesus se alimentasse, e Ele respondeu: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João 4.34).
Ao ensinar aos discípulos a conhecida oração do Pai Nosso, Jesus assim orou: “venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt. 6.10). E ainda, exortando seus ouvintes a agirem como Ele, Jesus assim ensinou: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mt. 12.50).
A leitura bíblica nos revela que, embora Jesus fosse igual ao Pai em essência e poder, Ele sempre procurou fazer a vontade de Pai, e não a sua própria, porque a sua própria vontade era submissa à vontade do Pai.
Quando temos como nosso maior objetivo fazer a vontade de Deus, nossa visão sobre as coisas da vida sofre uma profunda mudança, pois passamos a enxergar tudo por um ângulo diferente. Já não mais partimos de uma postura egocêntrica para tomar decisões, antes, compreendemos que tudo quanto fazemos deve glorificar ao nosso Deus Eterno. A tentação de buscar apenas nossa própria satisfação e guiar nossa vida conforme nossos anseios e conceitos pessoais cede espaço para que em todas as coisas busquemos exaltar o Pai Celeste, sabendo que Ele tem propósitos que são muito melhores do que nossos melhores planos.
Uma pessoa que coloca em primeiro lugar em sua vida o objetivo de fazer a vontade de Deus, ao se deparar com problemas de relacionamento na igreja não se precipitará em abandonar aquela congregação ou se afastar das atividades que ali são realizadas, pois terá consciência de que, acima do seu orgulho e de seus melindres, está a vontade do Pai Celeste de que haja unidade no Corpo de Cristo, e que todos estejam ligados pelo amor.
Aquele casamento que está na berlinda poderá ser renovado quando o casal compreender que a vontade do Deus é que marido e esposa se amem, se respeitem e permaneçam juntos, honrando o compromisso que assumiram quando celebraram os laços do matrimônio perante Deus e diversas testemunhas. O empregado prosseguirá em seu trabalho empenhando-se em fazer o melhor, sabendo que a vontade de Deus é que ele desenvolva suas atividades para o patrão como se estivesse fazendo diretamente para o Senhor.
A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Quando nos submetemos a ela, a nossa própria vontade é transformada, pois passamos a conhecer o que antes ignorávamos, e a ver o que antes nos estava oculto. Fazendo a vontade de Deus, todos os nossos demais objetivos são redirecionados e tomam um sentido muito mais elevado, pois estão em sintonia com a vontade do Altíssimo. Nosso coração não alimentará projetos que estejam foram dos planos de Deus.
Uma vez que nos declaramos discípulos de Jesus, devemos imitá-lo nisso e ter como nosso maior objetivo fazer a vontade de Deus.

                   II.                    PROCURE CONHECER A VONTADE DE DEUS (vv. 36, 39, 42 e 44)
Estabelecer como objetivo principal de nossa vida fazer a vontade de Deus é o primeiro passo, entretanto essa disposição pode ficar comprometida se não adotarmos outra atitude igualmente essencial: buscar conhecer a vontade de Deus.
Ora, nós podemos até desejar fazer o que Deus quer, mas se não nos empenharmos em saber o que Ele quer, ficará bastante difícil alcançar esse objetivo, e então começaremos a nos mover de forma confusa, julgando ser de Deus uma vontade que, na maior parte das vezes, é apenas nossa.
E para que tenhamos êxito em conhecer a vontade de Deus, é necessário que imitemos Jesus também neste ponto, estreitando nosso relacionamento com o Pai.
O texto lido nos mostra que, aproximando-se o momento em que Jesus seria entregue para morrer em nosso lugar, Ele se afastou das multidões e da agitação da cidade, dirigindo-se até um local tranquilo, onde poderia conversar com o Pai sem ser interrompido. Ele precisava desse momento. Ninguém poderia lhe dar conforto naquele momento tão difícil, somente o Pai Celeste seria capaz de acalmar seu coração e confirmar que aquela era a Sua vontade.
Jesus não poderia contar com seus discípulos para lhe proporcionarem algum consolo, pois eles nem mesmo conseguiam compreender aquela situação. Eles ainda não haviam se dado conta do que estava acontecendo, e não tinham condições de demonstrar empatia com o Mestre naquele momento tão dramático. Provavelmente eles tentariam dissuadi-lo da ideia de morrer sem dever nada, como tentou Pedro, e foi repreendido pelo Senhor (Mc. 8.32-33).
Portanto, Jesus somente poderia confirmar que aquela era a vontade do Pai conversando com o próprio Pai.
Assim como Jesus, para conhecermos a vontade de Deus precisamos aumentar nossa intimidade com Ele. Faremos isso por usando alguns meios que Deus nos proporciona, pois Ele deseja que conheçamos a Sua vontade:
i)     Oração: a oração é um instrumento extremamente valioso para que alcancemos um nível de comunhão com Deus que nos permita conhecer a Sua vontade. Oração é relacionamento. Entre nós, seres humanos, vamos nos conhecendo à medida que convivemos e conversamos, expondo nossos pensamentos e nossa forma de ser. Marido e esposa se conhecem no dia a dia por meio do relacionamento. Se não há diálogo, não há conhecimento verdadeiro, apenas uma presunção de conhecimento, que se desfaz no primeiro momento de dificuldade.
Jesus orava com muita frequência. Não havia hora marcada. Não havia local mais apropriado. Ele simplesmente se retirava para algum lugar onde pudesse se concentrar na conversa com o Pai, e iniciava o diálogo. Ali Jesus expunha tudo o que se passava em seu coração, e do Alto recebia o consolo, a orientação.
Na passagem lida, podemos presumir que o primeiro momento de oração durou cerca de uma hora, pois Jesus disse a Pedro que os companheiros não puderam vigiar com ele por uma hora. Durante esse tempo Jesus conversou com o Pai sobre o que estava por vir, expôs sua angústia e ouviu do Pai qual era a Sua vontade. Depois, Jesus se retirou novamente para orar, repetiu as mesmas palavras, e ainda uma terceira vez.
Desejamos conhecer a vontade de Deus? A oração perseverante deve permear nossa existência. Apresentemos ao Pai nossos anseios, nossas dúvidas, e esperemos pacientemente a resposta. Talvez tenhamos que repetir a oração uma, duas, três vezes, até que consigamos discernir o que o Pai está nos dizendo, até que nossas vozes internas se calem e consigamos ouvir com clareza a inconfundível voz do Pai.
ii)   Conhecimento da Palavra: Jesus conhecia as Escrituras de maneira profunda. Quando Ele foi tentado no deserto, resistiu às investidas do maligno fazendo o uso correto das Escrituras, enquanto o diabo as empregava de forma distorcida.
As Escrituras Sagradas nos revelam a vontade de Deus. Ali encontramos o que o Pai deseja fazer em nós e por meio de nós.
Quando um cristão estiver pensando em ficar em casa em vez de ir à igreja congregar com os irmãos, por problemas de relacionamento com outro membro,ou por não gostar do pastor, do presbítero, diácono ou qualquer outra pessoa, saberá qual a vontade de Deus ao ler em Hebreus 10.25, onde se diz: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.
As Escrituras apresentam a vontade de Deus para a Igreja, para o casamento, para pais e filhos, para nossa vida profissional, para nosso convívio social, etc.
iii) Enchimento do Espírito Santo: o apóstolo Paulo, propagando os ensinamentos de Jesus, afirmou que apenas uma mente transformada e renovada pode conhecer a vontade de Deus: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Ora, somente quando nos enchemos do Espírito Santo é que temos a nossa mente transformada e renovada. O enchimento do Espírito Santo é o oposto da conformação a este século. Quando aceitamos tomar a forma do mundo, somos arrebatados por uma cultura egocêntrica, onde o ser humano é seu deus, e onde a vontade pessoal é que prevalece. O mundo ensina a viver em um sistema hedonista, onde obediência a Deus é vista como algo ridículo. Quem nada contra a correnteza é taxado de radical, quadrado, intolerante, entretanto esse é o que alcança o conhecimento do Altíssimo, enquanto os demais estão perdidos em uma existência sem sentido, onde tudo se resume ao agora.
Portanto, conhecer a vontade de Deus é essencial para que tenhamos condições de responder de maneira correta ao desafio de seguir em frente.

                                III.            DISPONHA-SE A PAGAR O PREÇO E RECEBER A RECOMPENSA
Uma vez que temos como objetivo principal fazer a vontade de Deus e nos empenhamos em conhecê-la, devemos dar um passo decisivo: estar dispostos a pagar o preço de ir em frente, e de experimentar a recompensa que nos está reservada.
Jesus almejava cumprir a vontade do Pai, e a conhecia de maneira inquestionável, mas tinha a possibilidade de tomar uma decisão contrária. Entretanto, Ele decidiu seguir em frente. Ele conhecia o preço que teria que pagar para fazer a vontade de Deus, mas também tinha consciência de que a recompensa que o aguardava era superior a todo o sofrimento.
Nosso Mestre pagou realmente um preço extremamente elevado ao escolher fazer a vontade de Deus. Ele provou em sua carne o sofrimento que estava reservado a nós. O justo pagou pelos injustos. O Rei foi humilhado e tratado como escória da humanidade. A dor atravessou seu coração como uma espada afiada. Sua escolha custou sua própria vida. Ele foi morto em uma cruz sem que tivesse cometido nenhum crime.
Entretanto, após todo o sofrimento, Jesus experimentou a glorificação que lhe estava reservada pelo Pai. Ele ressuscitou e foi exaltado acima de todo nome. Tudo lhe foi entregue pelo Pai (Mt. 28.18). Ele se tornou o nosso Sumo Sacerdote, e pelo seu sacrifício nós fomos feitos filhos de Deus. Com sua decisão de seguir em frente, Jesus praticou um ato cujas consequências se prolongaram por toda a eternidade e atingiram toda a humanidade em todos os tempos.
A decisão de Jesus, de seguir em frente, deu um sentido à nossa existência, abrindo o caminho para nossa reconciliação com o Deus Pai, mediante a remissão de nossos pecados e a nossa lavagem e purificação com o seu sangue precioso.
Sim, quando decidimos seguir em frente devemos saber que há um preço a pagar. Podemos ser alvo de incompreensão, de críticas. Podemos enfrentar lutas ferrenhas, que esgotarão nossas forças, exigirão de nós talvez mais do que podemos dar. Não é porque estamos cumprindo a vontade de Deus que as coisas serão facilitadas. Assim como não houve facilitação para o Mestre Jesus, que enfrentou a cruz; da mesma forma que seus apóstolos e discípulos nunca experimentaram facilidade, mas foram perseguidos, também nós, ao decidirmos seguir em frente e fazer a vontade de Deus, vamos atravessar vales sombrios.
Estaremos nadando rio acima, e não nos movendo no mesmo sentido do restante do mundo. Jesus disse que aqueles que escolhessem ser seus discípulos seriam odiados e perseguidos como ele fora.
Portanto, ao decidirmos seguir em frente na caminhada cristã, não vamos nos deparar com um mundo receptivo e amoroso, mas teremos batalhas constantes.
Mas também precisamos saber que, se estamos fazendo a vontade de Deus, o que está reservado para nós é o melhor. Após toda a batalha veremos a maravilhosa recompensa que espera por nós.
O cristão não caminha movido por aquilo que vê, mas sim pela fé, pela confiança nas promessas de Deus para o seu povo, que são constantemente reiteradas nas Escrituras.
Após decidirmos seguir em frente, poderemos ver Deus restaurando aquele casamento que se encontrava abalado, salvando aquele familiar ou amigo que estava rumando para o abismo, curando aquela enfermidade que tanto atormentava a família, libertando pessoas do cativeiro do maligno, abrindo portas para um emprego onde haja mais satisfação, preparando a concretização de nossos sonhos e projetos, que estarão em conformidade com a Sua vontade pois partirão de corações transformados.
A maior promessa, porém, é a da vida eterna, que aguarda todos os que perseverantes se mantêm firmes em Jesus Cristo, e não se deixam abater pelas investidas do maligno e do mundo, mas olham firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé.
A glória que está reservada para aqueles que amam a Deus e que seguem em frente é infinitamente maior do que qualquer coisa que possamos imaginar. Com Cristo seremos glorificados, com Ele habitaremos na eternidade, onde não entrarão o pecado, a tristeza, as doenças nem qualquer coisa que possa abalar nossa íntima comunhão com Deus.
Paulo, escrevendo aos cristãos de Corinto, assim falou: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2.9)
       
       CONCLUSÃO
Jesus nos ensinou muitas coisas com sua vida, e uma das lições mais valiosas foi que, diante do desafio de seguir em frente, devemos avançar movidos pelo objetivo de fazer a vontade de Deus, conhecendo-a por meio de um relacionamento íntimo com o Pai, e dispostos a pagar o preço por nossa escolha, sabendo que a recompensa que nos espera é muito maior do que qualquer sofrimento que venhamos a experimentar nesta vida.
Como discípulos de Cristo, procuremos imitá-lo, sem jamais vacilar ou retroceder, mas seguindo em frente na força do Espírito Santo, que nos ensina e consola, munindo-nos das ferramentas necessárias à continuidade dessa caminhada.
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” (Hebreus 12.1-3)
Que o Espírito Santo de Deus nos capacite a sermos como Cristo, jamais abandonando a missão para a qual fomos chamados, mas sempre seguindo em frente, para que Deus seja glorificado em nossa vida e sejamos instrumentos da Graça de Deus neste mundo. Amém.
José Vicente
09.10.2016