sábado, 23 de janeiro de 2016

ATITUDES DIANTE DE SITUAÇÕES SEM SAÍDA




Base: Êxodo 14.9-14

INTRODUÇÃO

Nossa vida é uma caminhada cheia de momentos bons e também aflitivos. Com relativa frequência nos vemos em situações difíceis, que nos trazem sofrimento, preocupação, angústia, tiram nossa paz.
Há situações, porém, que são mais graves, pois ao olharmos para os lados não conseguimos encontrar saída, parece que estamos acorrentados e seremos alvo fácil à calamidade.
A nação de Israel experimentou uma situação assim logo após ter saído do Egito. Enquanto caminhavam pelo deserto, o exército egípcio saiu para persegui-lo e o alcançou próximo ao Mar Vermelho. O povo olhou para trás e avistou a imensa tropa egípcia vindo em sua direção; olhou para frente e viu o imenso mar. Não havia para onde correr, a morte era certa e iminente.
Uma situação sem solução era o que Israel vivia. E é também o que muitas pessoas experimentam em diversas ocasiões da vida.
             Mas o que fazer nesses momentos? Que tipo de atitude adotar?
             A passagem lida nos mostra algumas atitudes que Deus espera de Seu povo. 
             1)      Não murmurar
Caso parássemos a leitura no versículo 10, acreditaríamos que o povo de Deus teve a atitude correta diante da situação aflitiva com que se deparara: clamar ao SENHOR.
O problema é que esse clamor levantado pelo povo não foi o clamor que Deus deseja. Não foi uma súplica, um pedido de ajuda, um reconhecimento de impotência própria e da onipotência divina. Foi um clamor de reclamação, de murmuração.
Nos versículos 11 e 12 podemos constatar que o povo não demonstrava confiança em Deus, e ainda não tinha conseguido vislumbrar os propósitos do SENHOR para sua vida. Eles esqueceram o que Deus havia feito, as demonstrações de poder testemunhadas até então, e começaram a se queixar, dizendo que seria melhor ter continuado a ser escravos no Egito do que morrer ali no deserto.
Esse não foi um episódio isolado de murmuração dos israelitas. Desde quando estavam no Egito e Moisés se apresentou para libertá-lo, o povo começou a reclamar, pois a cada praga enviada apor Deus contra os egípcios, vinha alguma retaliação do Faraó, impondo maior carga de trabalho sobre os escravos. Até o momento em que se viram à entrada da terra de Canaã, os israelitas murmuraram. O resultado, como sabemos, é que Deus não permitiu a sua entrada na terra prometida.
Ao longo da caminhada de Israel pelo deserto Deus deixou bastante claro que Ele não tolera murmuração, pois isto implica em rebeldia, ingratidão, falta de confiança no Altíssimo.
Quando nos encontramos em situações que parecem não ter saída, onde todas as opções parecem levar a um maior sofrimento ou à completa derrota, a primeira atitude é não murmurar, porque reclamações não agradam a Deus e apenas mostram que ainda não conhecemos o Deus a quem servimos.
A maioria das pessoas tem como hábito reclamar quando aparecem problemas, quando a situação fica difícil, quando pensam que não há mais saída. Reclamam a todo instante, tornando-se até companhias desagradáveis, pois quando alguém lhes pergunta se este todo bem, a resposta é um mar de lamentações.
O povo de Deus não pode ser um povo murmurador. Nossos lábios devem expor palavras de sabedoria, de confiança em Deus, pois servimos ao criador dos céus e da terra.

O RESPEITO À CRIAÇÃO DE DEUS





“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” (Gênesis 1.31)
 A Bíblia narra a criação do mundo por Deus, descrevendo inclusive a satisfação do Criador ao ver Sua obra, pois Ele fez tudo muito bom e perfeito. Deus criou o clima perfeito, a vegetação perfeita, a alimentação ideal para o ser humano e todos os seres viventes, enfim, pensou em cada detalhe.
 Ocorre, porém, que o ser humano se deixou levar pelas artimanhas da serpente, que despertou nele a insatisfação, a vontade de se equiparar a Deus em conhecimento, pois, como disse a serpente, “certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” (Gn 3:4,5)
 Assim, o ser humano optou por um caminho contrário ao que Deus havia idealizado, e até hoje vemos as consequências dessa péssima escolha. A natureza vem sendo destruída ano após ano, e com isto vêm os desastres naturais, as mudanças do clima, as chuvas torrenciais que deixam milhares de pessoas desabrigadas, provocam mortes e destruição. A poluição do meio ambiente pouco a pouco vai tornando o planeta um lugar mais difícil de ser habitado, e doenças surgem aos montes por causa das contaminações provocadas pelos produtos criados pelos humanos. A educação das crianças cada vez mais é negligenciada e corrompida. Não satisfeito com os alimentos criados por Deus, que são perfeitos para as necessidades do corpo, o ser humano resolveu criar produtos alimentícios carregados de corantes, conservantes, açúcar e diversos aditivos químicos, além de modificações genéticas, capazes de males irreversíveis.
Infelizmente, muitos cristãos adotam esse estilo de vida, imitando o mundo que se opõe a Deus e seus valores. Abandonam os hábitos saudáveis de alimentação, tornando-se escravos dos valores mundanos que pregam o uso dos alimentos para o prazer, e não para a saúde do corpo. Deixam de educar os filhos conforme os princípios bíblicos e permitem que filosofias do mundo permeiem o que é ensinado às crianças. Desrespeitam a natureza e a agridem de várias formas.
O resultado: cristãos sofrendo as consequências de se deixarem levar por valores contrários à Palavra de Deus, equiparando-se aos que não temem ao Altíssimo. A natureza devolvendo a agressão por ela sofrida. Cristãos padecendo com doenças causadas por hábitos alimentares mortais e estilo de vida antifisiológico, que provocam câncer, diabetes, oxidação do colesterol, obesidade, osteoporose, hiperatividade em crianças e tantos outros males, por abraçar os valores do mundo quanto à alimentação. Crianças crescendo fora dos princípios bíblicos, desobedientes, desrespeitosas, irreverentes.
Os cristãos são pessoas que têm ou deveriam ter conhecimento da Bíblia e de seus valores. Pessoas que, ao contrário do mundo, deveriam enxergar os valores espirituais envolvidos na preservação do meio ambiente, no cuidado com a alimentação e a saúde, na educação dos filhos, no respeito à criação de Deus.
  Deus fez tudo bom e perfeito. Como cristãos, observemos a Palavra de Deus e vivamos de forma a glorificá-lO por nosso estilo de vida, que não deve se amoldar aos padrões do mundo, mas, sim, aos valores da Palavra de Deus.

José Vicente
16.01.2016