Base: Êxodo 14.9-14
INTRODUÇÃO
Nossa
vida é uma caminhada cheia de momentos bons e também aflitivos. Com relativa
frequência nos vemos em situações difíceis, que nos trazem sofrimento,
preocupação, angústia, tiram nossa paz.
Há
situações, porém, que são mais graves, pois ao olharmos para os lados não
conseguimos encontrar saída, parece que estamos acorrentados e seremos alvo
fácil à calamidade.
A
nação de Israel experimentou uma situação assim logo após ter saído do Egito. Enquanto
caminhavam pelo deserto, o exército egípcio saiu para persegui-lo e o alcançou
próximo ao Mar Vermelho. O povo olhou para trás e avistou a imensa tropa
egípcia vindo em sua direção; olhou para frente e viu o imenso mar. Não havia
para onde correr, a morte era certa e iminente.
Uma
situação sem solução era o que Israel vivia. E é também o que muitas pessoas
experimentam em diversas ocasiões da vida.
Mas
o que fazer nesses momentos? Que tipo de atitude adotar?
A
passagem lida nos mostra algumas atitudes que Deus espera de Seu povo.
1) Não murmurar
Caso parássemos a leitura no versículo 10, acreditaríamos que o povo de
Deus teve a atitude correta diante da situação aflitiva com que se deparara:
clamar ao SENHOR.
O problema é que esse clamor levantado pelo povo não foi o clamor que
Deus deseja. Não foi uma súplica, um pedido de ajuda, um reconhecimento de
impotência própria e da onipotência divina. Foi um clamor de reclamação, de
murmuração.
Nos versículos 11 e 12 podemos constatar que o povo não demonstrava
confiança em Deus, e ainda não tinha conseguido vislumbrar os propósitos do
SENHOR para sua vida. Eles esqueceram o que Deus havia feito, as demonstrações
de poder testemunhadas até então, e começaram a se queixar, dizendo que seria
melhor ter continuado a ser escravos no Egito do que morrer ali no deserto.
Esse não foi um episódio isolado de murmuração dos israelitas. Desde
quando estavam no Egito e Moisés se apresentou para libertá-lo, o povo começou
a reclamar, pois a cada praga enviada apor Deus contra os egípcios, vinha
alguma retaliação do Faraó, impondo maior carga de trabalho sobre os escravos.
Até o momento em que se viram à entrada da terra de Canaã, os israelitas
murmuraram. O resultado, como sabemos, é que Deus não permitiu a sua entrada na
terra prometida.
Ao longo da caminhada de Israel pelo deserto Deus deixou bastante claro
que Ele não tolera murmuração, pois isto implica em rebeldia, ingratidão, falta
de confiança no Altíssimo.
Quando nos encontramos em situações que parecem não ter saída, onde
todas as opções parecem levar a um maior sofrimento ou à completa derrota, a
primeira atitude é não murmurar, porque reclamações não agradam a Deus e apenas
mostram que ainda não conhecemos o Deus a quem servimos.
A maioria das pessoas tem como hábito reclamar quando aparecem
problemas, quando a situação fica difícil, quando pensam que não há mais saída.
Reclamam a todo instante, tornando-se até companhias desagradáveis, pois quando
alguém lhes pergunta se este todo bem, a resposta é um mar de lamentações.
O povo de Deus não pode ser um povo murmurador. Nossos lábios devem
expor palavras de sabedoria, de confiança em Deus, pois servimos ao criador dos
céus e da terra.